Utilize este identificador para referenciar este registo: https://hdl.handle.net/10316/85271
Título: Lesão medular cervical : análise epidemiológica de doentes do CMRA : estudo retrospectivo
Autor: Paradinha, Sara Maria Cerveira 
Orientador: Pinheiro, João Páscoa
Azenha, António Francisco
Palavras-chave: 2 Lesões da medula-espinhal; Estudo historicamente comparado; Medicina física
Data: Jun-2012
Resumo: Introdução: Os objetivos foram caracterizar uma coorte de doentes com lesão medular cervical (LMC) de um Centro de Reabilitação em Portugal e comparar os resultados obtidos com base na idade e etiologia. Métodos: Estudo retrospetivo com 155 doentes. Foram colhidos dos processos clínicos dados demográficos, clínicos, evolução neurológica e funcional, e complicações durante o internamento. Na análise estatística por subgrupos de idade e etiologia foram usados testes paramétricos e não-paramétricos. Resultados: Nesta amostra predominou o género masculino (81%), raça caucasiana (96%), idade<65 anos (73%) e etiologia traumática (77%). No subgrupo de etiologia, a traumática afetou idades mais jovens (47±19 vs 58±15 anos, p=0,002), tiveram menores tempos de lesão (160 vs 434 dias, p=0,001), lesões mais severas na admissão (54% C5-C8 AIS A, B, C vs 47% AIS D, p=0,004), predominando as lesões completas (29%) e níveis de incapacidade motora superiores do que a não-traumática mas não significativo (p=0,352). Na alta, o padrão de severidade de lesão manteve-se (p=0,012), com maior proporção de lesões incompletas na não-traumática. A nível funcional não houve diferenças significativas. No subgrupo de idade não houve diferenças significativas em nenhuma das variáveis, exceto na etiologia (p<0,001). Constatou-se uma melhoria neurológica e funcional significativa após o internamento em todos os subgrupos à exceção da não-traumática, cuja melhoria neurológica não foi significativa (p=0,083). As complicações mais frequentes foram: espasticidade (89%), infeções do trato urinário (84%) e dor musculoesquelética (51%). Discussão: Nesta coorte de doentes, as características da lesão, assim como os resultados obtidos após o programa de reabilitação, estão concordantes com a literatura. A LMC parece diferir no que concerne à etiologia mas não em relação à idade. Não obstante, apesar das características da lesão traumática e do padrão de recuperação neurológica serem diferentes da não-traumática, o programa de reabilitação foi igualmente eficiente a nível da funcionalidade. Conclusão: Nesta amostra a idade e a etiologia não influenciaram os resultados funcionais com o programa de reabilitação, apesar da etiologia ser um fator a considerar no planeamento destes programas, devido às diferenças importantes entre os grupos
Introduction: The main goals were to characterize a cohort of patients with cervical spinal cord injury (CSCI) of a Rehabilitation centre in Portugal and to compare the results based on age and etiology. Methods: Retrospective study with 155 patients. Demographic data, clinical, neurological and functional outcomes as well as complications during inpatient rehabilitation were collected from the medical records. The statistical analysis was divided in subgroups of age and etiology, using parametric and non-parametric tests. Results: This sample showed a predominant male gender (81%), caucasian race (96%), age < 65 years (73%) and traumatic etiology (77%). In the subgroup of etiology, the traumatic affected more younger ages (47±19 vs. 58±15 years, p=0,002), had less time since injury (160 vs. 434 days, p=0,001), greater severity of lesion on admission (54% C5-C8 AIS A, B, C vs. 47% AIS D, p=0,004), with more complete lesions (29%) and higher motor disability compared to the nontraumatic ones, although not significant (p=0,0352). At discharge time the pattern of severity of lesion maintained (p=0,012), with greater proportion of incomplete lesions in the nontraumatic ones. Functionally, there were no significant differences. In the subgroup of age no significant differences were found in none of the variables, except for etiology (p<0,001). After the inpatient rehabilitation, there was a significant neurological and functional improvement in all subgroups except for the nontraumatic ones whose neurological gain was not significant (p=0,83). The most frequent complications were: spasticity (89%), urinary infections (84%) and musculoskeletal pain (51%). Discussion: The characteristics of lesion and outcomes after inpatient rehabilitation from this cohort are according to the literature. CSCI seems to differ in etiology but not in age. Even though the characteristics of traumatic lesion and pattern of neurological recovery is different from nontraumatic, the rehabilitation program was equally efficient in terms of functionality. Conclusion: In this sample age and etiology did not influence the functional outcomes with inpatient rehabilitation, although etiology is a fator to consider when planning these programs, because of the important differences between the groups.
Descrição: Trabalho final de mestrado integrado em Medicina área científica de Medicina Física e reabilitação, apresentado á Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra
URI: https://hdl.handle.net/10316/85271
Direitos: openAccess
Aparece nas coleções:UC - Dissertações de Mestrado
FMUC Medicina - Teses de Mestrado

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