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https://hdl.handle.net/10316/30667
Title: | Prescrição de fármacos antiosteoporóticos e fatores que motivam a prescrição um ano após fratura da anca. | Authors: | Torres, Carolina Isabel Bernardes | Orientador: | Silva, José Pereira da Marques, Andréa Ascensão |
Keywords: | Osteoporose; fraturas osteoporóticas; tratamento anti-osteoporótico; FRAX®; fatores de risco | Issue Date: | 2015 | Abstract: | Introdução: As fraturas osteoporóticas constituem um problema de saúde pública que tem
vindo a crescer com o aumento da esperança média de vida e as mudanças dos estilos de vida.
Observam-se em Portugal mais de 10.000 fraturas osteoporóticas da anca em cada ano. A
prevenção destes eventos é essencial. A ocorrência de fratura representa uma oportunidade
para esse efeito, não só porque demonstra a existência de osteoporose mas também porque se
associa a um aumento significativo do risco de fratura subsequente.
Objetivos: Determinar a percentagem de doentes com tratamento anti-osteoporótico antes e
após fratura da anca.
Métodos: Realizou-se um estudo transversal, onde foram incluídas todas as fraturas da anca
observadas em internamento no Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (Pólo HUC),
entre 1 de maio de 2013 a 31 de outubro de 2013. Contactaram-se telefonicamente os doentes
ou seus cuidadores para a colheita de dados sócio-epidemiológicos e médicos referentes a
fatores de risco para fratura osteoporótica. Procedemos a análise do processo único, de modo
a validar e completar os dados do inquérito. Para o cálculo do risco de fratura a 10 anos
utilizou-se o FRAX® sem densidade mineral óssea.
Resultados: Foram incluídos 130 doentes (69% mulheres), com uma média de idades de 82
±8.7) anos. Verificou-se que 65 destes doentes (50%) descreviam uma fratura osteoporótica
prévia. 121 destes doentes (93.1%) tinham, à data da fratura, uma probabilidade de fratura da
anca ou de fratura major a 10 anos, compatível com indicação para tratamento
medicamentoso, de acordo com as NOF. Apenas 23 doentes (18%) estavam a realizar
tratamento anti-osteoporótico até à data da fratura e a apenas 7 doentes (5.4%) este foi
prescrito após a fratura. Observou-se que 10 doentes (43,5%) referiram abandono do
tratamento pelo menos uma vez até à data da fratura. A terapêutica mais prescrita até à data da
fratura foi Cálcio e Vitamina D (10,8%), seguida por ranelato de estrôncio (3,1%) e bifosfonatos (2,3%). Em 3,8% dos casos não foi possível especificar que medicação o doente
estava a fazer. Após a fratura da anca, 77 doentes (59.2%) referiu ter tido pelo menos uma
consulta de Medicina Geral e Familiar e 84 (64.6%) de Ortopedia.
Conclusão: A percentagem de doentes que recebe tratamento para a osteoporose, quer antes
quer após a fratura da anca é baixa. Devem ser adotadas estratégias de prevenção das fraturas
osteoporóticas em indivíduos com alto risco para fratura e é ainda mais imperioso garantir que
os doentes com fratura de fragilidade não fiquem sem tratamento adequado. Introduction: Osteoporotic fractures are a public health problem that has been growing with the increasing life expectancy and changes in life styles. In Portugal, there are more than 10.000 osteoporotic hip fractures a year so prevention is essential. A fracture represents an opportunity for prevention, not only because it proves the existence of osteoporosis but also due to its association with a significant increase of subsequent fracture risk. Objectives: To evaluate the percentage of subjects with preventive treatment for osteoporosis before and after hip fracture. Methods: A transversal study was performed in which all the hip fractures observed at the Coimbra Hospital and University Center (HUC), between May 1st 2013 and October 31st 2013, were included. Patients or their caregivers were contacted by phone to gather data regarding social-epidemiological status, clinical condition and risk factors for osteoporosis, followed by analysis of the clinical files in order to validate and complete data from the survey. FRAX® was used to calculate a 10 year fracture risk, without mineral bone density. Results: 130 patients (69% women) were included, with an average age of 82 (+-8,7) years old. 65 patients (50%) already had previous osteoporotic fracture and 121 (93,1%) had a probability of hip or major fracture in 10 years with indication for treatment, according to NOF. Only 23 patients (18%) were under treatment for prevention of osteoporosis before fracture and only 7 (5.4%) had this treatment prescribed to them after hospital admission. 10 patients (43,5%) referred treatment abandonment, at least once. The more prescribed therapy before fracture was calcium and vitamin D (10,8%), followed by strontium ranelate (3,1%) and bisphosphonates (2,3%). In 3,8% of the cases it wasn’t possible to specify what medication the patient was taking. After hip fracture, 77 patients (59.2%) reported having general medicine appointments and 84 (64.6%) orthopedics appointments. Conclusion: The percentage of patients that is under treatment for osteoporosis (before and after hip fracture) is low. Preventive strategies should be created for osteoporotic fractures in patients with high fracture risk. It is important to ensure that these patients have proper treatment. |
Description: | Trabalho final de mestrado integrado em Medicina (Reumatologia), apresentado à Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra. | URI: | https://hdl.handle.net/10316/30667 | Rights: | openAccess |
Appears in Collections: | UC - Dissertações de Mestrado FMUC Medicina - Teses de Mestrado |
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