Utilize este identificador para referenciar este registo: https://hdl.handle.net/10316/85276
Título: Pielonefrite aguda : factores de risco e etiopatogenia
Autor: Escoli, Rachele da Silva 
Orientador: Figueiredo, Arnaldo
Simões, Pedro
Palavras-chave: Pielonefrite aguda; factores de risco; etiologia; patogénese
Data: Mar-2012
Resumo: Introdução e objectivos As infecções do tracto urinário são das doenças urológicas mais comuns e contam com gastos elevadíssimos. Apesar de haver factores de risco assumidamente associados à pielonefrite aguda, há múltiplos factores que estão subavaliados. Pretende-se fazer uma revisão bibliográfica dos artigos científicos publicados, que tratam do tema “Pielonefrite aguda”, abordar os diferentes factores de riscos e etiopatogenia, dando enfoque a 3 dos mesmos: patologia obstructiva, refluxo vesicouretérico e gravidez. Material e Métodos Identificou-se e reviu-se a literatura em língua Inglesa, acerca do tema “Pielonefrite aguda - factores de risco e etiopatogenia”, através do motor de busca da Web of Knowledge, livros e revistas indexadas. Resultados A Pielonefrite aguda é uma infecção severa do tracto urinário superior, especificamente do parênquima e pélvis renais. A maioria das infecções são causadas pela Escherichia Coli e são secundárias à ascenção bacteriana pela uretra. A via hematogénica e linfática também lesam o rim, mas são mais frequentes em doentes debilitados, com patologia crónica e em pacientes a receber tratamentos imunossupressores. Ao entrar no tracto urinário, as bactérias uropatogénicas enfrentam uma série de dificuldades, como o fluxo de urina no sentido contrário à entrada bacteriana e numerosos mecanismos antibacterianos, que tentam impedir a entrada destes agentes. Para tentar superar estas adversidades, os agentes uropatogénicos desenvolveram uma série de mecanismos que asseguram a adesão e a invasão dos tecidos do hospedeiro. São de destacar os factores de virulência bacteriana, Pili tipo 1, fímbrias P, entre outros. Contudo, há múltiplos factores que conferem um risco aumentado ao desenvolvimento de pielonefrite aguda. São exemplos a actividade sexual, novo parceiro sexual nos 12 meses prévios, história de infecção do tracto urinário, Diabetes Mellitus, incontinência urinária, corpos estranhos no tracto urinário, anormalidades urinárias anatómicas ou funcionais e gravidez. A patologia obstructiva é o factor predisponente mais importante no desenvolvimento de infecções do tracto urinário, sobretudo porque é o factor de risco mais prevalente. A obstrucção inibe o fluxo normal de urina e, a consequente estase, compromete os mecanismos de defesa da bexiga e do rim. O refluxo vesicouretérico é mais comum na infância e resulta da falência de uma série de factores - integridade funcional do ureter, a correcta anatomia da junção vesicouretérica e a compliance funcional da bexiga. Finalmente, a gravidez é considerada um factor de risco devido às mudanças anatómicas e fisiológicas que alteram significativamente a história natural da bacteriúria. Estas mudanças tornam a mulher grávida mais susceptível à pielonefrite e podem, muitas vezes, requerer uma terapêutica diferente. Conclusão Apesar do crescente conhecimento sobre os factores de risco associados à pielonefrite aguda, alguns factores estão pouco avaliados. Muitos aspectos da epidemiologia e da patofisiologia diferem entre as populações femininas e masculinas, bem como nas diferentes faixas etárias. Ainda assim, a associação de certos factores de risco, tal como a actividade sexual, uso de espermicida, história de infecção do tracto urinário, mãe com história de infecção do tracto urinário, presença de corpos estranhos, anormalidades urinárias anatómicas e funcionais, imunossupressão e idade superior a 60 anos, está comprovadamente associada ao desenvolvimento de pielonefrite aguda. Por sua vez, factores como a Diabetes Mellitus, a incontinência urinária e sexo anal necessitam de estudos adicionais que possam levar a estratégias preventivas
Introduction and Objectives Urinary tract infections are the most common urologic diseases with high costs associated. Although there are many risk factors admittedly associated with acute pyelonephritis, there are a lot that are understated. It’s intend to do a literature review of published scientific papers, that address the theme “Acute Pyelonephritis”, approach the different risk factors and etiopathogeny, focusing on three of them: obstructive pathology, vesicoureteral reflux and pregnancy. Material and Methods It was identified and reviewed the English-language literature, on the topic “Acute Pielonephritis – risk factors and etiopathogeny”, through the Web of Knowledge engine, books and indexed journals. Results Acute pyelonephritis is an infection of the upper urinary tract, specifically the renal parenchyma and renal pelvis. Most renal parenchymal infections occur secondary to bacterial ascent through the urethra and urinary bladder. Hematogenous and lymphatic acute pyelonephritis occurs most often in debilitated, chronically ill patients and those receiving immunosuppressive therapy. Upon entering the urinary tract, uropathogenic bacteria face a multitude of both constitutive and inducible host defences, that include the bulk flow of urine and numerous antibacterial molecules. To effectively colonize a host and cause disease, many bacterial pathogens have evolved the mechanisms needed to invade and persist within host cells and tissues. Such as virulence mechanisms, type 1 pili, P pili, and others. However, there are a lot of risk factors which confers an increased risk for the development of acute pyelonephritis Many examples are sexual intercourse, new sexual partner in the previous 12 months, Diabetes Mellitus, difficulty holding urine, foreign bodies, anatomic and functional abnormalities and pregnancy. The obstruction inhibits the normal flow of urine and, the resulting stasis, undertakes the defense mechanisms of the bladder and kidney. Vesicoureteral reflux is most common in childhood and represents a balance of several factors – functional integrity of the ureter, the anatomic composition of the ureterovesical junction, and the functional dynamics of the bladder. Finally, pregnancy is a risk factor for acute pyelonephritis because it brings anatomic and physiologic changes that alters the natural history of bacteriúria. These changes make the pregnant women more susceptible to pyelonephritis and often require a different therapy. Conclusions Despite the increasing knowledge about risk factors associated with acute pyelonephritis, some factors are poorly assessed. Many aspects of the epidemiology and pathophysiology differ between female and male populations, as well as in different age groups. Yet, the combination of certain risk factors, such as sexual intercourse, spermicide exposure, history of urinary tract infections, history of urinary tract infection in the participant’s mother, foreign bodies, anatomic and functional abnormalities, immunosuppression and elderly people, are associated with the development of acute pyelonephritis. On the other hand, factors like Diabetes Mellitus, difficulty holding urine and anal sex need more studies, that can lead to preventive strategies.
Descrição: Trabalho final de mestrado integrado em Medicina área científica de Urologia, apresentado á Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra
URI: https://hdl.handle.net/10316/85276
Direitos: openAccess
Aparece nas coleções:UC - Dissertações de Mestrado
FMUC Medicina - Teses de Mestrado

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