"Let's not forget the family": A systematic review on family relationships during emerging adulthood

Abstract

The new features of the third decade of life might bring implications for family relationships and development. The current study aims to describe how relationships between emerging adults and their families are and evolve over emerging adult years. Throughout a systematic review of literature, we extracted data from 38 empirical studies, meeting the defined inclusion criteria: published since 2000, included emerging adults and/or their relatives as participants, and focused on family relationships or processes. The results showed that most studies were focused on the parent-child relationship, providing insight into the relational renegotiations occurring between them during emerging adulthood, and into intergenerational discrepancies in the way parents and children view their relationships. Family systems and family support were also found to be of substantial relevance during this developmental stage. Additionally, sex, age, living arrangements, family structure, socioeconomic status (SES), ethnicity and cultural contexts emerged as intervening factors, influencing family relationships in varied ways. Implications for future research stress the need to move from a family-related research to a family research, considering family as the unit of analysis and collecting data from multiple family members; conducting longitudinal studies, to better understand changes in family relationships across emerging adulthood; and focusing on family relationships beyond the parent-child dyads, namely on siblings’ and grandparents-grandchildren’ relationships. In conclusion, this review provided a renewed picture on family relationships in this period of the family life cycle, drawing attention to the diverse challenges that individuals and families must overcome nowadays, contributing to clinicals’ insight on individual and familial shifts across the transition to adulthood.

As novas características da terceira década de vida podem trazer implicações importantes para as relações familiares e desenvolvimento. O presente estudo pretende descrever como são e evoluem as relações entre adultos emergentes e as suas famílias durante essa etapa. Através de uma revisão sistemática da literatura extraímos dados de 38 estudos empíricos, que cumpriam os critérios de inclusão definidos: publicados desde 2000, com adultos emergentes e/ou os seus familiares como participantes, e focados nas relações ou processos familiares. Os resultados mostram que a maioria dos estudos se focou na relação parento-filial, fornecendo evidências relativas às renegociações relacionais que ocorrem entre eles durante a adultez emergente, e sobre as discrepâncias intergeracionais no modo como pais e filhos percecionam as suas relações. Os sistemas e o suporte familiares foram também reconhecidos como especialmente relevantes durante este período desenvolvimental. Adicionalmente, sexo, idade, residência dos adultos emergentes, estrutura familiar, nível socioeconómico, etnia e contextos culturais emergiram como fatores intervenientes, influenciando as relações familiares de diversas formas. Implicações para estudos futuros enfatizam a necessidade de passar de uma investigação relacionada com a família para investigação familiar, considerando a família a unidade de análise e recolhendo dados de vários membros do sistema; de conduzir estudos longitudinais para compreender melhor as mudanças nas relações familiares durante a adultez emergente; e de focar em relações familiares para além das díades pais-filhos, nomeadamente nas relações entre irmãos e avós e netos. Em conclusão, esta revisão forneceu uma nova moldura das relações familiares ao longo deste período do ciclo vital da família, chamando a atenção para os múltiplos desafios que os indivíduos e as famílias têm de ultrapassar nos dias de hoje, contribuindo para um maior conhecimento dos clínicos nas mudanças individuais e familiares dos indivíduos durante a transição para a adultez.