Utilize este identificador para referenciar este registo: https://hdl.handle.net/10316/102417
Título: Utilização de Propranolol Oral no Tratamento de Hemangiomas Infantis
Outros títulos: Use of Oral Propranolol in the Treatment of Infantile Haemangiomas
Autor: Correia, Vanessa Filipa Rocha
Orientador: Santos, Gustavo Machado Guimarães Januário
Mação, Patrícia Alexandra Batista
Palavras-chave: Hemangioma; Infantil; Propranolol; Beta-Bloqueante; Lactentes; Haemangioma; Infantile; Propranolol; Beta-Blocker; Infants
Data: 25-Mai-2022
Título da revista, periódico, livro ou evento: Utilização de Propranolol Oral no Tratamento de Hemangiomas Infantis
Local de edição ou do evento: Hospital Pediátrico de Coimbra
Resumo: Introdução: Os hemangiomas infantis (HI) são os tumores vasculares benignos mais comuns em crianças, com uma incidência estimada de 4 a 10%. A maioria dos HI tem uma evolução favorável no sentido da resolução espontânea e sem sequelas, mas em alguns casos, associam-se a complicações locais ou sistémicas, podendo ser potencialmente fatais. Nestes casos, é recomendado tratamento precoce com propranolol oral. O objetivo deste trabalho foi analisar e caracterizar os casos de HI tratados com propranolol oral e avaliar a sua eficácia e efeitos adversos.Métodos: Estudo observacional retrospetivo, em que foram incluídos todos os lactentes com o diagnóstico de HI, tratados com propranolol oral, entre fevereiro de 2018 a junho de 2021, e seguidos na consulta de Dermatologia Pediátrica do Hospital Pediátrico do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (HP-CHUC). Os doentes foram sujeitos a terapêutica com propranolol oral em ambulatório na dose de 1mg/kg/dia até um máximo de 3mg/kg/dia. Foram analisados dados demográficos, localização do HI, número de HI e classificação do tipo (superficial, profundo ou misto). Avaliou-se ainda a evolução das lesões cutâneas e eventuais efeitos adversos do propranolol. Resultados: Foram incluídos 46 lactentes, dos quais 30 do sexo feminino (65,2%). A idade média de início da terapêutica foi de 3,7 meses, sendo que 84,8% iniciaram a terapêutica antes dos 5 meses de idade. A localização mais frequente do HI foi na cabeça (80,4%), seguida do tronco (32,6%), membro superior (17,4%), genitais (10,8%), zona peri-anal (6,5%) e membro inferior (2,2%). Em 30,4% existiam hemangiomas múltiplos e 17,4% apresentaram ulceração. A duração média da terapêutica foi de 11 meses. Terminaram o tratamento 32 doentes, tendo-se verificado regressão completa da lesão em 6 casos (18,8%), telangiectasias discretas em 13 casos (40,6%), lesão cicatricial em 5 casos (15,6%), lesão eritematosa em 4 casos (12,5%) e lesão com áreas nacaradas em 4 casos (12,5%). 14 doentes mantém-se sob terapêutica com propranolol oral. Existiram dois casos de recidiva (4,3%). Os efeitos adversos registados foram hipotensão, alterações do sono, anorexia e irritabilidade. Discussão: A utilização de propranolol oral para o tratamento de HI revelou-se eficaz, e com um excelente perfil de segurança. Uma avaliação multidisciplinar é fundamental para um diagnóstico atempado, exclusão de contraindicações ao tratamento e início precoce da terapêutica com propranolol.
Introduction: Infantile haemangiomas (IH) are benign vascular tumors and the most common in children with an estimated incidence of 4 to 10%. Most IH have a favorable evolution towards spontaneous resolution and without sequels, but in certain cases they are associated with complications that can even be potentially fatal. In these cases, early treatment with oral propranolol is recommended. The objective of this work is to analyze and characterize the cases of IH treated with propranolol and to evaluate its efficacy and adverse effects.Methods: Retrospective observational study, in which included all infants diagnosed with IH, treated with oral propranolol, between February 2018 and June 2021, and followed up in Pediatric Dermatology consultation at the Pediatric Hospital of the Coimbra Hospital and University Center (PH-CHUC). Patients received ambulatory treatment with oral propranolol at a dose of 1mg/kg/day to a maximum of 3mg/kg/day. Demographic data, HI location, number of haemangiomas and classification of haemangioma type (superficial, deep or mixed) were recorded. The evolution of skin lesions and possibility of adverse effects were also evaluatedResults: 46 infants were included, of which 30 were female (65.2%). The mean age at initiation of therapy was 3.7 months, with 84.8% starting therapy before 5 months of age. The most frequent location of the IH was in the head (80.4%), followed by the upper body (32.6%), upper limbs (17.4%), genitals (10,8%), perianal area (6,5%) and lower limb (2.2%). In 30.4% of the infants had multiple haemangiomas and 17.4% had ulceration. The median duration of therapy was 11 months. 32 patients finished the treatment, 6 cases (18,8%) with complete regression of the lesion, 13 cases (40,6%) mild telangiectasias, 5 cases (15,6%) scarring , 4 cases (12,5%) erythematous lesion and 4 cases (12,5%) lesion with nacreous areas. 14 patients remain on oral propranolol therapy. There were two cases of recurrence (4.3%). Adverse effects recorded were hypotension, sleep disturbances, anorexia, and irritability.Discussion: The use of oral propranolol for the treatment of IH proved to be effective, and with an excellent safety profile. A multidisciplinary evaluation is essential for a timely diagnosis, exclusion of contraindications to the treatment and early initiation of propranolol therapy.
Descrição: Trabalho Final do Mestrado Integrado em Medicina apresentado à Faculdade de Medicina
URI: https://hdl.handle.net/10316/102417
Direitos: embargoedAccess
Aparece nas coleções:UC - Dissertações de Mestrado

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