Please use this identifier to cite or link to this item: https://hdl.handle.net/10316/79991
Title: Células estaminais no tratamento da doença coronária
Authors: Santos, Liliana Pimenta dos 
Orientador: Gonçalves, Lino
António, Natália
Keywords: Doença coronária; Terapêutica; Células estaminais
Issue Date: 2011
Abstract: Ao longo da última década, as terapias baseadas em células estaminais emergiram e cresceram enquanto potencial inovação no tratamento de várias doenças, nomeadamente do enfarte do miocárdio. Várias células estaminais foram estudadas mas permanece por determinar o tipo de células ideal a ser implementado. As células estaminais embrionárias são totipotentes pelo que se podem diferenciar em vários tipos celulares. Esta característica tornou-as bastante promissoras embora, apesar do enorme entusiasmo, a sua utilização clínica esteja limitada por questões éticas, pelo elevado risco de formação de teratomas e pelos efeitos imunogénicos. Os mioblastos esqueléticos foram também estudados, entre as suas vantagens incluem-se a origem autóloga, elevada capacidade proliferativa, capacidade de diferenciação limitada às células da linha miogénica e a elevada resistência à isquémia. Foram estas as primeiras células aplicadas clinicamente, tendo demonstrado eficácia clínica. No entanto não provaram diferenciação em cardiomiócitos e, no que diz respeito à sua segurança surgem algumas preocupações pelo risco de suscitarem arritmias. As células estaminais derivadas de medula óssea adulta incluem as células progenitoras hematopoiéticas, as células progenitoras mesenquimatosas e também as células progenitoras endoteliais. As características destas células permitem ultrapassar questões éticas e clínicas associadas às células estaminais embrionárias e, em modelos animais, demonstraram grau variável de cardiomiogénese, melhoria significativa da função cardíaca e segurança na sua utilização. Contudo, a sua aplicação está limitada pelo tamanho da população necessário, pelo tempo dispendido na manipulação e pelo diminuto potencial de diferenciação. As células estaminais derivadas do tecido adiposo têm vindo a ganhar importância no campo da terapia celular devido às suas vantagens, provêm de um tecido abundante nos doentes, existem em elevada densidade nesse tecido, têm fácil acesso, existe um curto período de tempo para estarem aptas para o transplante e não foram ainda descritos efeitos secundários. É contudo importante esclarecer o seu mecanismo de acção e aguardar pelos resultados dos ensaios clínicos em curso. A investigação da terapia celular para aplicação cardíaca sofreu uma importante revolução quando se evidenciou que o coração, até então considerado um órgão diferenciado de forma terminal, possuía células-tipo cardiomiócitos com capacidade mitótica. As células progenitoras cardíacas representam um reservatório de células estaminais do miocárdio adulto. Possuem vantagens como o facto de serem autólogas, específicas do tecido e pré concebidas para pertencer a linhagens cardiovasculares. Contudo, permanecem dúvidas relativamente a estas células como a sua origem, os marcadores que expressam e os mecanismos pelos quais actuam no tecido lesado
Over the last decade, stem cell-based therapies have emerged and grown as a potential innovation in the treatment of large number of diseases including myocardial infarction. Several types of stem cells have been studied; however the ideal cell type to be implemented remains to be determined. Embryonic stem cells are totipotent so that they can differentiate into various cardiac cell types. This feature has made them very promising, but despite the huge enthusiasm, their clinical use is limited by both ethical issues, the high risk of teratoma formation and the immunogenic effects. The skeletal myoblasts were also studied and it includes among its advantages autologous origin, high proliferative capacity, differentiation capacity limited to myogenic cell line and high resistance to ischemia. These were the first cells applied clinically and they demonstrated clinical efficiency, despite its inability to differentiate into cardiomyocytes. With regard to its security there are raising concerns about the risk of arrhythmias. Stem cells derived from adult bone marrow include hematopoietic stem cells, mesenchymal progenitor cells and also endothelial progenitor cells. The application of these cells avoids the ethical and clinical embryonic stem cells issues. In animal models have shown varying degree of cardiomyogenesis, significant improvement in cardiac function and safety. However, its use is limited by population size, by time spent in handling and the diminished potential for cardiovascular differentiation. Adipose tissue-derived stem cells have been receiving attention in the cell therapy because of its advantages, they come from for an abundant tissue in patients, they has a high density in this tissue, they can be easily harvested, require a short period of time to be fit for transplantation and has not been described side effects yet. However it’s important to clarify its mechanism of action and wait for the results of ongoing clinical trials. The investigation of cell therapy for cardiac application has undergone a major revolution when it became evident that the heart, until then considered an organ in a differentiated terminal state, had cell-type cardiomyocytes with mitotic capacity, cardiac progenitor cells represent a reservoir of stem cells from adult myocardium. They have advantages such as the fact that they are autologous tissue-specific and pre-conceived to belong to cardiovascular lineages. However, some questions remain regarding these cells as its origin, which markers they express and about processes of homeostasis and mechanisms by which they act on the injured tissue
Description: Trabalho final de mestrado integrado em medicina àrea científica de Cardiologia, apresentado á Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra
URI: https://hdl.handle.net/10316/79991
Rights: openAccess
Appears in Collections:UC - Dissertações de Mestrado
FMUC Medicina - Teses de Mestrado

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