Please use this identifier to cite or link to this item: https://hdl.handle.net/10316/116042
Title: Embolização das Artérias Uterinas – Amiga ou Inimiga da Preservação da Fertilidade
Other Titles: Uterine Artery Embolisation – Friend or Foe to Fertility Preservation
Authors: Tavares, Matilde Cardoso
Orientador: Carvalhos, Carlota de Moura Anjinho Marques dos
Dias, Maria Margarida Oliveira Figueiredo
Keywords: Uterine Artery Embolisation; Fertility; Pregnancy; Leiomyoma; Adenomyosis; Embolização das Artérias Uterinas; Fertilidade; Gravidez; Mioma; Adenomiose
Issue Date: 5-Jun-2024
Serial title, monograph or event: Embolização das Artérias Uterinas – Amiga ou Inimiga da Preservação da Fertilidade
Place of publication or event: Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra
Abstract: A embolização das artérias uterinas emergiu como uma alternativa terapêutica de destaque no tratamento de miomas uterinos e adenomiose, oferecendo uma abordagem minimamente invasiva, em contraste com os procedimentos cirúrgicos tradicionais (miomectomia e histerectomia). Contudo, surgem preocupações crescentes sobre o seu impacto na preservação da fertilidade da mulher em idade reprodutiva.Nesta revisão narrativa, procedeu-se a uma análise crítica da literatura disponível, com o objetivo de avaliar os potenciais benefícios e riscos da EAU, no contexto da fertilidade feminina. Assim, examinou-se a evidência científica, não só sobre a efetividade da EAU em comparação com a miomectomia e a histerectomia, como também a sua influência na função ovárica, na gravidez e no seu desfecho.Deste modo, efetuou-se uma pesquisa nas bases de dados eletrónicas PubMed e Google Scholar, com vista a identificação de estudos pertinentes que investigaram as implicações da EAU na fertilidade da mulher. No decorrer desta análise, foram incluídos ensaios clínicos, estudos observacionais, revisões narrativas e revisões sistemáticas.A literatura reporta que a EAU é eficaz na redução do tamanho dos miomas, do útero e do tecido adenomiótico, com taxas de complicações similares às outras opções terapêuticas, implicando, no entanto, um menor tempo de internamento hospitalar e uma recuperação mais rápida. Quanto ao impacto na fertilidade feminina e seus riscos, não foram reportadas diferenças significativas, entre a EAU e a miomectomia, quer na função ovárica quer na taxa de gravidez. Todavia, os estudos indicam que a EAU pode ter efeitos adversos sobre a função ovárica, incluindo falência ovárica prematura e alterações hormonais. Além disso, parece relacionar-se com um aumento das taxas de aborto espontâneo, de parto por cesariana e de hemorragia uterina pós-parto. Porém, esses mesmos riscos obstétricos estão descritos para a miomectomia, embora esta possa ser associada a uma menor probabilidade de aborto espontâneo. Tendo em conta estes dados, admite-se uma complexidade da relação entre a EAU e a preservação da fertilidade.Em conclusão, sublinha-se a necessidade de uma abordagem individualizada na decisão de EAU e da elaboração de novos estudos, mais robustos, abrangentes e de longa duração, que permitam retirar conclusões de maior qualidade e segurança. Esta área de estudo revela-se promissora e de elevado potencial clínico, exigindo uma abordagem diligente e uma análise contínua à medida que novas evidências surgem.
Uterine artery embolisation has emerged as a prominent therapeutic alternative in the treatment of uterine fibroids and adenomyosis, offering a minimally invasive approach in contrast to traditional surgical procedures (myomectomy and hysterectomy). However, there are growing concerns about its impact on preserving the fertility of women of reproductive age.In this narrative review, a critical analysis of the available literature was conducted to evaluate the potential benefits and risks of UAE in the context of female fertility. Scientific evidence was examined not only on the effectiveness of UAE compared to myomectomy and hysterectomy, but also on its influence on ovarian function, pregnancy, and its outcome.A search of the PubMed and Google Scholar electronic databases was conducted to identify relevant studies investigating the implications of UAE on women's fertility. As a result of this analysis, clinical trials, observational studies, narrative reviews, and systematic reviews were included.The literature reports that UAE is effective in reducing the size of fibroids, the uterus, and adenomyotic tissue, with complication rates similar to other therapeutic options, albeit with shorter hospital stays and a faster recovery. Regarding the impact on female fertility and its risks, no significant differences were reported between UAE and myomectomy in terms of ovarian function or pregnancy rate. Nevertheless, studies indicate that UAE may have adverse effects on ovarian function, including premature ovarian failure and hormonal alterations. Additionally, it appears to be associated with increased rates of spontaneous abortion, caesarean delivery, and postpartum uterine haemorrhage. Despite that, these same obstetric risks are described for myomectomy, although it may be associated with a lower likelihood of spontaneous abortion. Considering these data, the relationship between UAE and fertility preservation is acknowledged to be complex.In conclusion, the need for an individualised approach in the decision-making process for UAE is emphasised, along with the need for new, more robust, comprehensive, and long-term studies to draw conclusions of higher quality and safety. This area of study proves to be promising and holds significant clinical potential, requiring diligent attention and ongoing analysis as new evidence emerges.
Description: Trabalho Final do Mestrado Integrado em Medicina apresentado à Faculdade de Medicina
URI: https://hdl.handle.net/10316/116042
Rights: openAccess
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