Utilize este identificador para referenciar este registo: https://hdl.handle.net/10316/82263
Título: Maus-tratos a crianças e jovens – Avaliação da prática dos profissionais de saúde
Outros títulos: Child abuse - Evaluation of health care profissionals' practice
Autor: Duarte, Margarida Ferreira Soares 
Orientador: Vale, Beatriz A. Ribeiro C. Maia
Oliveira, Guiomar Gonçalves
Palavras-chave: Maus-tratos; Fatores de risco; Experiências adversas na infância; Profissionais de saúde; Sinalização; Child abuse; Maltreatment risk factors; Adverse childhood experiences; Health care professionals; Mandated reporting attitudes
Data: 8-Jun-2018
Título da revista, periódico, livro ou evento: Maus-tratos a crianças e jovens – Avaliação da prática dos profissionais de saúde
Local de edição ou do evento: Hospital Pediátrico, Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, Portugal
Resumo: Introdução: Os maus-tratos (MT) a crianças e jovens, em conjunto com a disfunção familiar, constituem experiências adversas na infância (EAI). Nos últimos anos, muitos estudos têm surgido sobre as EAI, demonstrando o seu impacto na aprendizagem, comportamento, saúde física, saúde mental e mortalidade. Os profissionais de saúde (PS) estão numa posição única para combater este problema de saúde pública, no entanto há falhas na identificação e sinalização destes casos. Este estudo propõe-se a avaliar a prática dos PS relativamente aos MT, fazendo um diagnóstico de situação, de modo a que possam ser criadas estratégias adequadas às necessidades encontradas. Materiais e Métodos: Estudo transversal, descritivo e observacional, com base na aplicação de um questionário, eletrónico e anónimo, que esteve disponível online de 3 de janeiro a 28 de fevereiro de 2018. A população-alvo consistia em todos os assistentes sociais, enfermeiros, médicos e psicólogos do Hospital Pediátrico (HP) do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra e dos Agrupamentos de Centros de Saúde (ACES) do Baixo Mondego e do Pinhal Interior Norte. As questões versavam: identificação de fatores de risco, abordagem e sinalização dos MT. Resultados e Discussão: Obtiveram-se 111 questionários preenchidos: 60 médicos, 40 enfermeiros, 6 psicólogos e 5 assistentes sociais; 61 trabalhavam no HP e 50 em Centros de Saúde (CS). Relativamente ao tempo de serviço, 53,1% exercia há mais de 15 anos. Verificou-se que a abordagem aos MT não é feita de forma sistemática em contexto de consulta, havendo percentagens significativas de PS que não questionam acerca de antecedentes de MT ou fatores de risco. Os PS com mais anos de serviço, foram os que mais admitiram não ter essa rotina. No caso de MT atuais, a sinalização é feita praticamente sempre (94,6%), no entanto, quando se trata de fatores de risco ou antecedentes de MT, a percentagem de referenciação é relativamente inferior (81,1% e 61,3%, respetivamente). A grande maioria (90,1%) dos participantes refere a necessidade de diretrizes para a sinalização dos casos de MT. Cerca de metade considera que a sua aprendizagem os deixou apenas um pouco preparados (52,3%), não se sentindo confortáveis para identificar e abordar os MT. Conclusão: É necessário sensibilizar os PS quanto à abordagem sistemática dos MT, apostar na divulgação das diretrizes de sinalização dos mesmos e instituir e/ou reforçar a formação, tanto durante os cursos, como regularmente ao longo da carreira dos PS.
Introduction: Child abuse (CA), in association with family dysfunction, consists in adverse childhood experiences (ACE’s). Recently, many studies have emerged about ACE’s, demonstrating their impact on learning, behaviour, physical and mental health, and mortality. The health care professionals (HCP’s) are in an unique position to fight this public health problem; however there are failures in the identification and reporting of these cases. This study proposes to evaluate the practice of HCP’s in relation to CA, making a diagnosis of the situation, so that strategies adapted to the needs found can be created. Materials and Methods: A cross-sectional, descriptive and observational study based on the application of an electronic and anonymous questionnaire, which was available online from January 3rd to February 28th, 2018. The target population consisted of all social workers, nurses, physicians and psychologists of the Pediatric Hospital (PH) of Coimbra University Hospital Centre (Portugal) and Primary Care Facilities (PCF) from the reference area of this hospital. Results and Discussion: We obtained 111 completed questionnaires: 60 physicians, 40 nurses, 6 psychologists and 5 social workers; 61 worked at PH and 50 at PCF. Regarding years working as HCP’s, 53.1% had been working for more than 15 years. It was verified that the approach to CA is not done in a systematic way in the appointment, and there are significant percentages of PS that do not question about antecedents of CA or risk factors. The HCP’s with more years of service were the ones who most admitted not having this routine. In the case of current CA, reporting is practically always done (94.6%), however, when it comes to risk factors or antecedents of CA, the percentage of referral is relatively lower (81.1% and 61.3% %, respectively). The great majority (90.1%) of the participants mentioned the need for guidelines for reporting CA. About half consider that their education left them only slightly prepared (52.3%), not feeling comfortable to identify and approach CA. Conclusion: It is necessary to sensitize the HCP’s about the systematic approach of the CA, to improve the diffusion of the CA reporting guidelines and to institute and/or reinforce the training both during the courses and regularly throughout the professional career of the HCP’s.
Descrição: Trabalho Final do Mestrado Integrado em Medicina apresentado à Faculdade de Medicina
URI: https://hdl.handle.net/10316/82263
Direitos: embargoedAccess
Aparece nas coleções:UC - Dissertações de Mestrado

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