Utilize este identificador para referenciar este registo: https://hdl.handle.net/10316/82647
Título: Obstrução congénita do canal nasolacrimal: epidemiologia, etiologia, clínica e tratamento
Outros títulos: Congenital nasolacrimal duct obstruction: epidemiology, etiology, clinical manifestations and treatment
Autor: Carvalho, Catarina Isabel Ribeiro 
Orientador: Castela, Rui Guilherme Pereira Leite
Palavras-chave: OBSTRUÇÃO CONGÉNTICA DO CANAL NASOLACRIMAL; EPÍFORA; TRATAMENTO CONSERVADOR; TRATAMENTO CIRÚRGICO; PROTOCOLO DE TRATAMENTO; CONGENITAL NASOLACRIMAL DUCT OBSTRUCTION; EPYPHORA; CONSERVATIVE TREATMENT; SURGICAL TREATMENT; TREATMENT PROTOCOL
Data: 13-Jun-2018
Título da revista, periódico, livro ou evento: Obstrução congénita do canal nasolacrimal: epidemiologia, etiologia, clínica e tratamento
Local de edição ou do evento: Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra
Resumo: A obstrução congénita do canal nasolacrimal (OCCNL) é uma das patologias oculares mais comum nas crianças com uma prevalência que vai dos 6% a 20% de todos os recém-nascidos, e é a causa mais frequente de epífora. Em cerca de 90% dos casos, resolve espontaneamente durante o primeiro ano de vida, sendo, posteriormente, necessário adotar medidas interventivas, caso haja persistência dos sintomas.O presente artigo de revisão bibliográfica pretende revisitar e reestruturar os conhecimentos sobre o tema da obstrução congénita do canal nasolacrimal de modo a chegar a um protocolo de tratamento escalonado por idade, no sentido de atingir uma maior eficácia no tratamento desta patologia. Trata-se de uma patologia de grande abrangência de especialidades médicas e cirúrgicas (Pediatria, Oftalmologia e Otorrinolaringologia), ambas com visões e perspetivas de intervenção distintas.Para a realização do mesmo, foi feita uma revisão bibliográfica de artigos científicos originais, de revisão e literatura, dando particular importância aos que foram publicados nos últimos 10 anos.As manifestações clínicas iniciam-se durante as primeiras semanas de vida, sendo as secreções mucosas constantes e recorrentes, o primeiro sinal evidenciado pelos pais. O aumento do menisco lacrimal e a epífora começam, normalmente, após o segundo mês de vida. Os sintomas são mais frequentemente bilaterais que unilaterais e agravam-se durante os processos infeciosos das vias aéreas superiores. A obstrução congénita do canal nasolacrimal pode ser ainda acompanhada por sinais inflamatórios perioculares, conjuntivite, dacriocistite, e, raramente, celulite. A variabilidade clínica e a severidade dos sintomas impõem o reconhecimento desta patologia pelos profissionais de saúde, no sentido de se realizar o seu correto diagnóstico.Sendo que a resolução espontânea é comum durante o primeiro ano de vida, uma abordagem conservadora está indicada durante esse período. Após esse período, a probabilidade de resolução espontânea diminui e a maioria das crianças é tratada com sondagem do canal nasolacrimal. Em caso de falência da sondagem existem várias outras opções cirúrgicas, como repetir a sondagem, que pode ser assistida com endoscopia nasal, a dacrioplastia com balão e a intubação que apresentam diferentes taxas de eficácia segundo a faixa etária, sendo as duas últimas mais utilizadas a partir do terceiro ano de vida. Finalmente, se nenhum destes tratamentos resultar, terá de ser realizada uma nova via de drenagem através da criação de uma fístula permanente entre o saco lacrimal e a cavidade nasal (dacriocistorrinostomia). A sondagem assistida por endoscopia nasal demonstrou a sua aplicabilidade terapêutica, destacando-se das diversas formas de tratamento cirúrgicas. Permite, não só uma visualização dos diversos fatores desencadeantes da obstrução, como também aumenta as taxas de sucesso da sondagem simples, podendo mesmo vir substituí-la como tratamento cirúrgico de primeira linha.O conhecimento dos pais sobre a patologia é de extrema importância, devendo estes ser adequadamente esclarecidos sobre a técnica de massagem do saco lacrimal, fator muito importante para a eficácia do tratamento conservador.Torna-se, por isso, crucial conhecer o momento de finalizar a atitude expectante e o início de uma abordagem interventiva, de uma forma escalonada, identificando qual a técnica mais adequada segundo a idade da criança.
Congenital nasolacrimal duct obstruction is one of the most common ocular pathologies during infancy, affecting 6 to 20% of all newborns, and it is the most frequent cause of epiphora. Almost 95% of cases are resolved spontaneously during the first year of life. If symptoms persist, subsequent interventional measures are needed.This review article aims to revisit and restructure the knowledge about congenital nasolacrimal duct obstruction, and to reach a treatment protocol based on age, so that better efficiency is attained. Currently, Pediatrics, Ophthalmology and Otolaryngology have distinct visions and interventional perspectives regarding this pathology.A collection of original scientific and review articles and literature was gathered to write this article. The ones published within the last 10 years were given the most relevance.Clinical manifestations begin during the first weeks of life, as constant and persistent mattering, which is the first signal noticed by parents. Increased lacrimal meniscus and epiphora normally appear during the second month. Symptoms are more often bilateral than unilateral and worsen during respiratory infections. Congenital nasolacrimal duct obstruction can also be accompanied by inflammatory signs of the periocular skin, conjunctivitis, dacyocystities, and, rarely, cellulitis.Since its clinical variety and symptoms severity can be misleading, health professionals need to be aware of this pathology, so that a correct diagnosis is made.As spontaneous resolution is common during the first year of life, conservative treatment is indicated. After this period, spontaneous resolution probability declines and so, most children get their nasolacrimal duct probed. If this fails, there are other surgical possibilities, such as repeating probing with nasal endoscopic assistance, dacryoplasty and silicone tube intubation, that differ on treatment success rates according to age. Dacryoplasty and silicone tube intubation are more commonly used after the third year of life. At last, if none of the treatments above work, a new drainage route is created through a permanent fistula among the lacrimal sac and the nasal cavity (dacryocystorhinostomy). Nasal endoscopic assisted probing has shown its usefulness, contrasting with the different surgical techniques. It allows, not only direct visualization of several potential triggering factors, but also increases success rates of simple probing. This means that nasal endoscopic assisted probing may be the next first-line surgical treatment for congenital nasolacrimal duct obstruction.Parents’ knowledge about this pathology is extremely important. They should be properly informed about the lacrimal sac massage’s technique, which is a very important factor contributing to conservative treatment’s efficiency.Considering this, it becomes crucial to know the moment when to end the expectant approach and begin a stepwise interventional management, sorted by age.
Descrição: Trabalho Final do Mestrado Integrado em Medicina apresentado à Faculdade de Medicina
URI: https://hdl.handle.net/10316/82647
Direitos: closedAccess
Aparece nas coleções:UC - Dissertações de Mestrado

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