Please use this identifier to cite or link to this item: https://hdl.handle.net/10316/102470
Title: Episiotomia: existe evidência que suporte o seu uso?
Other Titles: Episiotomy: is there evidence to support its use?
Authors: Santos, Ana Isabel
Orientador: Moura, José Paulo Achando Silva
Sousa, Raquel Pinto de
Keywords: Episiotomia; Laceração perineal; Parto vaginal espontâneo; Parto instrumentado; Episiotomy; Perineal laceration; Spontaneous vaginal delivery; Operative vaginal delivery
Issue Date: 14-Mar-2022
Serial title, monograph or event: Episiotomia: existe evidência que suporte o seu uso?
Place of publication or event: Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra
Abstract: A episiotomia é a incisão realizada no períneo durante o período expulsivo do trabalho de parto. Segundo a Organização Mundial de Saúde, não existe uma taxa recomendada para a realização deste procedimento e, de acordo com a Federação Internacional de Ginecologia e Obstetrícia, deve estar entre 10-28%. Em Portugal, esta taxa situava-se, em 2010, nos 70%. Apesar de não dispormos de dados atualizados sobre as taxas de episiotomia em Portugal, tem-se notado uma tendência decrescente. No entanto, as situações clínicas em que deve ser realizada não são claras.Este trabalho tem como objetivo estudar a evidência existente em relação à episiotomia nos diferentes tipos de parto e situações clínicas. Para isso, foi realizada uma revisão bibliográfica sobre a episiotomia, baseada essencialmente na base de dados PubMed, associada a outras fontes bibliográficas relevantes. Concluiu-se que a episiotomia não apresenta vantagem nos partos vaginais espontâneos de termo, em situação de gravidez de baixo risco, feto único, em apresentação cefálica. Nos partos instrumentados, a episiotomia diminui a incidência de lacerações do esfíncter anal, sendo o seu benefício mais marcado em primíparas e quando o parto é instrumentado com fórceps. Na distócia de ombros e na macrossomia não existe evidência que permita concluir se a episiotomia é ou não benéfica, dado que os artigos analisados apresentam conclusões contraditórias. Por fim, para apresentação pélvica e variedade de apresentação occipito-posterior não existem dados em relação ao papel da episiotomia. O mesmo se verificou para a gravidez gemelar. São, ainda, de salientar, as consequências que podem advir da realização deste procedimento, nomeadamente maior hemorragia pós-parto, dispareunia, dor perineal, infeção perineal, lacerações perineais e maior necessidade de analgesia. Quando realizada, a episiotomia deve ser mediolateral e deve, previamente, ser discutida com a mulher, de modo que esta possa tomar uma decisão consciente e orientada sobre o assunto e para que seja obtido o consentimento informado.
Episiotomy is the incision performed in the perineum during the expulsive period of labor. According to Word Health Organization, there is not a recommended rate for this procedure and, according to International Federation of Gynecology and Obstetrics, it should be performed between 10-28%. In Portugal, this rate situated itself, in 2010, around 70%. Although we do not have updated data on episiotomy rates in Portugal, a downward trend has been noted. However, the clinical situations in which it should be performed are not clear.This report aims to analyze the evidence around episiotomy in the different types of labor and clinical situations.For this, a literature review on episiotomy was carried out based essentially on the PubMed database, associated with other relevant bibliographic sources.It was concluded that episiotomy does not represent an advantage in spontaneous vaginal delivery at term, in a low risk pregnancy of a singleton fetus, with cephalic presentation. In instrumental delivery, episiotomy decreases de incidence of obstetric anal sphincter injuries, especially in primiparas and forceps instrumentation. About shoulder dystocia and macrosomic births, there is no evidence that allows to conclude if episiotomy has any benefit or not, because the analyzed articles have contradictory information. Lastly, for breech and occipitoposterior presentation there is not data for the role of episiotomy. The same was observed in twin pregnancy. There is need, however, to highlight the consequences that may come from this procedure, namely bigger post-partum hemorrhage, dyspareunia, perineal pain, perineal infection, perineal lacerations and bigger need for anesthesia. When performed, episiotomy should be mediolateral and must, previously, be discussed with the patient, so that she is able to make a conscious and orientated decision about the matter, so an informed consent can be obtained.
Description: Trabalho Final do Mestrado Integrado em Medicina apresentado à Faculdade de Medicina
URI: https://hdl.handle.net/10316/102470
Rights: openAccess
Appears in Collections:UC - Dissertações de Mestrado

Files in This Item:
File Description SizeFormat
Trabalho final.pdf426.29 kBAdobe PDFView/Open
Show full item record

Page view(s)

161
checked on Jul 16, 2024

Download(s)

472
checked on Jul 16, 2024

Google ScholarTM

Check


This item is licensed under a Creative Commons License Creative Commons