Utilize este identificador para referenciar este registo: https://hdl.handle.net/10316/84742
Título: Cuidados Paliativos em Portugal - A perspetiva e o papel do farmacêutico.
Outros títulos: Palliative care in portugal - The perspective and role of the pharmacist.
Autor: Marques, Marcela Fornazier Meyrelles 
Orientador: Caetano, Maria Margarida Coutinho de Seabra Castel-Branco
Rocha, Marília João da Silva Pereira
Palavras-chave: controlo de sintomas; cuidados paliativos; farmacêutico clínico; fim da vida; individualização da terapêutica; control of symptoms; palliative care; clinical pharmacist; end of life; individualization of therapy
Data: 4-Out-2018
Título da revista, periódico, livro ou evento: Cuidados Paliativos em Portugal - A perspetiva e o papel do farmacêutico.
Local de edição ou do evento: Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra. CHUC
Resumo: Apesar de todos os progressos da medicina, a morte continua a ser uma certeza na vida de todos. Enquanto inicialmente os serviços de saúde eram vocacionados para a elevada tecnologia com o intuito de tratar a doença, atualmente há cada vez mais um esforço para colmatar a necessidade de oferecer cuidados específicos aos doentes que não necessitam de cuidados curativos, mas paliativos. Esta crescente necessidade de cuidados em fim de vida, que se verifica em todo o mundo, conduziu a uma procura cada vez maior de cuidados paliativos, observando-se, em particular nos países europeus, uma tendência para incluir a medicina paliativa como parte da carteira de serviços dos programas nacionais de saúde. Foi objetivo principal deste trabalho propor um plano de atuação para a prática de cuidados farmacêuticos no contexto dos cuidados paliativos. Para tal, procedeu-se a uma pesquisa bibliográfica através da utilização do PubMed e do Google Académico entre janeiro e julho de 2018 utilizando os termos “Palliative Care”, “End-stage Life Care”, “End-of-Life”,“Quality of death” e “Pharmacist palliative care”. Também se analisaram estudos acerca da organização de sistemas de saúde, avaliação e tratamento da dor, cuidados continuados integrados e alterações demográficas.Sabendo que ‘cuidados paliativos’ são os cuidados prestados ativamente a uma pessoa cuja condição não responde a um tratamento curativo, e reconhecendo que, em Portugal, há uma grande discrepância entre a estimativa de necessidades e o número de serviços/equipas de cuidados paliativos existentes, o presente trabalho focou-se num dos pilares fundamentais que é o controlo de sintomas para otimizar a qualidade de vida de doente. Assim, foram abordados sintomas como a dor, dispneia, insónia e sonolência diurna, delirium, xerostomia, anorexia e caquexia, náuseas, vómitos e obstipação, dando-se depois particular relevo aos fármacos usados para os aliviar, como sejam o paracetamol, anti-inflamatórios não esteroides, opioides, antidepressivos, anticonvulsivantes, corticoesteroides, bifosfonatos, benzodiazepinas, broncodilatadores, neuroléticos, progestagénos e procinéticos. A atuação do farmacêutico não se pode limitar à logística do medicamento, do stock até ao doente. A inclusão do farmacêutico em equipas de cuidados paliativos da saúde proporciona um melhor acompanhamento das condições clínicas dos doentes, por meio de prescrições racionais e mais seguras, além de contribuir para o atendimento prestado pela equipa médica. Caso não haja um profissional capacitado, como o farmacêutico, adesenvolver um trabalho de acompanhamento terapêutico, monitorização e individualização de doses, reconciliação terapêutica, desprescrição, aconselhamento sobre vias de administração, compatibilidade entre fármacos e ajuste de doses em disfunções orgânicas, é uma grande perda para o sistema de saúde, para os outros profissionais de saúde e principalmente para os doentes, que seriam os mais beneficiados em termos de conforto e qualidade de vida.
Despite all the advances in medicine, death remains a certainty in everyone's life. While healthservices were initially aimed at high technology in order to treat the disease, there is now more and more an effort to provide specific care to patients who do not need curative but palliative care. This growing need for end-of-life care throughout the world has led to an increasing demand for palliative care, particularly in European countries, with a tendency to include palliative medicine as part of the portfolio of national health programs.The main goal of this work was to propose an action plan for the practice of pharmaceuticalcare in the context of palliative care. To do this, a bibliographic search was done using PubMed and Google Scholar between January and July 2018 using the terms "Palliative Care", "End-stage LifeCare", "End-of-Life", " Quality of death” and “Pharmacist Palliative Care ". We also analyzed studies on the organization of health systems, assessment and treatment of pain, integrated care and demographic changes.Knowing that 'palliative care' is the care provided actively to a person whose condition does notrespond to a curative treatment, and recognizing that in Portugal there is a large discrepancybetween the estimate of needs and the number of existing palliative care services / teams, thepresent work focused on one of the fundamental pillars that is the control of symptoms to optimize the patient's quality of life. Therefore, symptoms such as pain, dyspnea, insomnia and diurnal drowsiness, delirium, xerostomia, anorexia and cachexia, nausea and vomiting and constipation have been addressed, with particular emphasis being given to the drugs used to relieve them, such as paracetamol, non-steroidal anti-inflammatory drugs, opioids, antidepressants, anticonvulsants,corticosteroids, bisphosphonates, benzodiazepines, bronchodilators, neuroleptics, progestagens and prokinetics.The performance of the pharmacist can not be limited to the logistics of the medicine, from thestock to the patient. The inclusion of the pharmacist in palliative health care teams provides better monitoring of patients' clinical conditions through rational and safer prescriptions and contributes to the care provided by the medical team. If there is no qualified professional, such as the pharmacist,to develop a therapeutic follow-up, monitoring and individualization of doses, therapeutic reconciliation, prescribing, advice on routes of administration, compatibility between drugs and dose adjustment in organic dysfunctions, is a great loss for the health system, for other health professionals and especially for patients, who would benefit most in terms of comfort and quality of life.
Descrição: Dissertação de Mestrado em Farmacologia Aplicada apresentada à Faculdade de Farmácia
URI: https://hdl.handle.net/10316/84742
Direitos: openAccess
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