Please use this identifier to cite or link to this item: https://hdl.handle.net/10316/15828
Title: Efeito protector das antocianinas na oxidação de LDL humanas: relação estrutura-actividade
Authors: Azevedo, Cristina Mendes de
Orientador: Almeida, Leonor Martins de
Keywords: Aterosclerose; Antioxidantes; Antocianinas; Lipoproteínas; Flavonas; Vinho
Issue Date: 2007
Abstract: As antocianinas constituem um grupo de pigmentos naturais pertencentes à família dos flavonóides, as quais estão largamente distribuídas nos frutos, nos vegetais e no vinho tinto. Como potentes antioxidantes, as antocianinas parecem ser pelo menos parcialmente responsáveis pelos efeitos protectores do consumo regular e moderado de vinho tinto no desenvolvimento de doenças cardiovasculares, provavelmente devido à prevenção do dano oxidativo das lipoproteínas plasmáticas de baixa densidade (LDL). O presente estudo teve como objectivo avaliar e comparar as propriedades antioxidantes de quatro antocianinas estruturalmente relacionadas - a pelargonidina, a cianidina, a malvidina e a malvidina-3-glucósido - contra a oxidação de LDL humanas promovida quer pelo azocomposto AAPH quer por dois oxidantes fisiologicamente relevantes no contexto da aterogénese, a ferrilmioglobina e o peroxinitrito. A sua capacidade para reciclar o α-tocoferol (α-TOH), o principal antioxidante lipofílico presente nas LDL, foi igualmente estudada. Quando a oxidação foi iniciada quer pelos radicais peroxilo gerados pelo AAPH quer pela ferrilmioglobina e avaliada pelo decaimento da fluorescência do ácido cis-parinárico (cis-PnA) incorporado nas LDL e pela formação dos dienos conjugados, todas as antocianinas indicadas, em concentrações relativamente baixas, inibiram fortemente o dano oxidativo das LDL. No entanto, a cianidina e a malvidina revelaram-se bastante mais eficientes do que a pelargonidina, e a malvidina-3-glucósido exibiu uma maior actividade antioxidante do que o homólogo não glicosilado, a malvidina. Quando a oxidação foi iniciada pelo peroxinitrito e avaliada pelas alterações na carga da superfície da apoB, a pré-incubação das lipoproteínas com a cianidina, a malvidina ou a malvidina-3-glucósido levou à eficiente inibição das modificações oxidativas da apoproteína das LDL, em contraste com a pelargonidina que não mostrou nenhum efeito significativo. Por outro lado, todas as antocianinas em estudo diminuíram significativamente a formação de grupos carbonilo nas LDL mediada também pelo peroxinitrito. A medição 2 directa, por EPR, do radical α-tocoferoxilo, num modelo experimental de micelas de SDS contendo α-TOH, evidenciou que as antocianinas reduzem fortemente a intensidade do sinal desse radical, revelando deste modo uma potente capacidade para regenerar o α-TOH, quando comparado com o ácido cafeico, um composto de referência conhecido por esta particularidade. Curiosamente, a malvidina-3-glucósido mostrou ser a antocianina menos eficiente. Face aos resultados obtidos, a relação entre as estruturas químicas das antocianinas e as suas actividades antioxidantes foi discutida. Em conclusão, os resultados aqui apresentados sugerem que a forte capacidade das antocianinas para protegerem as LDL do dano oxidativo e para regenerarem o α-TOH pode contribuir, de modo significativo, para os efeitos benéficos atribuídos aos compostos polifenólicos da dieta, e em particular aos contidos no vinho tinto, na prevenção e desenvolvimento das doenças cardiovasculares.
URI: https://hdl.handle.net/10316/15828
Rights: openAccess
Appears in Collections:UC - Dissertações de Mestrado
FFUC- Teses de Mestrado

Files in This Item:
File Description SizeFormat
Tese_CA.pdf5.58 MBAdobe PDFView/Open
Show full item record

Page view(s) 5

1,334
checked on Sep 24, 2024

Download(s) 10

1,825
checked on Sep 24, 2024

Google ScholarTM

Check


Items in DSpace are protected by copyright, with all rights reserved, unless otherwise indicated.