Utilize este identificador para referenciar este registo: https://hdl.handle.net/10316/82151
Título: Alergia a Peixe
Outros títulos: Fish Allergy
Autor: Costa, Cátia Inês Teixeira da Silva 
Orientador: Pereira, António Celso Dias Pais
Carrapatoso, Isabel
Palavras-chave: alergia a peixe; parvalbumina; tropomiosina; enolase; anisakis; fish allergy; parvalbumin; tropomyosin; enolase; anisakis
Data: 12-Mar-2018
Título da revista, periódico, livro ou evento: Alergia a Peixe
Local de edição ou do evento: Imunologia Clínica
Resumo: Este artigo de revisão bibliográfica pretende revisitar os conhecimentos sobre a alergia ao peixe à luz das novas evidências científicas, discutir a problemática do diagnóstico diferencial e o seu impacto na tomada de decisão e inferir o rumo da ciência no que toca a novas formas de diagnóstico e tratamento de modo a oferecer aos doentes uma resposta que se coadune às dificuldades diárias de uma doença com tanto impacto no seu dia-a-dia.O aumento global do consumo de peixe, relacionado com a promoção de estilos de vida saudáveis e da expansão da cozinha internacional, levou ao aumento das reações alérgicas reportadas pelos consumidores. Estima-se que a alergia a peixe afete 0,1 a 0,4% da população colocando-o na lista dos 8 alimentos mais alergénicos.As parvalbuminas são proteínas responsáveis pela grande maioria das reações específicas mediadas por IgE. A polisensibilização a várias espécies habitualmente relacionada com reatividade cruzada ou o conteúdo total de parvalbuminas no tecido muscular do peixe são fatores a considerar no enquadramento desta patologia. Não obstante, outras proteínas poderão estar envolvidas como a vitelogenina, enolases e aldolases.A principal via de sensibilização é a ingestão, no entanto a via respiratória ou o contato por manuseamento direto devem também ser equacionadas, promovendo um leque muito vasto de manifestações clínicas que variam desde rinite, angioedema, dor abdominal, urticária e até mesmo anafilaxia.Dada a multiplicidade dos sinais e sintomas impõe-se o diagnóstico diferencial com um vasto leque de entidades clínicas. O Anisakis é um parasita que infecta os humanos através do consumo de peixe cru ou de cefalópodes que o contenham no seu terceiro estado larvar causando uma reação imune à tropomiosina, paramiosina ou inibidores da protéase e provocando sintomas sobreponíveis aos verificados na alergia a peixe. Por outro lado, mecanismos não imunológicos podem causar reações a bactérias, vírus, toxinas marinhas ou aminas biogénicas como é o caso da intoxicação escombróide contribuindo para a heterogeneidade de patologias potencialmente equacionáveis como causadoras do quadro clínico.O diagnóstico é essencialmente clínico podendo ainda recorrer-se a testes cutâneos (prick e prick-prick com peixe crú e cozinhado), a quantificação de IgE especifica por ImmunoCAP ou técnicas de immunoblotting ou ao gold standard que será o teste de provocação controlado por placebo.A imunoterapia poderá ser promissora no futuro relegando atualmente para primeiro plano terapêutico a evicção das espécies de peixes alergizantes, do risco de contaminação cruzada e o tratamento das reações agudas pós-exposição.
This review article aims to revisit the knowledge about fish allergy under the clinical evidence available so far, to discuss the problematical differential diagnosis and its impact on decision making and to deduce the course of scientific outbreaks in the management, diagnostic and treatment of these patients.The global increase of fish consumption, mainly related to the awareness of benefits arising from a healthy lifestyle and also because of the expansion of international cuisine, led to an increase in self-reported allergic reactions. Fish allergy is estimated to affect between 0,1 and 0,4% of worldwide population ranking it as one of the 8 major food allergens.Parvalbumins are fish proteins responsible for the vast majority of clinical reactions mediated by specific IgE. Poli sensitization to several species, usually related to cross reactions, or the total amount of parvalbumin in the fish’s muscle are two factors to take into account when trying to understand this pathology's framework. Nevertheless, other proteins may be involved including vitelogenin, enolases and aldolases.The main route of sensitization is through ingestion although the respiratory pathway or skin contact must be considered, promoting a wide range of clinical manifestations that vary from rhinitis, angioedema, abdominal pain, urticaria or even anaphylaxis.Due to the multiplicity of symptoms and signs, the differential diagnosis is challenging and includes several clinical identities. Anisakis is a parasite which infects humans after the ingestion of poorly cooked or raw fish containing its third larvar stage, causing an immune reaction to tropomyosine, paramyosine or protease inhibitors. Ultimately, it leads to a clinical setting than can be misguided as fish allergy. On the other hand, non immune reactions such as the ones caused by bacteria, viruses, marine toxins or biogenic amines contribute to the heterogeneity of potential causative pathologies of the same clinical setting. The diagnosis is essentially clinical although some complementary exams may be performed such as cutaneous tests (prick and prick-prick with raw and cooked fish) and specific IgE quantification using ImmunoCAP or immunoblotting techniques. The placebo controlled oral provocation remains as the gold standard for diagnosis.Immunotherapy may play a role in the future therapeutics leaving the eviction of causative species and the treatment of acute reactions as the first approach to fish allergy.
Descrição: Trabalho Final do Mestrado Integrado em Medicina apresentado à Faculdade de Medicina
URI: https://hdl.handle.net/10316/82151
Direitos: openAccess
Aparece nas coleções:UC - Dissertações de Mestrado

Ficheiros deste registo:
Ficheiro Descrição TamanhoFormato
Alergia a Peixe, Inês Costa.pdf1.09 MBAdobe PDFVer/Abrir
Mostrar registo em formato completo

Visualizações de página 1

5.748
Visto em 15/out/2024

Downloads 5

5.515
Visto em 15/out/2024

Google ScholarTM

Verificar


Este registo está protegido por Licença Creative Commons Creative Commons