E=mzz2 Mon Amour - do Argumento à Montagem -

Abstract

E=mzz2 Mon Amour -Do argumento à Montagem - A curta-metragem ficcional “E= mzz2 Mon Amour”, produzida e realizada em Coimbra, narra a estória de Luzia que conhece Márcia que também conhece Leonardo. Estes encontros fortuitos vão fazer a sua vida quotidiana descambar numa transgressão, ácido-picante, do que se pensa que se é ao que se pode ser, na sua sinopse. Sob a aparência de um drama erótico-romântico, uma metavoz questiona as relações de poder nos campos: privado e público, a representação social fílmica como agente de mudança e a doença psiquiátrica. A escrita do argumento partiu do poema “Silêncio”. Revestiu-se de Eidos, essência, de outra linguagem: a de narrar uma estória mediante imagens fílmicas O argumento foi estucturado de acordo com uma prosa dramática, onde uma personagem moderna, determinante da intriga, revelar-se-ia um anti-herói em três partes: Evento externo ou interno, Superação, Resolução. A caracterização das personagens fundamentou-se na contra-estratégia do preconceito dominante através de um olhar dentro do olhar da representação, proposta por Stuart Hall. A construção da montagem seguiu uma abordagem fenomenológica mediante a observação e metaanálise do material fílmico e dos resultados da montagem, fundamentada nos trabalhos teóricopráticos de Artavazd Pelechian e Walter Murch. A análise comparada do argumento com a montagem mostrou homologias e heterologias narrativas, indicativas, de acordo com Carlos Reis, de uma adaptação intermediática psíquica, genética e recompositiva.

E=mzz2 Mon Amour - From Screenplay to Edition - The fictional short film “E = mzz2 Mon Amour”, produced and realized in Coimbra, tells the story of Luzia who knows Márcia who also knows Leonardo. These random encounters will make her everyday life fall into a sweet acid and spicy subversion, and question the limits of her existence, in its synopsis. Under the guise of an erotic-romantic drama, a metavoice questions the power relations in the private and public fields, filmic social representation as an agent of change and psychiatric illness. The script was written based on the poem Silêncio. It dresses on an Eidos, the essence of another language, that of narrating a story through filmic images. The argument was structured according to dramatic prose, where a modern character, determinant of intrigue, would prove to be an antihero in three parties: External or internal event, Overcoming, Resolution. The characterization follows on the counterstrategy of dominant prejudice through an eye into the eye of representation, by Stuart Hall. The construction of the montage follows a phenomenological approach through the observation and meta-analysis of the filmic material and the results of the montage, based on the theoretical and practical works of Artavazd Pelechian and Walter Murch. The comparative analysis of the argument with the montage showed indicative narrative homologies and heterologies, according to Carlos Reis, of an intermediate psychic, genetic and recompositive adaptation.