Utilize este identificador para referenciar este registo: https://hdl.handle.net/10316/48449
Título: Impacto da atividade física prévia na apresentação clínica do enfarte agudo do miocárdio
Autor: Castro, Daniel da Cruz e 
Orientador: Gonçalves, Lino
António, Natália
Palavras-chave: Actividade motriz; Cardiologia; Enfarte do miocardio
Data: Mar-2012
Resumo: Introdução: O enfarte agudo do miocárdio é uma manifestação potencialmente fatal da doença aterosclerótica coronária, que é uma doença inflamatória crónica. A atividade física tem um conhecido efeito anti-inflamatório, sendo um fator anti-aterosclerótico e protetor cardiovascular. Um perfil de atividade física regular associa-se à redução da morbimortalidade cardiovascular e de outras causas de morte. No entanto, pouco se sabe sobre o impacto da atividade física prévia na forma de apresentação clínica do enfarte. Objetivos: Este estudo teve como objetivo avaliar o impacto da atividade física prévia na extensão da doença coronária e da necrose miocárdica e a sua influência sobre a resposta inflamatória da fase aguda do enfarte. Deste modo, procurou-se determinar se a baixa atividade, para além de um fator de risco para enfarte agudo do miocárdio, tem também algum impacto negativo na sua forma de apresentação clínica. Metodologia: Estudo prospetivo de 50 doentes admitidos por enfarte agudo do miocárdio numa Unidade de Cuidados Intensivos Coronários que procurou analisar a associação entre os níveis de atividade física prévia ao enfarte (avaliados através do questionário IPAQ - International Physical Activity Questionnaire) com os parâmetros clínicos, laboratoriais e angiográficos relativos ao episódio de enfarte. Resultados: Não foram encontradas diferenças significativas entre as diferentes categorias de atividade física no que respeita às características demográficas, fatores de risco ou antecedentes cardiovasculares. Os doentes mais ativos apresentaram um maior diferencial entre a proteína C-reativa máxima registada durante o internamento e a da admissão (4,4±4,4 vs 1,9±2,6, p=0,044). Além disso, também a razão da proteína C-reativa se correlacionou com o score de atividade física (r=0,287, p=0,048). Angiograficamente, os doentes mais ativos apresentaram menor número de vasos com lesão (r=-0,421, p=0,004) e necessidade de um menor número de stents durante a intervenção coronária percutânea (r=-0,375, p=0,007). Conclusões: Este estudo confirma que a atividade física protege o doente relativamente à extensão da doença coronária e ao grau de necrose miocárdica. Além disso, este trabalho sugere que os indivíduos mais ativos têm capacidade de reagir com uma resposta inflamatória mais intensa perante um enfarte agudo do miocárdio. Esta reação inflamatória exacerbada pode ser importante para o processo de cicatrização e remodelagem ventricular após o enfarte, podendo desempenhar um papel cardio-protetor
Background: Acute myocardial infarction is a potentially fatal manifestation of coronary artery disease, which is a chronic inflammatory disease. Physical activity has a known anti-inflammatory effect and is therefore an anti-atherosclerotic and cardiovascular protective factor. A regular physical activity profile is associated with reduced cardiovascular morbidity and mortality and with other causes of death. However, the data regarding the impact of prior physical activity on clinical presentation of myocardial infarction is scarce. Purpose: This study aimed to assess the impact of prior physical activity on the extension of coronary disease and myocardial necrosis and its influence on the inflammatory response of the acute phase of myocardial infarction. Thus it is intended to determine whether the low activity, as well a risk factor for acute myocardial infarction, also has some negative impact on its clinical presentation. Materials and methods: Prospective study of 50 patients admitted with acute myocardial infarction in a Coronary Care Unit, trying to analyse the association between levels of prior physical activity (assessed by the IPAQ – International Physical Activity Questionnaire) and clinical, laboratory and angiographic parameters of the infarction episode. Results: We found no significant differences between the different categories of physical activity in relation to demographic characteristics, cardiovascular risk factors and history. More active patients showed a greater C-reactive protein differential, between the maximum recorded during hospitalization and the admission (4.4±4.4 vs 1.9±2.6, p=0.044). In addition, the C-reactive protein ratio was also correlated with the physical activity score (r=0.287, p=0.048). Angiographically, more active patients had a lower number of damaged vessels (r=-0.421, p=0.004) and requiring a smaller number of stents during percutaneous coronary intervention (r=-0.375, p=0.007). Conclusions: This study confirms that physical activity protects the patient from the extension of coronary disease and the degree of myocardial necrosis. Furthermore, this study suggests that more active individuals have the capacity to react with a more intense inflammatory response to myocardial infarction. This exacerbated inflammatory response may be important for ventricular healing and remodelling after infarction and may play a cardio-protective role.
Descrição: Trabalho final de mestrado integrado em Medicina área científica de Cardiologia, apresentado á Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra
URI: https://hdl.handle.net/10316/48449
Direitos: openAccess
Aparece nas coleções:UC - Dissertações de Mestrado
FMUC Medicina - Teses de Mestrado

Ficheiros deste registo:
Mostrar registo em formato completo

Visualizações de página

181
Visto em 16/abr/2024

Downloads

72
Visto em 16/abr/2024

Google ScholarTM

Verificar


Todos os registos no repositório estão protegidos por leis de copyright, com todos os direitos reservados.