Utilize este identificador para referenciar este registo: https://hdl.handle.net/10316/115594
Título: Estimativa da idade à morte em adultos através de osteófitos vertebrais: avaliação de duas coleções portuguesas de esqueletos identificados (séculos XIX-XXI)
Outros títulos: Adult age-at-death estimation through vertebral osteophytes: evaluation of two Portuguese collections of identified skeletons (19th-21th centuries)
Autor: Sousa, Maria Inês Pinto dos Santos de
Orientador: Santos, Ana Luísa da Conceição dos
Sepulveda, Claudia Mercedes Rojas
Palavras-chave: forensic anthropology; bioarchaeology; vertebral osteophytes; intervertebral disc degeneration; secular changes; antropologia forense; bioarqueologia; osteófitos vertebrais; degeneração do disco intervertebral; alterações seculares
Data: 15-Fev-2024
Título da revista, periódico, livro ou evento: Estimativa da idade à morte em adultos através de osteófitos vertebrais: avaliação de duas coleções portuguesas de esqueletos identificados (séculos XIX-XXI)
Local de edição ou do evento: Universidade de Coimbra
Resumo: This study aimed to assess whether there is a correlation between the formation of vertebral osteophytes and the age at death of individuals from two Portuguese samples from the University of Coimbra, 21st Century Identified Skeletal Collection (CEI/XXI) and Coimbra Identified Skeletal Collection (CEIC, XIX-XX). The prevalence of osteophytes in each vertebral region and age group, as well as the respective differences between individuals of each sex and collection, were assessed. The regression equations published by Chiba and co-authors (2022) were tested on the two Portuguese samples and four of their variables were transformed in order to assess a greater number of vertebral columns. Regression equations and probability tables created using Bayes' theorem were formulated for CEIC and tested on the Luís Lopes Collection (CLL). The variable with the highest correlation with age at death was evaluated, as well as the methodological approach that allowed for the best relationship between accuracy and precision.This study assessed 250 vertebral columns belonging to 33 CEI/XXI individuals aged between 62 and 94 years (mean: 80.3 ± 8.6 years): 14 males (42.4%) and 19 females (57.6%), 124 CEIC individuals aged between 20 and 89 years (mean: 52.5 ± 19.1 years): 56 males (45.2%) and 68 females (54.8%), and 103 CLL individuals aged between 20 and 98 years (mean: 55.3 ± 20.3 years): 46 males (44.7%) and 57 females (55.3%). It followed Praneatpolgrang and co-authors’ (2019) method for measuring vertebral osteophytes and a five-grade quantitative classification method adapted from Chiba and co-authors (2022). The estimate of intra- and inter-observer error obtained a weighted kappa coefficient of 0.853 ± 0.01 (almost perfect agreement) and 0.740 ± 0.01 (substantial agreement) respectively.A significant positive correlation was obtained between the formation of vertebral osteophytes and the age at death of the CEIC individuals (moderate to very strong association), which was higher in the lumbar region or when the entire vertebral column was assessed. It was possible to observe a progression in the severity and frequency of vertebral osteophytes in each age group, although the distinction between groups was not evident. The prevalence of osteophytes is higher in young males, changing between the ages of 50 and 59 for females. From the age of 60, discrepancies between individuals of each sex are no longer evident.There was a marked presence of secular changes between collections, with CEI/XXI individuals showing a clearly higher prevalence of vertebral osteophytes than CEIC’s individuals.The regression equations published by Chiba and co-authors (2022) and those formulated for CEIC did not achieve the minimum accuracy considered necessary to introduce the equations into future studies in Portugal. The probability tables formulated using Bayes' theorem allowed for a better relationship between accuracy and precision. The variable tested makes it possible to estimate ages at death under 50 years with total accuracy and precision of 10 to 30 years, but this is only true for very limited cases. It is crucial to continue this study with other samples.
O presente trabalho procurou avaliar se existe uma correlação entre a formação de osteófitos vertebrais e a idade à morte dos indivíduos de duas amostras portuguesas da Universidade de Coimbra, a Coleção de Esqueletos Identificados Século XXI (CEI/XXI) e a Coleção de Esqueletos Identificados Coimbra (CEIC, XIX-XX). Foi avaliada a prevalência de osteófitos em cada região vertebral e grupo de idades e respetivas diferenças entre os indivíduos de cada sexo e coleção. Foram testadas as equações de regressão publicadas por Chiba e coautores (2022) nas duas amostras portuguesas e transformadas quatro das suas variáveis, visando a avaliação de um maior número de colunas vertebrais. Formularam-se equações de regressão e tabelas de probabilidade com o teorema de Bayes para a CEIC, sendo estas testadas na Coleção Luís Lopes (CLL). Foi avaliada qual a variável que possuía uma maior correlação com a idade à morte e qual a abordagem metodológica que permitia uma melhor relação entre a exatidão e a precisão obtida.Foram avaliadas 250 colunas vertebrais pertencentes a 33 indivíduos da CEI/XXI com idades entre os 62 e os 94 anos (média: 80.3 ± 8.6 anos): 14 do sexo masculino (42.4%) e 19 do sexo feminino (57.6%), 124 indivíduos da CEIC com idades entre os 20 e os 89 anos (média: 52.5 ± 19.1 anos): 56 do sexo masculino (45.2%) e 68 do sexo feminino (54.8%), e 103 indivíduos da CLL com idades entre os 20 e os 98 anos (média: 55.3 ± 20.3 anos): 46 do sexo masculino (44.7%) e 57 do sexo feminino (55.3%). Foi seguido o método de medição de osteófitos vertebrais de Praneatpolgrang e coautores (2019) e um método de classificação quantitativo de cinco graus adaptado de Chiba e coautores (2022). A estimativa do erro intra e interobservador obteve um coeficiente de kappa ponderado de, respetivamente, 0.853 ± 0.01 (concordância quase perfeita) e 0.740 ± 0.01 (concordância substancial).Foi obtida uma correlação positiva significativa entre a formação de osteófitos vertebrais e a idade à morte dos indivíduos da CEIC (associação moderada a muito forte), sendo esta superior na região lombar ou quando avaliada a coluna vertebral completa. Foi possível observar uma progressão da severidade e frequência de osteófitos vertebrais em cada grupo de idades, apesar da distinção entre os grupos não ser evidente. A prevalência de osteófitos é superior em jovens do sexo masculino, alterando-se dos 50 aos 59 anos para indivíduos do sexo feminino. A partir dos 60 anos, deixam de ser evidentes discrepâncias entre os indivíduos de cada sexo.Observou-se a presença marcante de alterações seculares entre coleções, com os indivíduos da CEI/XXI a apresentarem uma prevalência de osteófitos vertebrais claramente superior aos da CEIC.As equações de regressão publicadas por Chiba e coautores (2022) e as formuladas para a CEIC não obtiveram a exatidão mínima considerada necessária à introdução das equações em futuros estudos em Portugal. As tabelas de probabilidade formuladas com o teorema de Bayes permitiram uma melhor relação entre a exatidão e a precisão obtida. A variável testada permite estimar idades à morte inferiores a 50 anos com exatidão total e uma precisão de 10 a 30 anos, mas tal só se verifica para casos bastante restritos. É crucial dar continuidade ao presente estudo noutras amostras.
Descrição: Dissertação de Mestrado em Antropologia Forense apresentada à Faculdade de Ciências e Tecnologia
URI: https://hdl.handle.net/10316/115594
Direitos: openAccess
Aparece nas coleções:UC - Dissertações de Mestrado

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