The moderator role of internal communication on the relationship between emotional demands and employees' well-being

Abstract

A pandemia de COVID-19 trouxe consigo efeitos devastadores para muitas organizações espalhadas pelo mundo e as consequências desta crise reuniram a atenção de muitos líderes que, até então, desvalorizavam o papel da comunicação interna como um aspeto de grande importância para o sucesso das organizações. A presente dissertação tem como objetivo estudar a relação entre as exigências emocionais e o bem-estar negativo e positivo dos colaboradores, assumindo a comunicação interna como variável moderadora desta relação. São ainda estudadas as relações diretas entre estas variáveis. Para o efeito, foi realizada uma investigação empírica de natureza transversal, que incluiu 705 colaboradores de diferentes organizações e de vários setores de atividade. Os dados foram recolhidos através de questionários distribuídos por várias empresas portuguesas, analisados com o AMOS e, posteriormente, por via da análise da regressão, com recurso ao PROCESS. Os resultados obtidos revelaram, não só, o papel moderador da comunicação interna na relação positiva entre as exigências emocionais e o bem-estar negativo, mas também a relação direta entre as exigências emocionais e o bem-estar negativo e positivo. Também a qualidade da comunicação interna mostrou estar diretamente relacionada com o bem-estar. Estas evidências contribuem para a literatura, sob o ponto de vista de que estas construções ainda não tinham sido avaliadas no contexto da crise pandémica da COVID-19, nem adaptadas à realidade portuguesa.

The pandemic of COVID-19 had devastating effects on many organizations around the world. The consequences of this crisis gathered the attention of many leaders who, until then, had devalued internal communication as an aspect of great importance on their organizations’ success. The present dissertation aimed to study the relationship between emotional demands and negative and positive well-being of employees, assuming internal communication as a moderating variable. The direct relationships between these variables are also studied. To this end, empirical research of transversal nature was carried out, which included 705 employees from different organizations and various sectors of activity. Data were collected through questionnaires distributed for many Portuguese companies and were subsequently analyzed with AMOS and the regression analysis, through the PROCESS macro.The results obtained revealed not only the moderating role of internal communication in the positive relationship between emotional demands and negative well-being, but also the direct relationship between emotional demands and negative well-being. Internal communication quality was also shown to be directly related to well-being. This evidence contributes to the literature from the point of view that these constructs had not yet been assessed in the context of the pandemic crisis of COVID-19, nor adapted to the Portuguese reality. More specifically, the results contributed to understand the impact of internal communication on employee’s emotional effort, describing how it can be a strategy to reduce the impact of emotional demands on well-being.