Utilize este identificador para referenciar este registo: https://hdl.handle.net/10316/81845
Título: Gravidez após doenças oncológicas: é possível?
Outros títulos: Pregnancy after oncological diseases: is it possible?
Autor: Monteiro, Pedro David Oliveira 
Orientador: Areia, Ana Luísa Fialho Amaral
Pinto, Anabela Mota
Palavras-chave: GRAVIDEZ; NEOPLASIA; PROGNÓSTICO; FERTILIDADE; TERAPÊUTICA FARMACOLÓGICA; PREGNANCY; NEOPLASM; PROGNOSIS; FERTILITY; DRUG THERAPY
Data: 29-Mai-2017
Título da revista, periódico, livro ou evento: Gravidez após doenças oncológicas: é possível?
Local de edição ou do evento: FMUC - Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra
Resumo: O diagnóstico de cancro na gravidez é uma situação extremamente complexa cuja frequência se espera vir a aumentar num futuro próximo. A agressividade de determinados tipos de neoplasia, bem como a toxicidade dos tratamentos, simultaneamente à gravidez, tem vindo a aumentar o interesse sobre esta temática. Porém, existem várias questões por responder. Deste modo, procurou-se saber a possibilidade de gravidez a seguir a doença oncológica, abordando as semelhanças fisiopatológicas da gravidez e da carcinogénese, o impacto que a doença oncológica e o seu tratamento têm no prognóstico materno e do recém-nascido (RN), na conduta obstétrica e na fertilidade futura duma sobrevivente de cancro.Para se esclarecer estas dúvidas, pesquisou-se principalmente a base de dados Pubmed, mas também a Cochrane Library, ScienceDirect e Scopus desde Julho até Outubro de 2016.Verificou-se que as várias modalidades terapêuticas usadas habitualmente no tratamento do cancro na mulher não-grávida podem também ser usadas na grávida, com semelhante eficácia e prognóstico. O tratamento da grávida e a manutenção da gravidez advogam-se na maioria das situações, reservando-se a interrupção médica da gravidez para neoplasias agressivas diagnosticadas no 1º trimestre.A preservação da fertilidade (PF) é também possível, mas não garantida, devendo-se proceder à escolha dos diferentes métodos de forma personalizada. O potencial evolutivo das demais técnicas augura melhores resultados de PF futuros.O tratamento eficaz da grávida é compatível com um bom prognóstico materno e fetal. A gravidez não é um fator de risco para cancro e gravidez subsequente a uma doença oncológica não aumenta o risco de recorrência cancerígena. A preservação da fertilidade após doença oncológica é também possível, havendo diferentes métodos que, não sendo perfeitos,7conjugados trazem uma boa hipótese de manutenção de fertilidade. A gravidez após doença oncológica é assim possível, com certas precauções, mas podendo ambicionar um prognóstico materno e da criança semelhante ao da população em geral. Apesar de todas estas ilações, são necessários mais estudos em praticamente todos os tópicos abordados, devidamente elaborados, com um maior período de seguimento, no sentido de se perceber quais os efeitos a longo-prazo no prognóstico materno/fetal das demais terapêuticas.
Cancer diagnosis in pregnancy is an extremely complex situation whose frequency is expected to increase soon. The aggressiveness of certain tumors, as well as the toxicity of treatments during pregnancy, has been raising interest in this area. However, the main questions remain unanswered. Thus, it was sought to ascertain the possibility of pregnancy after oncological disease, addressing the pathophysiology similarities of pregnancy and carcinogenesis as well as the impact of oncological disease and its treatment on maternal prognosis and the newborn, in obstetrical management and in the future fertility of cancer survivors. To clarify these doubts, a search was conducted using mainly the Pubmed database, but also Cochrane Library, ScienceDirect and Scopus since July until October of 2016.It was found that the many therapeutic modalities usually applied in cancer treatment of a non-pregnant woman may also be used in pregnant women, with similar effectiveness and prognosis. Pregnant women’s treatment and pregnancy preservation are advocated in most situations, with medical abortion reserved for aggressive neoplasms diagnosed in the 1st8trimester. Fertility preservation is also possible, but not assured, and distinct methods should be chosen in a customized manner. The evolutive potential of the other techniques augurs better results for future fertility preservation.The effective treatment of pregnant women is compatible with good fetal and maternal prognosis. Pregnancy is not a risk factor for cancer and pregnancies after oncological disease do not increase the risk of cancer relapse. Fertility preservation after oncological disease is also possible, through several different methods that, although not perfect, when combined result in a good probability of maintaining fertility. Pregnancy after cancer is thus possible, with certain precautions, with the maternal and newborn prognosis resembling that of the general population. Despite all these findings, more studies are needed with longer follow-up periods, to realize the long-term effects of such therapeutics.
Descrição: Trabalho de Projeto do Mestrado Integrado em Medicina apresentado à Faculdade de Medicina
URI: https://hdl.handle.net/10316/81845
Direitos: embargoedAccess
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