Relatório de Estágio e Monografia intitulada"Nutracêuticos: enquadramento atual e oportunidades"

Abstract

Hoje em dia, sabemos cada vez mais que uma alimentação equilibrada e variada, com o aporte da quantidade correta de nutrientes é a principal forma de prevenção de doenças crónicas. Contudo, com o aumento do stress, das alterações do estilo de vida cada vez mais sedentárias, comodismos na aquisição de alimentação processada, industrial e alimentos obtidos através da agricultura intensiva, os consumidores procuram, cada vez mais, produtos de saúde que ajudem no défice nutricional e a prevenir, ou mesmo tratar, patologias com produtos que sejam mais “naturais”, possuindo menos efeitos secundários.Desta forma, tem surgido no mercado produtos com grande crescimento, como é o caso dos nutracêuticos. O termo nutracêutico deriva dos termos “nutrição” e “farmacêutico”, tendo sido criado por Stephen L. DeFelice, fundador e presidente da Foundation for Innovation in Medicine (EUA), o qual definiu nutracêutico como “qualquer substância que é considerada um alimento ou parte dele que proporcione benefícios para a saúde, incluindo a prevenção e o tratamento de doenças”. Contudo, esta definição é vaga e ainda não existe uma definição universalmente aceite. Com a carência de uma definição e de uma legislação, estes produtos caem numa zona cinzenta entre suplementos alimentares e medicamentos. Desta forma, é urgente haver um esclarecimento do que são, as suas diferenças e uma regulamentação clara.Esta revisão bibliográfica tem como objetivo a apresentação de algumas definições existentes de nutracêuticos, assim como dos produtos que estão mais perto da sua categoria (medicamento, suplemento alimentar e alimento fortificado); abordar a legislação dos suplementos alimentares e medicamentos; apresentar os vários desafios e algumas soluções existentes para os nutracêuticos e a apresentação de três casos práticos.Neste documento, para além da monografia, está presente o relatório referente ao estágio curricular realizado em farmácia comunitária, através de uma análise SWOT.

Nowadays, we know more and more that a balanced and varied diet, with the correct amount of nutrients is the main way to prevent chronic diseases. However, with the increase in stress, changes in lifestyles increasingly sedentary, conveniences in the acquisition of processed food, industrial and obtained through intensive agriculture, consumers of studies, more and more, health products that can be fed in the Nutritional office and to prevent, or even treat, pathologies that are more “natural” products, with fewer side effects.In this way, products with great growth have appeared on the market, such as nutraceuticals. The term nutraceutical derives from the terms “nutrition” and “pharmaceutical”, having been created by Stephen L. DeFelice, founder and president of the Foundation for Innovation in Medicine (USA), who defined a nutraceutical as “any substance that is considered a food or part of it that provides health benefits, including the prevention and treatment of disease”. However, this definition is vague and there is still no universally accepted definition.With the lack of a definition and legislation, these products fall into a gray area between food supplements and medicines. In this way, it is urgent to have a clarification of what they are, their differences and a clear regulation.This bibliographic review aims to present some existing definitions of nutraceuticals, as well as the products that are closer to their category (drug, food supplement and fortified food); address legislation on food supplements and medicines; present the various challenges and some existing solutions for nutraceuticals and the presentation of three practical cases.In this document, in addition to the monograph, there is a report on the curricular internship carried out in community pharmacy, through a SWOT analysis.