Human identification for undocumented situation – a technical note for a digital approach

Abstract

Em cenários forenses extremos, tais como os desastres em massa, a cavidade oral pode ser uma valiosa fonte de informações para o processo de identificação, com relevância jurídica. A literatura atual relativa à identificação humana explora o registo de dados pessoais através da tecnologia tridimensional. Foi apresentada de modo empírico, centrando-se em características faciais isoladas, perecendo o seu estudo no contexto geral e cenários forenses reais. O estudo pretende explorar duas metodologias, o scanner intraoral e a fotografia, no âmbito do registo oro-facial em patologia forense, destacando o seu impacto na identificação humana.Foi realizado um estudo piloto e quasi-experimental utilizando o scanner intraoral i700 wireless (Medit®, Lusobionic, Portugal) (Seul, Coreia do Sul), o equipamento Canon 5D-Full Frame (Tóquio, Japão), o software Medit Scan for Clinics e a aplicação Smile Design. A amostra incluiu indivíduos vivos (N=10) e casos forenses (N=10). O estudo foi dividido em duas fases complementares: (i) recolha de dados através de tecnologias bidimensionais e tridimensionais, e (II) comparação visual através de procedimentos de sobreposição, registos tridimensionais dentários com registos faciais tridimensionais (3D-3D) e fotografia bidimensional com screen-print de registos faciais tridimensionais (2D-3S). A análise estatística foi efetuada através de procedimento descritivo (escala de Likert) e do teste de Mann-Whitney.A análise da recolha de dados (n=220 registos) pelo teste de Mann-Whitney entre indivíduos vivos e casos forenses identificou diferenças estatisticamente significativas no desempenho do método fotográfico nos tecidos mineralizados intraorais (p=0,004), nos tecidos moles intraorais (p=0,016) e na distorção intraoral (p=0,005), e no desempenho do método de digitalização intraoral para o uso de dispositivos-extra intraorais (p=0,003) e nos tecidos moles extraorais (p=0,005).A comparação visual (n=40) permitiu a sobreposição por 3D-3D. A sobreposição 2D-3S identificou qualitativamente o terço médio da face como a área corporal dentro das características anatômicas para o sucesso do procedimento.Em conclusão, o estudo apresentou dados baseados em evidência científica que suportam a continuação da exploração/ investigação dos scanners intraorais e das tecnologias emergentes como ferramentas precisas na identificação forense em cenários reais.

In extreme forensic scenarios, such as mass disasters, the oral cavity can be a valuable source of identification information relevant to legal issues. The human identification scope has explored three-dimensional technology in personal data records. It has been empirically presented, focusing on isolated facial features, neglecting the overall context and real forensic scenarios. The study aims to explore two methodologies, intraoral scanner, and photography, in the scope of the orofacial record in forensic pathology, highlighting their impact on human identification.A pilot and quasi-experiment study was performed using the intraoral scanner i700 wireless (Medit®, Lusobionic, Portugal) (Seoul, South Korea), Canon 5D-Full Frame equipment (Tokyo, Japan), Medit Scan for Clinics software and Smile Design application. The sample included living individuals (N=10) and forensic cases (N=10). The study was divided into two complementary phases: (i) data collection by two-dimensional and three-dimensional technologies, and (II) visual comparison by superimposition procedures, three-dimensional dental with three-dimensional facial records (3D-3D) and two-dimensional photography with screen-print of three-dimensional facial records (2D-3S). The statistical analysis was performed by descriptive procedure (Likert scale) and the Mann-Whitney test.The analysis of data collection (n=220 records) by Mann-Whitney test between living individuals and forensic cases identified differences statistically significant in photographic method performance for intraoral mineralized tissues (p=0,004), intraoral soft tissues (p=0,016), and intraoral distortion (p=0,005), and intraoral scan method performance for intraoral extra-devices (p=0,003) and extraoral soft tissues (p=0,005).The visual comparison (n=40) allowed the superimposition by 3D-3D. The 2D-3S superimposition qualitatively identified the medium third of the face as the corporal area within the anatomical features for the procedure’s success.In conclusion, the present study presented evidence-based data for intraoral scanners and emergent technologies to be explored as precious tools in forensic identification in real-world scenarios.