Relatório de Estágio e Monografia intitulada “A revolução psicofarmacológica: suas repercussões na prática profissional farmacêutica”

Abstract

A psicofarmacologia pode ser definida como a área da farmacologia que estuda o efeito das drogas com ações diretas no sistema nervoso central sobre o comportamento, podendo os psicofármacos ser divididos em: ansiolíticos, sedativos e hipnóticos; antipsicóticos; antidepressivos e lítio. A história da psicofarmacologia remonta a tempos antigos e ao longo desta mesma história observa-se descobertas marcantes com resultado em avanços significativos na compreensão e desenvolvimento de psicofármacos. A pesquisa da bioquímica cerebral tem sido uma prioridade, o que foi modificando de forma significativa a abordagem multidisciplinar dos transtornos mentais, existindo ao longo da história dificuldades no desenvolvimento de novos fármacos o que, apesar de tudo, não deverá invalidar os esforços para uma constante necessidade de otimizar a utilização destes fármacos e ampliar os efeitos da "revolução psicofarmacológica" na psiquiatria.Os psicofármacos, por serem denominados “medicamentos de uso humano”, encontram-se ao abrigo do seu uso racional no âmbito do sistema de saúde, cujo trajeto dos mesmos e presença farmacêutica nestes deverá obedecer ao Código Deontológico, dado este ser profissional responsável pela seleção, preparação, distribuição, dispensa, informação, monitorização e vigilância de medicamentos e outras tecnologias de saúde. Portugal encontra-se entre os países da União Europeia mais consumidores de ansiolíticos, sedativos e hipnóticos, sendo responsabilidade dos farmacêuticos assegurar que as informações fornecidas se baseiam na melhor evidência científica disponível, nomeadamente nos aspetos relevantes de qualidade, eficácia e segurança para a sua correta e adequada utilização.

Psychopharmacology can be defined as the branch of pharmacology that studies the effects of drugs with direct actions on the central nervous system on behavior. Psychopharmaceuticals can be divided into anxiolytics, sedatives, and hypnotics; antipsychotics; antidepressants; and lithium. The history of psychopharmacology dates to ancient times, and throughout this history, significant discoveries have led to significant advances in the understanding and development of psychopharmaceuticals. The research of brain biochemistry has been a priority, which has significantly transformed the multidisciplinary approach to mental disorders. Despite historical challenges in developing new drugs, efforts should continue to optimize the use of these medications and expand the impact of the "psychopharmacological revolution" in psychiatry.Psychopharmaceuticals are considered "medicines for human use" so their rational use is safeguarded within the framework of the healthcare system. Their trajectory and pharmaceutical presence within this system should adhere to the Deontological Code, as pharmacists are responsible professionals for the selection, preparation, distribution, dispensing, information, monitoring, and surveillance of medicines and other healthcare technologies. Portugal is among the European Union countries with the highest consumption of anxiolytics, sedatives, and hypnotics. Pharmacists are responsible for ensuring that the information provided is based on the best available scientific evidence, particularly in aspects of quality, efficacy, and safety for their correct and appropriate use.