Utilize este identificador para referenciar este registo: https://hdl.handle.net/10316/102423
Título: COPING WITH SUICIDE: HOW CAN DISTRESS TOLERANCE AND PSYCHOLOGICAL FLEXIBILITY HELP TRANS PEOPLE
Outros títulos: LIDAR COM O SUICÍDIO: COMO A TOLERÂNCIA AO STRESSE EMOCIONAL E A FLEXIBILIDADE PSICOLÓGICA PODEM AJUDAR AS PESSOAS TRANS
Autor: Martins, Luís Miguel Coelho
Orientador: Santos, António João Ferreira de Macedo e
Renca, Susana Maria Nunes
Palavras-chave: Pessoas trans; Tolerância emocional ao sofrimento; Flexibilidade psicológica; Comportamento suicidário; Trans people; Distress tolerance; Psychological flexibility; Suicidal behavior
Data: 20-Mai-2022
Título da revista, periódico, livro ou evento: COPING WITH SUICIDE: HOW CAN DISTRESS TOLERANCE AND PSYCHOLOGICAL FLEXIBILITY HELP TRANS PEOPLE
Local de edição ou do evento: Faculdade de Medicina, Universidade de Coimbra, Coimbra, Portugal
Resumo: Introdução: As pessoas trans apresentam altos níveis de comportamentos suicidários, principalmente relacionados às experiências de stresse que sofrem diariamente nas suas vidas associadas ao seu status minoritário. Processos psicológicos como tolerância emocional ao sofrimento e flexibilidade psicológica podem desempenhar um papel protetor na suicidalidade das pessoas trans. Neste estudo, o primeiro objetivo foi explorar e caracterizar as variáveis relacionadas com o processo de transição, saúde mental e suicídio em pessoas trans portuguesas. O segundo objetivo foi examinar se a tolerância emocional ao sofrimento e a flexibilidade psicológica poderiam ter um efeito positivo na suicidalidade das pessoas trans.Métodos: A amostra foi composta por 104 pessoas trans portuguesas com idades compreendidas entre os 18 e os 66 anos (M=25,48; DP=8,44). Aproximadamente 42% identificaram-se como homem, 34% como não-binário e 23% como mulher. Os participantes preencheram questionários de autorrelato online que foram publicados nas redes sociais, instituições portuguesas relacionadas com comunidade LGBTQI+ e na Unidade de Reconstrução Génito-Urinária e Sexual do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra. Os dados foram analisados através do SPSS.Resultados: A maioria dos participantes já tinham iniciado uma das fases do processo de transição (social, hormonal e/ou física). Aproximadamente 39% dos participantes referiram ter diagnóstico de doença mental. Cerca de 63% relataram ter, no passado, um plano suicida e 33% tentaram o suicídio. Pessoas que ainda não tinham começado a transição hormonal, mas que o desejavam, apresentaram valores significativos de depressão, desesperança e suicídio, em comparação com indivíduos que já tinham terminado esta fase. A tolerância emocional ao sofrimento e flexibilidade psicológica apresentaram correlações negativas e moderadas com o suicídio e a depressão, e uma correlação positiva e moderada entre si. Na primeira etapa da regressão hierárquica realizada, a depressão explicou 56% da suicidalidade. A segunda etapa, a tolerância emocional ao sofrimento e a depressão explicaram 60% da suicidalidade. Na terceira etapa, as três componentes da flexibilidade psicológica também foram incluídas e um modelo significativo explicou 63% da suicidalidade (F(5,98)=35,99, p<0,001). Juntamente com a depressão, apenas a consciência comportamental (componente da flexibilidade psicológica) teve um efeito preditivo significativo.Discussão: Os dados sugerem que estar em contato com o momento presente e com a própria experiência interna, mesmo perante dificuldades, pode ser essencial para reduzir os comportamentos suicidários na população trans.Conclusões: Intervenções psicoterapêuticas com pessoas trans devem promover a flexibilidade psicológica, principalmente trabalhando e explorando a consciência do momento presente, a fim de diminuir a suicidalidade.
Introduction: Trans people tend to exhibit high levels of suicidal behaviors, which are mostly associated with minority stress experiences they suffer in their daily lives. Psychological processes such as distress tolerance and psychological flexibility may play a protective role in transgender people's suicidality. In this study, the first aim of this study was to explore and characterize variables related to the transition process, mental health and suicide in Portuguese trans people. The second aim was to examine if distress tolerance and psychological flexibility could have a positive effect on suicidality in trans people.Method: The sample was composed of 104 Portuguese trans people aged between 18 and 66 years (M=25.48; SD=8.44). Around 42% identified as man, 34% as non-binary and 23% as woman. Participants completed online self-report questionnaires which were advertised on social networks, and within LGBTQI+-related Portuguese institutions and the Genitourinary and Sexual Reconstruction Unit (URGUS) of the Coimbra Hospital and University Centre (CHUC). Data were analysed through SPSS.Results: Participants majority had already started one of the phases of the transition process (social, hormonal and/or physical). About 39% of participants reported a clinical diagnosis of mental illness. Around 63% of individuals reported having in the past a suicide plan and 33% had a suicide attempt. People who had not yet started the hormonal transition, but who wanted to do it, showed significant values of depression, hopelessness and suicidality compared to individuals who had already completed this phase of the process. Distress tolerance and psychological flexibility presented negative and moderate correlations with suicidality and depression, and a positive and moderate correlation with each other. In the first step of the hierarchical regression conducted, depression explained 56% of suicidality. In the second step, distress tolerance with depression explained 60% of suicidality. In the third step, the three components of psychological flexibility were also included and a significant model explained 63% of suicidality (F(5,98)=35.99, p<.001). Alongside with depression, only behavioral awareness (psychological flexibility component) had significant predictive effect. Discussion: These findings suggest that being in contact with the present moment and with one’s own internal experience, even when difficult, might be essential to reduce the tendency to commit suicide in this population.Conclusions: Psychotherapeutic interventions with trans people should promote psychological flexibility, especially working and exploring the present moment awareness, in order to decrease suicidality.
Descrição: Trabalho Final do Mestrado Integrado em Medicina apresentado à Faculdade de Medicina
URI: https://hdl.handle.net/10316/102423
Direitos: embargoedAccess
Aparece nas coleções:UC - Dissertações de Mestrado

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