O Ecomuseu de Porto Covo: O Uso como Ato de Preservação do Património

Abstract

Porto Covo, a township in the county of Sines, is located on the Portuguese west coast and is strongly marked by the presence of the Ilha do Pessegueiro. It is also recognizable for the natural landscapes of the cliffs and the strong countryside atmosphere marked by rainfed agriculture. However, where Porto Covo gains in beauty, it lacks in the organization. The discussion that forms in this dissertation presents itself as a possible solution to the various problems found in this township. It will, however, have a focus on heritage preservation. The archaeological remains of the Ilha do Pessegueiro play a special role due to the island's position in relation to the coast. Archeology awakens in this dissertation themes such as the construction of memory and the atmosphere of space. We try to understand how this science can work as a cultural and human developer of a region. We benefit from these themes to study the importance of museums today. It arises the question of whether the museum system as a collection of pieces is still viable, and to what extent should we not start betting on more eclectic solutions. The Ecomuseum presents itself as the apparent answer to these questions.

Porto Covo, freguesia do município de Sines, situa-se na costa oeste portuguesa e é fortemente marcada pela presença da Ilha do Pessegueiro. É também facilmente reconhecida pelas paisagens naturais das arribas e a forte atmosfera de campo marcada pela agricultura de sequeiro. No entanto, onde Porto Covo ganha em beleza, falha em organização. Nesta dissertação apresenta-se uma possível solução para os diversos problemas encontrados nesta freguesia. Terá, no entanto, principal foco na preservação do património. Os vestígios arqueológicos da Ilha do Pessegueiro têm especial protagonismo pela posição da ilha relativamente à costa. A arqueologia desperta nesta dissertação temas como a construção de memória e atmosfera do lugar. Tenta-se compreender como é que esta disciplina poderá funcionar como motor de desenvolvimento cultural e humano de uma região. Recorre-se aos temas enumerados para à sua luz reequacionar o papel dos museus de arqueologia no território. Questiona-se se o sistema de museu como coleção de peças ainda é viável e, até que ponto é que não devemos começar a apostar em soluções mais flexíveis. O Ecomuseu apresenta-se como a aparente resposta a estas questões.