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Título: Farmacoterapia da dependência de metanfetamina
Autor: Evora, Francisco Miguel Henriques 
Orientador: Pereira, Frederico Guilherme de Sousa da Costa
Palavras-chave: Dependência da droga; Metanfetamina
Data: 2011
Resumo: Cerca de 15 milhões de pessoas consomem regularmente metanfetamina, o que a torna a segunda droga ilícita mais utilizada, a seguir à cannabis (United Nations Office on Drugs and Crime, 2007). A relativa facilidade com que os ingredientes primários podem ser adquiridos e convertidos no produto final, bem como o seu baixo preço (Sulzer et al., 2005), explicam porque nos últimos anos o consumo de metanfetamina se tornou uma epidemia à escala mundial (Barr et al., 2006). A metanfetamina é uma droga psicoestimulante que exerce os seus efeitos essencialmente através da libertação de monoaminas para a fenda sináptica, podendo produzir dependência (Barr et al., 2006). Actualmente não existem fármacos aprovados para o tratamento da dependência de metanfetamina (Vocci and Appel, 2007). A única forma de tratamento continua a ser a psicoterapia, no entanto as taxas de recaída são elevadas. Na última década tem aumentado substancialmente a pesquisa de medicamentos que possam ser eficazes no tratamento desta dependência (Elkashef et al., 2008 A). Resultante desta demanda, vários fármacos foram já testados em ensaios clínicos e alguns obtiveram resultados encorajadores. Neste artigo de revisão propõe-se realizar uma abordagem acerca da dependência de metanfetamina fazendo referência à sua epidemiologia, às propriedades da metanfetamina, incluindo a sua estrutura química, farmacocinética e farmacodinâmica, às manifestações da síndrome de abstinência, aos riscos associados ao seu consumo e por fim às possíveis estratégias terapêuticas no combate a esta dependência. Neste último ponto destacarei quais os fármacos já testados em ensaios clínicos randomizados, controlados por placebo e duplamente cegos, publicados na Cochrane Library, Pubmed e Science Direct, que obtiveram resultados promissores. Pretende-se, com este estudo, permitir aos clínicos uma rápida revisão deste tema e o conhecimento de quais os fármacos que num futuro próximo poderão fazer parte do seu arsenal terapêutico no combate a esta epidemia. Neste trabalho evidencia-se que, ao contrário do modafinil, o bupropiom e a danfetamina parecem ter eficácia moderada no tratamento desta dependência. Os resultados obtidos pela naltrexona em dependentes de anfetamina, sugerem a necessidade de estudos que comprovem a sua eficácia específica relativamente à dependência de metanfetamina. Porém, não existem quaisquer evidências concretas que permitam justificar a utilização destes ou doutros fármacos no tratamento da dependência de metanfetamina. Desta forma, torna-se vital reproduzir estas pesquisas em ensaios clínicos randomizados, controlados por placebo e duplamente cegos, multicêntricos e em grande escala, para esclarecer definitivamente o seu verdadeiro potencial terapêutico na dependência desta droga.
Descrição: Trabalho final de mestrado integrado em Medicina área científica de Farmacologia, apresentado á Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra
URI: https://hdl.handle.net/10316/47994
Direitos: openAccess
Aparece nas coleções:UC - Dissertações de Mestrado
FMUC Medicina - Teses de Mestrado

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