Please use this identifier to cite or link to this item: https://hdl.handle.net/10316/26544
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dc.contributor.advisorCatroga, Fernando-
dc.contributor.authorBernardes, Joana Duarte-
dc.date.accessioned2014-07-31T12:40:16Z-
dc.date.available2014-07-31T12:40:16Z-
dc.date.issued2014-12-22-
dc.date.submitted2014-07-31-
dc.identifier.citationBERNARDES, Joana Duarte - Para além da imaginação histórica : memória, morte, phantasia . Coimbra : [s.n.], 2014. Tese de doutoramento. Disponível na WWW: http://hdl.handle.net/10316/26544-
dc.identifier.urihttps://hdl.handle.net/10316/26544-
dc.descriptionTese de doutoramento em Letras, na área científica de História, na especialidade de Teoria da História, apresentada ao Departamento de História, Estudos Europeus, Arqueologia e Artes da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra-
dc.description.abstract“Historia vero testis temporum, lux veritatis, vita memoriae, magistra vitae, nuntia vetustatis, qua voce alia, nisi oratories, immortalitati commendatur?” (Que voz, a não ser a do orador, pode confiar a História, que é verdadeiramente a testemunha dos tempos, a luz da verdade, a vida da memória, a mestra da vida, a anunciadora dos tempos passados, à eternidade?). Esta é, possivelmente, a mais conhecida definição de História. Dá-no-la Cícero, no seu De Oratore, ligando, assim, a emergência dos estudos sobre o passado à dimensão da prova e, por conseguinte, à também emergência da retórica e da medicina gregas. A consolidação da escrita vem não apenas reafirmar a necessidade de registar (também) tudo o que não pode ser esquecido, como misturar-se na própria concepção platónica da anamnese como traço, bem como na teoria aristotélica da recordação como pathos. Daqui resultará um registo sobre os acontecimentos que estará sob o signo da visão e do cuidado, assumindo, assim, um carácter que, se não é ainda o da busca da verdade, é já o da preservação da memória contra o esquecimento. É neste limiar que encontramos Heródoto e Tucídides, firmes na sua intencionalidade de impedir que o acontecido se perca – mesmo porque, segundo a concepção cíclica do tempo, o acontecido tornar-se-ia acontecimento indefinidamente. E é noutro limiar que podemos dizer que, mediante uma emergência que ganha força com o judaico-cristianismo, a escrita testifica a verdade mediatamente: porque Deus ditara o Verbo e porque o Verbo se faz carne. O limiar da revelação. A ars memoriae, espacializada nos palácios (os lugares) da memória, oferece o espectáculo do homem renascentista como centro projector do seu mundo, em que a luz e o encoberto começam (ou retomam) um lento processo de abertura: o mundo em que a luz serve a metáfora para Mnemósine, pois que dela partia uma possibilidade de conhecimento, ao contrário do que Sócrates previra (por medo de que a verdade mais escondida ficasse). Porém, outra chama existe, ainda que velada e encoberta: a da phantasia, protelada pelo pensamento ocidental em favor da imaginação, facto que, reflexo ainda dos ditames de Niceia, potencia uma excessiva pré-figuração do mundo, abafando o que não se vê porque não fora ainda descoberto. Traçar a ventura e a desventura da noção de phantasia significa, pois, levantar a ilusão a que o tempo a condenou para, enfim, poder dar-lhe lugar na escrita da História – e, portanto, fazer dela lume cognitivo. Pode, pois, nestas condições, ser a história a mestra da vida se o presente intentar figurar o passado sem lhe reconhecer uma ontologia própria e persistir na imposição de imagens que resultam sempre de uma mimese enviesada – que não pode copiar senão o presente? Pode a história ser mestra da vida quando é urgente fazer do ser-para-a-morte um ser que fora da vida? Mais responsável será pensar a escrita da história como “ressurreição”, o que implica a releitura da chamada operação historiográfica, por forma a que a escrita da história possa ser vista como rito tanatológico. Logo, como uma tanatografia de que depende a memória da vida.por
dc.description.sponsorshipFCT - SFRH / BD / 62091 / 2009-
dc.language.isoporpor
dc.rightsembargoedAccess-
dc.subjectTeoria da Históriapor
dc.subjectOperação Historiográfica-
dc.subjectPhantasia-
dc.subjectMorte-
dc.subjectMemória-
dc.subjectImaginação-
dc.titlePara além da imaginação histórica: memória, morte, phantasiapor
dc.typedoctoralThesispor
dc.date.embargoEndDate2020-12-22-
dc.date.embargo2020-12-22*
dc.identifier.tid101275277-
uc.controloAutoridadeSim-
item.openairecristypehttp://purl.org/coar/resource_type/c_18cf-
item.openairetypedoctoralThesis-
item.cerifentitytypePublications-
item.grantfulltextopen-
item.fulltextCom Texto completo-
item.languageiso639-1pt-
crisitem.advisor.deptFaculty of Arts and Humanities-
crisitem.advisor.researchunitCHSC – Center for History of Society and Culture-
crisitem.advisor.orcid0000-0002-3323-6808-
Appears in Collections:FLUC Secção de História - Teses de Doutoramento
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