Auto-insufflator device as balloon tuboplasty index of success in Eustachian tube dysfunction

Abstract

Introdução: A disfunção da tuba auditiva afeta milhões de doentes todos os anos. A tuboplastia por balão surgiu como alternativa terapêutica com resultados promissores na disfunção da tuba auditiva, em doentes sintomáticos afetados. Não é conhecido nenhum preditor objetivo de sucesso. Este estudo visa avaliar o impacto da utilização de um dispositivo de insuflação tubar como preditor de sucesso de uma tuboplastia por balão.Métodos: Num estudo de coorte prospetivo, 236 ouvidos com diagnóstico estabelecido de disfunção da tuba auditiva foram submetidos a tratamento com insuflador tubar e, posteriormente, a tuboplastia por balão. A disfunção tubar, a resposta ao tratamento com insuflador tubar após 11 semanas e à tuboplastia por balão foram avaliadas através da medição da pressão do ouvido médio (timpanometria), dos sintomas de disfunção da tuba auditiva (ETDQ-7), e da qualidade de vida (SNOT-22). A análise estatística foi realizada para detetar se a melhor resposta inicial ao dispositivo se refletiu em melhores resultados funcionais e de qualidade de vida após a cirurgia.Resultados: Observou-se uma redução de 20.4±5.6 no score do ETDQ-7 após o insuflador tubar e uma redução de 21.4±5.1 após a dilatação por balão, comparando com os valores iniciais (p<0.05). A pressão no ouvido médio aumentou 41±33daPa pós-dispositivo e 90±42daPa pós-cirurgia. O timpanograma, o ETDQ-7 e o SNOT-22 após insuflador e após tuboplastia correlacionaram-se positivamente, pelo que os doentes que mais beneficiaram do tratamento médico alcançaram melhores resultados com a cirurgia, em termos de severidade dos sintomas de disfunção tubar (ρ=0.798), de pressão do ouvido médio (ρ=0.320) e de qualidade de vida (ρ=0.261), p<0.001.Discussão: O tratamento com insuflador tubar produziu uma melhoria significativa na disfunção da tuba auditiva, e os doentes com melhoria sintomática mais marcada apresentaram efeitos mais evidentes na timpanometria. A tuboplastia por balão amplificou positivamente os resultados obtidos com o insuflador tubar e uma melhor resposta inicial ao insuflador indiciou maiores benefícios com a tuboplastia. Conclusão: O nosso estudo demonstra a existência de uma prova terapêutica segura, simples e não invasiva capaz de antecipar a resposta à tuboplastia por balão, o que se pode tornar extremamente valioso para definir os grupos de doentes com disfunção da tuba auditiva que mais beneficiarão da terapêutica cirúrgica.

Background: Eustachian tube dysfunction (ETD) affects millions of patients each year. Eustachian balloon tuboplasty emerged as an alternative treatment with promising outcomes in bothersome symptomatic patients. No objective predictor of success is known. This study aims to evaluate the role of a tubal auto-insufflator device as a success predictor of a balloon Eustachian tuboplasty. Methods: In a prospective cohort study, 236 ears diagnosed with ETD underwent treatment with a tubal auto-insufflator device, followed by balloon Eustachian tuboplasty. ETD, treatment response to the auto-insufflator device at 11 weeks and to the balloon Eustachian tuboplasty were assessed through measurement of middle ear’s pressure (MEP) (tympanometry), ETD symptoms (ETDQ-7) and quality of life (SNOT-22). Statistical analysis was performed to detect if a better auto-insufflator response reflected in better functional and quality of life outcomes after surgery.Results: There was a 20.4±5.6 decrease in the ETDQ-7 mean score after auto-insufflator device and a 21.4±5.1 decrease after balloon dilation, comparing to baseline values (p<0.05). Mean negative MEP increased by 41±33daPa after device and 90±42daPa after surgery (p<0.05). Negative MEP, ETDQ-7 and SNOT-22 post-auto-insufflator device and post-tuboplasty were positively correlated, as patients with greater benefits following medical treatment achieved better surgical results, regarding symptom severity of ETD (ρ=0.798), MEP (ρ=0.320) and quality of life (ρ=0.261), p<0.001. Discussion: Prescribed treatment with auto-insufflator device produced a significant improvement of Eustachian tube dysfunction, and patients with better symptomatic outcomes presented with more evident results in tympanometry. Balloon Eustachian tuboplasty amplified previous improvements and better early results using the device reflected in better surgical outcomes and quality of life.Conclusions: Our study proves that a safe, simple, non-invasive and non-drug-related therapeutic proof can successfully predict surgery outcomes, which may become extremely valuable to define patient groups who will benefit the most from balloon Eustachian tuboplasty.