EXTRACORPOREAL MEMBRANE OXYGENATION AS BRIDGE TO HEART TRANSPLANTATION

Abstract

Nestas últimas três décadas, a Insuficiência cardíaca (IC) tornou-se um grande problema de saúde em todo o mundo, devido à sua crescente incidência, e consequente mortalidade. O transplante cardíaco (TC) continua a ser o gold-standard no tratamento de IC avançada. Apesar disso, o TC não é suficiente para dar resposta a todos os doentes e o número de pacientes que fazem ponte para transplante sob suporte circulatório mecânico (SCM) está a aumentar progressivamente. A Oxigenação por Membrana Extracorporal veno-arterial (ECMO-VA) fornece suporte cardiorrespiratório completo, restaurando a perfusão sistémica e permitindo a recuperação da função do órgão-alvo, mas acarreta uma alta taxa de complicações que têm forte impacto no prognóstico. Pacientes que fazem ponte com ECMO-VA parecem associar uma mortalidade pós-transplante significativa e ter piores resultados quando comparados aos pacientes cuja ponte foi feita com dispositivos de assistência ventricular esquerda de longa duração, assim como recetores sem ponte com SCM. A ECMO-VA é uma abordagem salva-vidas, permitindo um TC bem-sucedido na maioria dos pacientes, com uma sobrevivência aceitável a curto e a longo prazo, numa população com um prognóstico, de outra forma, reservado. Neste estudo, comparamos a ECMO-VA com a terapêutica convencional existente e com outras técnicas de SCM, com o objetivo de verificar se esta deve ser usada como ponte direta para o transplante de coração. -----------------------------------------------

Heart failure (HF) has become a major health problem worldwide, due to its increasing incidence and associated mortality over the last three decades. Heart transplantation (HT) continues to be the gold standard treatment to advanced HF. HT is not enough to address it, and the number of patients who are bridge to HT under mechanical circulatory support (MCS) is progressively increasing. VA-ECMO provides full cardiorespiratory support, restoring systemic perfusion and allowing end-organ function recovering, but it is haunted by a high burden of complications that have a strong impact on prognosis. Patients bridged with VA-ECMO appear to be associated with a significant post transplantation mortality and to be inferior when compared to reported outcomes of patients bridged with durable LVADs as well as non-bridged recipients. VA-ECMO is a lifesaving approach allowing successful HT in most of the patients, with an acceptable short and long-term survival in, an otherwise, ominous prognosis population. In this review, we compare VA-ECMO with existing conventional therapy and other MCS techniques, to sought if it should be used as a direct bridge to heart transplantation. -----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------