Utilize este identificador para referenciar este registo: https://hdl.handle.net/10316/746
Título: "Presumptuous thing!" : as mulheres e a autobiografia na literatura inglesa
Outros títulos: "Presumptuous Thing!" : women and autobiography in English literature
Autor: Santos, Isabel Maria Correia Pedro dos 
Palavras-chave: Literatura Inglesa
Data: 11-Dez-1998
Resumo: O trabalho inicia-se com um enquadramento teórico das relações entre subjectividade e linguagem, especialmente com base na linguística (com Benveniste, por exemplo) e na psicanálise (sobretudo lacaniana). O Simbólico (Lacan) e o Semiótico (Kristeva) são dois conceitos-chave em termos dos quais se discute a diferente configuração subjectiva e a diferente relação com a linguagem dos homens e das mulheres. Analisam-se os três factores autos-bios-graphe e o problema da referencialidade do texto autobiográfico. Depois de uma panorâmica da história da crítica e de uma discussão do problema das origens e definições do género e do estabelecimento do cânone autobiográfico androcêntrico, o trabalho descreve o modo como, a partir do início da década de oitenta, a crítica feminista revê as teorias autobiográficas dominantes e dá visibilidade à autobiografia de mulheres. A tese articula as relações entre "genre" e "gender", sugerindo que a escrita auto-representacional de mulheres de um modo geral se revela como um espaço de tensões que problematiza o conceito da "identidade" (estável, central e autónoma) em que se baseia o modelo autobiográfico masculino. É nesse contexto que, na base da oposição metafórica pen needle, se sugerem dois modos autobiográficos - writing e scribbling - tendencialmente ligados, tanto a nível da forma como do conceito de subjectividade inerente, respectivamente à produção autobiográfica masculina e à escrita autobiográfica de mulheres. Analisam-se, entre outros, textos autobiográficos de Margaret Cavendish (séc.XVII), Delarivier Manley (séc. XVIII) e Harriet Martineau (séc.XIX), em termos das dificuldades específicas da escrita pública sobre si mesmas e das várias "soluções" encontradas pelas autoras nos diferentes contextos histórico-culturais. Jogando com variações do tema da "descontinuidade", a segunda metade da tese articula a problemática discutida através da leitura dos seguintes textos: The Prelude, de Wordsworth (1805), Autobiography, de Mill, (1873) e "Autobiography", de Darwin,(1887); Father and Son, de Gosse(1907); The Autobiography of Alice B. Toklas (1933) e Everybody`s Autobiography (1937), de Gertrude Stein e Memories of a Catholic Girlhood, de Mary McCarthy(1957). A dissertação termina com uma análise da autobiografia de Maxine Hong Kingston, The Woman Warrior (1976).
Descrição: Tese de doutoramento em Letras, na área de Línguas e Literaturas Modernas (Literatura Inglesa) apresentada à Fac. de Letras da Univ. de Coimbra
URI: https://hdl.handle.net/10316/746
Direitos: embargoedAccess
Aparece nas coleções:FLUC Secção de Estudos Anglo-Americanos - Teses de Doutoramento

Mostrar registo em formato completo

Visualizações de página 50

601
Visto em 16/abr/2024

Google ScholarTM

Verificar


Todos os registos no repositório estão protegidos por leis de copyright, com todos os direitos reservados.