Transtornos Neurocognitivos - Leve e Maior – Módulo de psicoeducação para o programa REHACOG.

Abstract

Os Transtornos Neurocognitivos (TNCs) têm como principal caraterística um défice clínico primário na função cognitiva. Estes são transtornos adquiridos e não transtornos do desenvolvimento, isto é, o declínio na função cognitiva representa um declínio a partir de um nível de funcionamento alcançado anteriormente, não estando presente no nascimento ou no início de vida (APA, 2014). A principal diferença entre o transtorno neurocognitivo leve e o transtorno neurocognitivo maior é a interferência dos défices cognitivos na independência do individuo, uma vez que no TNCs leve não há perda de independência nas atividades do quotidiano, por sua vez no TNCs maior há uma perda de independência na realização das mesmas (APA, 2014).Atualmente, ainda não existe cura para os transtornos neurocognitivos, no entanto, o tratamento deve contemplar medidas farmacológicas e não farmacológicas consoante a sua etiologia. Uma das medidas mais contempladas no tratamento dos TNCs é a reabilitação neuropsicológica (McLellan, 1991). É um tratamento biopsicossocial que envolve pacientes e familiares, em que o objetivo é ensinar clientes, familiares e/ou cuidadores estratégias compensatórias capazes de propiciar uma melhoria das funções cognitivas e da qualidade de vida (Wilson, 1996).A informação/psicoeducação é um fator fundamental na prevenção e/ou remediação/reabilitação neuropsicológica (Gindri et al., 2012). Neste sentido, é desenvolvido, neste contexto, um Módulo de Psicoeducação em Transtornos Neurocognitivos Leve e Maior, que fará parte integrante do programa de intervenção neuropsicológica REHACOG (Figueira & Paixão, in press). O objetivo primordial será sensibilizar, informar/formar cuidadores/familiares, os próprios afetados e até mesmo a população em geral sobre a temática em apreço.

Neurocognitive disorders have as main feature a primary clinical deficit in cognitive function. These disorders are acquired and not developmental, because the decline in cognitive function expresses a decline from a previously achieved level of functioning, not being present at birth or in the beginning of life (APA, 2014).The most important difference between soft and major neurocognitive disorders is the interference of cognitive deficits in the individual´s independence once that in soft TNC´s, there is no loss of independence in daily activities, and in reverse, in major TNC´s there is (APA, 2014).Nowadays, there is still no cure for neurocognitive disorders, however, the treatment should embrace pharmacological and non-pharmacological measures according to their etiology.One of the most contemplated measures in the treatment of TNC´s is neuropsychological rehabilitation (McLellan, 1991). It is a biopsychosocial treatment that involves patients and families, which the objective is to teach clients, family members and/or caregivers, compensatory strategies capable of improving cognitive functions and quality of life (Wilson, 1996).The information/psychoeducation is a key factor in neuropsychological prevention and/or remediation/rehabilitation (Gindri et al., 2012). In this context, a module of Psychoeducation in Soft and Major Neurocognitive Disorders is developed, which will be an integral part of the REHACOG Neuropsychological Intervention Program (Figueira & Paixão, in press). The main objective will be to sensitize, inform/form caregivers and family members, the affected ones, and even the general population about the subject in question.