Utilize este identificador para referenciar este registo: https://hdl.handle.net/10316/115804
Título: O Papel da Imunossupressão e outros Fatores de Risco na Incidência de Tumores de Novo após Transplante Hepático
Outros títulos: The Role of Immunosuppression and other Risk Factors in the Incidence of De Novo Tumors after Liver Transplantation
Autor: Teixeira, Joana Craveiro Vaz
Orientador: Tralhão, José Guilherme Lopes Rodrigues
Constantino, Júlio André Delgado
Palavras-chave: Liver Transplantation; Immunosuppression; De novo tumors; Oncogenic risk; Post-transplantation mortality; Transplante de Fígado; Imunossupressão; Tumores de novo; Risco oncogénico; Mortalidade pós-transplante
Data: 1-Jul-2024
Título da revista, periódico, livro ou evento: O Papel da Imunossupressão e outros Fatores de Risco na Incidência de Tumores de Novo após Transplante Hepático
Local de edição ou do evento: Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra e Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra
Resumo: ABSTRACT:Introduction:The development of de novo tumors is one of the main causes of death after liver transplantation. There are multiple factors that contribute to the appearance of these tumors, mainly immunosuppression and other risk factors, like oncogenic viruses and smoking. We aimed to identify which de novo tumors are the most common in liver transplant recipients (LTR) of Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) and evaluate the relationship between the development of these neoplasia with immunosuppression and other risk factors.Methods:A retrospective cohort was carried out with 122 LTR from CHUC between 2018-2023. Data were collected through the patients’ clinical files. The incidence of de novo tumors, which de novo tumors were the most frequent and if the diagnosis was made through screening exams or after there were symptoms, was evaluated in this population. LTR with and without de novo tumors were compared to verify if there was a relation with the risk factors including immunosuppression. In the statistical analysis, parametric and non-parametric tests and chi-square test were used. There is statistical significance for a p value <0.05.Results:The incidence of de novo tumors in the LTR from CHUC was 23% (n=28), about 64.3% (n=18) were diagnosis trough screenings and the other 35.7% (n=10) after the existence of symptoms. Of these 28 de novo tumors, 32.1% (n=9) correspond to skin tumors; 25% (n=7) to colorectal tumors; 14.3% (n=4) to post-transplantation lymphoproliferative disorder (PTLD); 10.7% (n=3) to tumors of upper aerodigestive tract; 7.15 (n=2) to lung tumors; 7.1% (n=2) to gynecological/genitourinary tumors; 3.6% (n=1) to a pancreatic tumor. Regarding immunosuppression and others risk factors, like smoking, oncogenic viruses’ infections and infectious complications, no association was found with the appearance of de novo tumors.Discussion:This retrospective cohort demonstrated that the incidence of de novo tumors and the survival rate of LTR from CHUC was in accordance with the literature, in the meanwhile 35.7% only had their de novo tumor diagnosed after symptoms appeared. The most frequent types of de novo tumors were in first place skin tumors, followed by colorectal tumors, PTLD and tumors of upper aerodigestive tract. It’s important to highlight that colorectal tumors have a higher incidence compared to other LTR populations in the literature. In relation to the general Portuguese population, the incidence of colorectal tumors and tumors of the upper aerodigestive tract in LTR is higher.Conclusion:Due to the incidence of de novo tumors in LTR from CHUC, it would be important to maintain, those that already exist, and implement personalized screening programs for this population, focusing on the areas of gastroenterology and otorhinolaryngology, given the high incidence of these tumors.
RESUMO:Introdução:O desenvolvimento de tumores de novo é uma das principais causas de morte após transplante hepático. Existem múltiplos fatores que contribuem para o aparecimento destes tumores, nomeadamente a imunossupressão e outros fatores de risco, como os vírus oncogénicos e o tabagismo. Os objetivos definidos para este trabalho foram identificar os tumores de novo mais comuns nos recetores de transplante hepático (RTH) do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), e avaliar a relação do aparecimento destas neoplasias com a imunossupressão e outros fatores de risco.Materiais e métodos:Realizou-se um coorte retrospetivo com 122 RTH do CHUC entre 2018-2023. Recolheram-se dados através dos processos clínicos dos doentes. Avaliou-se a incidência de tumores de novo nesta população, quais os tipos de tumores de novo mais frequentes e se o diagnóstico foi realizado através de rastreio ou após surgirem sintomas. Os RTH com e sem tumor de novo foram comparados para verificar se existia relação com os fatores de risco, incluindo a imunossupressão. Na análise estatística utilizaram-se testes paramétricos e não paramétricos e o teste qui-quadrado. Há significância estatística para um valor de p <0.05.Resultados:A incidência de tumores de novo nos RTH do CHUC foi de 23% (n=28), cerca de 64.3% (n=18) foram diagnosticas em rastreios e os restantes 35.7% (n=10) após a existência de sintomas. Destes 28 tumores de novo, 32.1% (n=9) correspondem a tumores da pele; 25% (n=7) a tumores colorretais; 14.3% (n=4) a doença linfoproliferativa pós-transplante (PTLD); 10.7% (n=3) a tumores da via aerodigestiva superior; 7.1% (n=2) a tumores do pulmão; 7.1% (n=2) a tumores ginecológicos/genito-urinários; 3.6% (n=1) a um tumor do pâncreas. Relativamente à imunossupressão e a outros fatores de risco, como tabagismo, infeção por vírus oncogénicos e complicações infecciosas, não foi encontrada associação com o aparecimento de tumores de novo.Discussão:Esta coorte retrospetiva demonstrou uma incidência de tumores de novo e uma taxa de sobrevivência nos RTH do CHUC de acordo com a literatura, sendo que 35.7% apenas tiveram o seu tumor de novo diagnosticado após terem surgido sintomas. Os grupos de tumores de novo mais comuns foram em primeiro lugar os tumores da pele, depois os tumores colorretais, a PTLD e os tumores da via aerodigestiva superior. Importa realçar que os tumores colorretais apresentaram uma incidência mais elevada comparativamente a outras populações de RTH da literatura. Relativamente, à população geral portuguesa a incidência de tumores colorretais e de tumores da via aerodigestiva superior nos RTH é mais elevada. Conclusão:Dada a incidência de tumores de novo nos RTH do CHUC, seria importante manter, os que já existem, e implementar programas de rastreio personalizados para esta população, com enfoque na área da gastroenterologia e da otorrinolaringologia, devido à elevada incidência destes tumores.
Descrição: Trabalho Final do Mestrado Integrado em Medicina apresentado à Faculdade de Medicina
URI: https://hdl.handle.net/10316/115804
Direitos: openAccess
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