A Pandemic: From Suffer to Resilience

Abstract

(1) Background: Durante a pandemia do Covid-19, foram observáveis diferentes comportamentos para lidar com a experiência. Tendo em conta que a resiliência não se manifesta de igual modo nos indivíduos, o objetivo deste estudo é entender o quão resilientes foram os participantes europeus durante este evento e como a resiliência é influenciada por variáveis sociodemográficas, bem como por experiências de negligência infantil, sintomas de stress pós-traumático e bem-estar geral. (2) Métodos: Para este fim, uma amostra de 8459 participantes (67.1% feminino e 32.9% masculino, com uma idade média de 43.95 e desvio-padrão de 16.13), disponibilizada pela European Society for Traumatic Stress Studies, foi avaliada. Os instrumentos escolhidos foram o Adverse Childhood Experiences, em particular a dimensão da negligência, o Primary Care PTSD Screen for DSM-5, o questionário de 5 itens World Health Organization Well-Being Index e a Resilience Evaluation Scale. Questões relativas a caraterísticas sociodemográficas também foram avaliadas. (3) Resultados: Níveis elevados de resiliência foram associados com o aumento da idade, maior nível de escolaridade, ausência de experiências de negligência na infância e sintomas de stress pós-traumático, e com o bem-estar geral. (4) Conclusão: Considerando o contexto pandémico, a resiliência ocupa um lugar importante na perceção dos participantes e influencia os seus comportamentos relativos a uma ameaça global. Tendo em conta que a resiliência se desenvolve a partir e dentro do contexto, é expectável que indivíduos resilientes se mantenham estáveis durante a experiência traumática. Palavras-chave: resilience; adverse childhood experiences; post-traumatic stress; well-being; Covid-19; European population.

(1) Background: During the Covid-19 pandemic, different cope behaviors were observable. Considering that resilience does not manifest equally in individuals, this study aims to understand how resilient European participants were during this event and how resilience is influenced by sociodemographic variables, as well as experiences of childhood neglect, post-traumatic stress symptoms, and general well-being. (2) Methods: A sample of 8459 participants (67.1% female and 32.9% male, with a mean of 43.95 years old and a standard deviation of 16.13), provided by the European Society for Traumatic Stress Studies, was evaluated. The chosen instruments were the Adverse Childhood Experiences, particularly the neglect dimension, the Primary Care PTSD Screen for DSM-5, the 5-item World Health Organization Well-Being Index, and the Resilience Evaluation Scale. Questions on sociodemographic characteristics were also assessed. (3) Results: Higher levels of resilience were associated with older age, higher educational level, the absence of childhood neglect experiences and post-traumatic stress symptoms, and general well-being. (4) Conclusion: Considering the pandemic context, resilience is essential in participants' perceptions and influences their behavior towards a global threat. Since resilience develops from and within the context, resilient individuals are expected to remain stable during a traumatic experience. Keywords: resilience; adverse childhood experiences; post-traumatic stress; well-being; Covid-19; European population.