Accelerated build-up schedules of specific immunotherapy for the treatment of respiratory allergy in pediatric patients : systematic review

Abstract

Background: Allergen-specific subcutaneous immunotherapy (SCIT) is an important therapeutic approach for children and adolescents with respiratory allergy (rhinitis, rhinoconjunctivitis and asthma). However, only few allergic patients accept this therapy mainly because of the inconvenience of the conventional time-consuming schedules. Accelerated (rush and cluster) immunotherapy schedules represent an alternative to conventional SCIT, getting immunotherapy benefits in a shorter period. The objectives of this systematic review were to assess clinical and immunological efficacy as well as safety of accelerated build-up schedules of SCIT for the treatment of respiratory allergy in pediatric patients. Methods: Studies were located by searching PubMed database, using “immunotherapy” and “desensitization” as keywords. The selection of studies, published from 2005 to July 24th, 2015, was performed in two stages: screening of titles and abstracts, and subsequent assessment of the full papers identified as relevant, considering the inclusion criteria. Data from the included randomized controlled trials (RCTs) were extracted in a standardized way by one reviewer and synthesized qualitatively to assess efficacy and safety of accelerated schedules in respiratory allergy. Results: Eleven RCTs, including four in pediatric population, three in adult population and four in mixed population, were included. Two evaluated rush SCIT and the remaining assessed cluster SCIT. Regarding clinical efficacy, this descriptive analysis demonstrated that rush and cluster schedules are clinically efficacious, with more rapidly effects when compared with conventional regimens. In general, no relevant difference with respect to clinical outcomes was noticed between subgroups (pediatric, adult and mixed populations). This systematic review also determined important immunological effects of accelerated SCIT: increased allergen-specific IgG4 antibodies levels and blocking activity, and increased allergen-specific Treg cells frequency and IL-10 production. Accelerated regimens induced immunogenicity more rapidly than conventional schedules. Concerning safety, most local adverse reactions were mild and there were neither life-threatening systemic reactions nor fatal events. No relevant differences in the incidence and severity of either local or systemic reactions between the accelerated schedule group and control group were registered, demonstrating in general a good safety profile for these accelerated regimens in both pediatric and adult populations. Conclusion: The current evidence provides some support for the efficacy and safety of accelerated subcutaneous immunotherapy schedules for respiratory allergy treatment. However, additional RCTs of accelerated immunotherapy schedules enrolling patients younger than 18 years are still needed to conclude affirmatively that these schedules, besides less time-consuming, are effective and safe for respiratory allergy treatment in pediatric patients.

Introdução: A imunoterapia subcutânea alérgeno-específica constitui uma importante abordagem terapêutica para crianças e adolescentes com alergia respiratória (rinite, rinoconjuntivite e asma). Contudo, apenas uma parte dos doentes alérgicos aceita esta terapêutica, principalmente devido à inconveniência dos esquemas convencionais de longa duração. Os esquemas de imunoterapia acelerados (rush e cluster) representam uma alternativa aos esquemas convencionais, atingindo os benefícios da imunoterapia num menor período de tempo. Os objetivos desta revisão sistemática foram avaliar a eficácia clínica e imunológica assim como a segurança dos esquemas de indução acelerados da imunoterapia subcutânea para o tratamento das doenças respiratórias alérgicas em doentes pediátricos. Métodos: Os estudos foram identificados através da pesquisa na base de dados PubMed, usando as palavras-chave “immunotherapy” e “desensitization”. A seleção dos estudos, publicados desde 2005 até 24 de Julho de 2015, foi realizada em duas etapas: triagem dos títulos e resumos, e subsequente avaliação integral dos artigos identificados como relevantes, levando em consideração os critérios de inclusão. Os dados dos estudos randomizados e controlados incluídos na revisão foram extraídos, de um modo padronizado, por um revisor e sintetizados qualitativamente para avaliar a eficácia e a segurança dos esquemas acelerados na alergia respiratória. Resultados: Foram incluídos onze estudos randomizados e controlados, incluindo quatro em população pediátrica, três em população adulta e quatro em população mista. Dois estudos avaliaram esquemas rush e os restantes estudaram esquemas cluster. Relativamente à eficácia clínica, esta análise descritiva demonstrou que os esquemas de imunoterapia rush e cluster são clinicamente eficazes, alcançando efeitos mais precocemente em comparação com os esquemas convencionais. No geral, não foi notada diferença relevante no que respeita aos resultados clínicos entre os subgrupos (populações pediátrica, adulta e mista). Esta revisão sistemática também determinou importantes efeitos imunológicos dos esquemas SCIT acelerados: aumento dos níveis e da atividade de bloqueio dos anticorpos IgG4 alérgenoespecíficos, e aumento da frequência de células Treg e da produção de IL-10. Os regimes acelerados induziram imunogenicidade mais precocemente que os esquemas convencionais. No que concerne à segurança, a maioria das reações adversas locais foram ligeiras e não ocorreram reações sistémicas ameaçadoras da vida nem eventos fatais. Não foram registadas diferenças relevantes na incidência e na severidade das reações locais e sistémicas entre o grupo com esquema acelerado e o grupo controlo, demonstrando-se no geral um bom perfil de segurança para estes regimes acelerados, quer na população pediátrica quer na população adulta. Conclusão: A atual evidência suporta, em certa medida, a eficácia e a segurança dos esquemas de imunoterapia acelerados para o tratamento da alergia respiratória. Contudo, são necessários mais ensaios clínicos randomizados e controlados com esquemas acelerados de imunoterapia específica envolvendo doentes com menos de 18 anos, para poder concluir afirmativamente que estes esquemas, além de consumirem menos tempo, são seguros e eficazes para o tratamento da alergia respiratória em doentes pediátricos.