Please use this identifier to cite or link to this item: https://hdl.handle.net/10316/85336
Title: A capela do cruzeiro no dormitório novo do Convento de Cristo de Tomar (1533-1544): um programa iconográfico à escala de Deus e do Homem.
Other Titles: The crossing chapel in the new dormitory of the Convent of Christ in Tomar (1533-1544): an iconographic program at God and Man's scale.
Authors: Pereira, Gabriel Gonçalo da Silva 
Orientador: Antunes, Joana Filipa da Fonseca
Keywords: Capela do Cruzeiro; Convento de Cristo de Tomar; João de Castilho; Renascimento em Portugal; Iconografia; Crossing Chapel; Convent of Christ in Tomar; João de Castilho; Renaissance in Portugal; Iconography
Issue Date: 18-Oct-2017
Serial title, monograph or event: A capela do cruzeiro no dormitório novo do Convento de Cristo de Tomar (1533-1544): um programa iconográfico à escala de Deus e do Homem.
Place of publication or event: Convento de Cristo de Tomar
Abstract: A reforma dos espaços no Convento de Cristo, executada por João de Castilho durante as décadas de 30 e 40 do século XVI, daria ao arquiteto um lugar de primeira grandeza no panorama da arquitetura nacional e europeia. Os níveis de qualificação que aqui demonstrou devem-se às competências que foi adquirindo ao longo de décadas de trabalho contínuo e quase sempre respondendo às mais importantes encomendas do reino. Sob os olhares atentos e esclarecidos de D. João III e Frei António de Lisboa, Castilho promoveu a criação de um conjunto de novos espaços utilitários vocacionados para as necessidades da Ordem (recentemente convertida numa ordem de clausura).Na criação de uma “cidade ideal” – aprazível, eficiente e sustentável –, a presença de um dormitório novo mostrou-se fundamental. Este dispõe-se em forma de cruz latina, opção marcadamente influenciada pela organização da arquitetura hospitalar originária de Itália e com fortes repercussões no Hospital Real de Todos os Santos e em outros hospitais da Península Ibérica. Para além de diversas celas individuais, e no cumprimento das novas disposições sobre esta estrutura conventual, o dormitório é rematado no cruzeiro por uma pequena capela sobre a qual recaiu esta investigação.O ambiente no interior do dormitório – pautado pela sobriedade e até uma certa austeridade, reservado ao descanso e, portanto, ao silêncio – é interrompido pela ornamentação do cruzeiro e pelos 91 caixotões que formam a abóbada da capela. O resultado constitui um dos mais vastos programas iconográficos concebidos nesta que foi a segunda intervenção de Castilho no Convento. Um local intimista e reservado, mas de passagem obrigatória, e o primeiro com o qual os religiosos são confrontados no dia-a-dia, que estabelece a relação entre a arquitetura/escultura e religião, promovendo, assim, a análise e reflexão.As opções iconográficas, tal como se apresentam, são reveladoras de uma aparente desorganização ou aleatoriedade. Aqui surgem representações do imaginário mitológico greco-romano juntamente com episódios do Cristianismo, aceitando, ainda, lugar para cenas burlescas ou associadas à vida quotidiana. Um vasto reportório visual e, de certa forma, desconcertante. No entanto, o cenário aqui montado traduz a eficácia de um discurso moralizador e humanista, perfeitamente adequado ao contexto espacial do dormitório e às exigências impostas às comunidades religiosas durante o século XVI.
The architectural amendment executed by João de Castilho in the Convent of Christ during the 30s and 40s of the 16th century constitutes the pinnacle of the artistic path by the architect. The moment for which he had been acquiring competences during decades of continuous work and mostly on the most important orders. Under the watchful and enlightened eyes from D.João III and Frei António de Lisboa, Castilho promoted the creation of a new number of utility spaces designed for the order’s necessities (recently converted onto a cloister’s order).With the aim to create an “ideal city” - pleasant, efficient and sustainable - the presence of a new dormitory proved to be fundamental. The room displays itself on the form of the latin cross - this option was strongly influenced by the hospital architectural organisation with its origins from Italy, and with strong repercussions on Hospital Real de Todos os Santos and in various Spanish hospitals - and, besides several cells, it contains a small chapel on the smaller branch.The atmosphere inside the dormitory - ruled by sobriety and even a certain austerity, reserved for rest and, therefore, to silence – is only interrupted by the ornamentation of the cross and, to a greater extent, by the 91 carved boxes that form the coffered ceiling and therefore result in one of the vast iconographic programs conceived by Castilho’s second intervention on the Convent. An intimate and retiring place, but of compulsory passageway and the first one the religious are confronted on a day-by-day, that establishes the relation between architecture/sculpture and religion, promoting analysis and reflection.The vast iconography reveals and apparent disorder or randomness. Here arise representations of the imaginary greco roman mythology along with christianity episodes, permitting, still, a place for burlesque scenes or associated to daily life. A vast visual repertoire and, in a way, disconcerting. However, all this scenery supports a moral and humanist speech, perfectly appropriate for the spacial context of the dormitory and the requirements imposed to the religious communities during the 16th century.
Description: Dissertação de Mestrado em História da Arte, Património e Turismo Cultural - extinto apresentada à Faculdade de Letras
URI: https://hdl.handle.net/10316/85336
Rights: openAccess
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