Abordagem cirúrgica de caninos maxilares inclusos

Abstract

Os caninos maxilares inclusos são, segundo a literatura, os dentes que aparecem inclusos com mais frequência, logo depois dos terceiros molares. São dentes fulcrais na arcada dentária, tanto pela sua importância estética como funcional. Por isso, existe a preocupação de restabelecer essa função quer através de reabilitação protética, caso o canino não se encontre na arcada dentária, quer por outro tratamento que permita a colocação do dente na sua localização normal. Existe alguma discussão quanto à sua etiologia, havendo duas teorias dominantes: a teoria guia e a teoria genética. Apesar disso, é absolutamente indispensável que o Médico Dentista Generalista consiga diagnosticar um canino incluso, devendo contudo estar atento a todas as complicações que possam estar associadas. Sabe-se que um diagnóstico precoce, com um tratamento atempado, pode resolver da melhor forma esta situação. Embora o tratamento destes casos seja um tema muito debatido, existe sempre a dúvida de qual o melhor para cada caso. De todos os tratamentos – interceptivo, abstenção terapêutica, cirúrgico, ou cirúrgico-ortodôntico – é necessário saber qual o que se adequa à situação do paciente em causa. Este artigo procura responder às dúvidas mais frequentes, expondo de uma forma evidente a abordagem cirúrgica para os caninos maxilares inclusos. Para isso, optou-se por rever vários artigos científicos, recolhidos de bases de dados primárias, com critérios de selecção adequados e livros sobre Cirurgia Oral. A inclusão dos caninos demonstrou ser um problema clínico frequentemente encontrado. São várias as técnicas cirúrgicas e ortodônticas necessárias para reabilitar a arcada dentária com os elementos dentários próprios, exigindo-se uma estreita colaboração entre estas duas áreas da Medicina Dentária. Para que o tratamento seja considerado um sucesso, é essencial realizar uma adequada selecção destas técnicas.