Utilize este identificador para referenciar este registo:
https://hdl.handle.net/10316/42090
Título: | O "corpo-sujeito" nas representações culturais da cegueira | Outros títulos: | The "body-subject" in the cultural representations of blindness | Autor: | Martins, Bruno Sena | Palavras-chave: | Cegueira; Corpo; Deficiência; Representações culturais; Blindness; Body; Disability; Cultural representations | Data: | 2009 | Editora: | Universidade Federal Fluminense | Projeto: | FCT/MCTES | Título da revista, periódico, livro ou evento: | Fractal : Revista de Psicologia | Volume: | 21 | Número: | 1 | Local de edição ou do evento: | Rio de Janeiro | Resumo: | Quando falamos em subjectividade corpórea estamos a ser complacentes com uma óbvia redundância, afinal toda a subjectividade se imbrica numa vivência corpórea que é condição da existência. Não há, portanto, subjectividade não corpórea, não há subjectividade fora da experiência incorporada. No entanto, apesar disso, permanece importante falarmos em subjectividade corpórea, seja para confrontar determinado dualismo cartesiano que desincorpora o sujeito de conhecimento, seja para denunciar a insustentabilidade de determinado construtivismo que, ao procurar elidir o peso moderno de ideologias essencialistas de biologia-como-destino, negligenciou, muitas vezes ao limite, dimensões de existência em que o corpo vivido recolhe insolúvel centralidade. A partir de um longo trabalho etnográfico realizado junto de pessoas cegas no contexto português, procurarei explorar como a experiência incorporada da cegueira surge representada, enquanto vivência e enquanto projecção. Dessa forma, intento uma perspectiva em que as representações culturais hegemónicas sobre a cegueira são pensadas desde o "corpo-sujeito" ("corps-sujet") formulado por Maurice Merleau-Ponty. To speak about corporal subjectivity is to comply with an obvious redundancy: all subjectivity is enmeshed in a corporal experience which is a condition of existence. Hence, there is no such thing as a non-corporal subjectivity: there is no subjectivity beyond embodied experience. However, it remains important to address the issue of corporal subjectivity to deny a dualistic positivism that disembodies the subject; to deny some constructivism that, trying to escape the modern essentialist ideologies in which "biology is destiny", sometimes to the limit, dimensions of existence where the lived body assumes inescapable centrality. Grounded on a long ethnographic account of the experiences of blind people in Portugal, I propose to explore the terms through which the embodied experience of blindness is construable, both as a lived experience and as a projective account. In this I will seek to outline a perspective through which the cultural hegemonic representations about blindness can be addressed through Merleau-Ponty's concept of "body-subject" ("corps-sujet"). |
URI: | https://hdl.handle.net/10316/42090 | ISSN: | 1984-0292 | DOI: | 10.1590/S1984-02922009000100002 10.1590/S1984-02922009000100002 |
Direitos: | openAccess |
Aparece nas coleções: | I&D CES - Artigos em Revistas Internacionais |
Ficheiros deste registo:
Ficheiro | Descrição | Tamanho | Formato | |
---|---|---|---|---|
O Corpo-sujeito nas Representações Culturais da Cegueira.pdf | 1.03 MB | Adobe PDF | Ver/Abrir |
Visualizações de página 50
538
Visto em 24/set/2024
Downloads
313
Visto em 24/set/2024
Google ScholarTM
Verificar
Altmetric
Altmetric
Este registo está protegido por Licença Creative Commons