Utilize este identificador para referenciar este registo: https://hdl.handle.net/10316/93721
Título: Política e sociedade colonial branca no sul de Angola. O caso das Terras Altas da Huíla (1958-1975)
Outros títulos: Colonial politics and white society in southern Angola. The case of the Huíla Highlands (1958-1975)
Autor: Carvalho, Bruno Miguel Reis Santos
Orientador: Pimenta, Fernando Manuel Tavares Martins
Palavras-chave: Colonialismo de povoamento; Descolonização; sul de Angola; Terras Altas da Huíla; nacionalismo branco; Settler colonialism; Descolonization; southern Angola; Huila Highlands; White nationalism
Data: 18-Fev-2020
Título da revista, periódico, livro ou evento: Política e sociedade colonial branca no sul de Angola. O caso das Terras Altas da Huíla (1958-1975)
Local de edição ou do evento: Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra
Resumo: Esta dissertação insere-se no âmbito dos estudos sobre o colonialismo de povoamento europeu em África, tendo em especial consideração o caso representado pela colonização portuguesa nas Terras Altas da Huíla, no sul de Angola. Numa primeira instância, procura-se contextualizar historicamente o processo de colonização branca das Terras Altas da Huíla, para depois prosseguir com o estudo do protesto político dos colonos brancos, nomeadamente as suas reivindicações autonomistas e nacionalistas. A este respeito, o relacionamento entre os colonos brancos e o poder colonial português foi caracterizado por fortes tensões políticas provocadas pelo centralismo político-económico do regime do Estado Novo, pelas ineficiências da administração colonial e pelos entraves ao desenvolvimento económico do território.Contudo, essas tensões foram, simultaneamente, propiciadas pela pretensão dos colonos em obter o controlo do aparelho do Estado colonial, um fenómeno comum a outras colónias de povoamento europeu. Desta forma, analisa-se o impacto político das eleições presidenciais portuguesas de 1958 no território angolano, bem como a evolução do protesto político dos colonos durante a guerra de independência de Angola, tendo em particular atenção a formação de um movimento nacionalista branco, a Frente de Unidade Angolana (FUA). Por sua vez, os limites e as contradições do plano de autonomização política colonial de Marcelo Caetano, incapaz de criar as condições para que a população branca assumisse verdadeiramente o controlo do Estado Colonial, são igualmente analisados.Enfim, aborda-se o impacto do processo de descolonização no seio da minoria branca, politicamente excluída na fase de transição para a independência de Angola em 1974/1975. O modelo de descolonização então adotado inviabilizou a participação das organizações nacionalistas representativas da minoria branca, nomeadamente da FUA. Essa exclusão, associada à violência da guerra civil, conduziram ao êxodo da população branca e à concomitante implosão da sociedade colonial estabelecida pelos portugueses na Huíla.
This dissertation studies European settler colonialism in Africa, taking into consideration the case represented by the Portuguese colonization of the Highlands of Huila, in southern Angola. In this sense, it seeks, first, to historically contextualize the process of white colonization of the Highlands of Huila, to then study the political protest of white settlers; namely, their autonomist and nationalist claims. In this regard, the relationship between white settlers and the Portuguese colonial power was characterized by strong political tensions caused by the political-economic centralism of the Estado Novo regime, the inefficiencies of the colonial administration and the obstacles to the economic development of the territory.However, these tensions were also prompted by the colonists' intent to gain control of the apparatus of the colonial state, a phenomenon common to other European settler colonies. In this way, the political impact, on Angola, of the Portuguese presidential elections of 1958 is analyzed, as well as the evolution of the colonists’ political protest during the Angolan war of independence, paying particular attention to the formation of a white nationalist movement, the Frente de Unidade Angolana (Front of Angolan Unity, FUA). The limits and contradictions of Marcelo Caetano's political plan for colonial autonomation, which were unable to create the conditions for the white population to take control of the Colonial State, are also analyzed.Finally, this study addresses the impact of decolonization on the white minority, which was politically excluded during the transition to Angolan independence in 1974/1975. The decolonization model then adopted, rendered the participation of nationalist organizations representing the white minority – namely the FUA – unfeasible. This exclusion, along with the violence resulting from the Angolan Civil War, led to an exodus of the white population and the concomitant implosion of the colonial society established by the Portuguese in Huila.
Descrição: Dissertação de Mestrado em História apresentada à Faculdade de Letras
URI: https://hdl.handle.net/10316/93721
Direitos: openAccess
Aparece nas coleções:UC - Dissertações de Mestrado

Ficheiros deste registo:
Ficheiro Descrição TamanhoFormato
BrunoCarvalho_versaofinal.pdf1.7 MBAdobe PDFVer/Abrir
Mostrar registo em formato completo

Visualizações de página

572
Visto em 17/jul/2024

Downloads

2.067
Visto em 17/jul/2024

Google ScholarTM

Verificar


Este registo está protegido por Licença Creative Commons Creative Commons