Utilize este identificador para referenciar este registo: https://hdl.handle.net/10316/102363
Título: Aspirina para prevenir pré-eclâmpsia - quem e como?
Outros títulos: Aspirin to prevent preeclampsia - who and how?
Autor: Alves, Maria Luís de Almeida
Orientador: Areia, Ana Luísa Fialho Amaral
Pinto, Anabela Mota
Palavras-chave: Pré-eclâmpsia; Aspirina; Complicações na gravidez; Fatores de risco; Biomarcadores; Preeclampsia; Aspirin; Pregnancy complications; Risk factors; Biomarkers
Data: 10-Mar-2022
Título da revista, periódico, livro ou evento: Aspirina para prevenir pré-eclâmpsia - quem e como?
Local de edição ou do evento: Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra
Resumo: A pré-eclâmpsia é um distúrbio multissistémico que se traduz por hipertensão gestacional, podendo estar associado a proteinúria, a lesão de órgão materno e a disfunção útero-placentária. Trata-se de uma condição com elevada morbilidade e mortalidade materna e fetal a nível mundial, sobretudo quando surge precocemente na gravidez. O mecanismo fisiopatológico da pré-eclâmpsia não está completamente esclarecido. Pensa-se que a invasão superficial do trofoblasto resulta numa remodelação incompleta das artérias espiraladas o que, por sua vez, condiciona uma resposta materna deletéria, face à disfunção endotelial e ao desequilíbrio entre fatores angiogénicos e antiangiogénicos. A evidência científica mais recente sugere que o coração e a função cardiovascular materna podem ter um papel fundamental ao condicionar má perfusão útero-placentária. A aspirina, em baixa dose, ao intervir na síntese de prostaglandinas, inibe o tromboxano e, por conseguinte, a agregação plaquetar, sem interferir na produção de prostaciclina, favorecendo a vasodilatação sistémica. A aspirina também estimula a produção de aspirin-triggered lipoxins, que amenizam o processo inflamatório observado na pré-eclâmpsia. A identificação de gestantes em risco de desenvolver pré-eclâmpsia é fundamental para a implementação de medidas preventivas. O rastreio combinado mostrou ser superior à abordagem tradicional através das caraterísticas maternas e da história médica. Daí que, atualmente, está recomendado que o rastreio de pré-eclâmpsia se efetue no primeiro trimestre, combinando fatores maternos, pressão arterial média, índice de pulsatilidade das artérias uterinas e o placental growth factor (biomarcador do soro materno). Mulheres identificadas como tendo alto risco para desenvolver pré- eclâmpsia pré-termo, através do rastreio combinado do primeiro trimestre, devem fazer profilaxia com aspirina, na dose de 150 mg, ao deitar, até ao final da gestação. Com este trabalho pretende-se esclarecer os fenómenos fisiopatológicos subjacentes à pré-eclâmpsia, o mecanismo de ação da aspirina e discutir os métodos de rastreio das gestantes com alto risco de desenvolver esta condição, que mais beneficiam da profilaxia com aspirina.
Preeclampsia is a multisystem disorder that consists in gestational hypertension, which may be associated with proteinuria, evidence of maternal organ and uteroplacental dysfunction. It is a condition with high maternal and fetal morbidity and mortality worldwide, especially when the condition is of early onset. The pathophysiological mechanism of preeclampsia is not fully understood. Shallow invasion of the trophoblast is thought to result in inadequate remodeling of the spiral arteries, which leads to a deleterious maternal response to endothelial dysfunction and imbalance between angiogenic and antiangiogenic factors. The most recent evidence suggests that the maternal heart and cardiovascular function may play a key role in conditioning uteroplacental poor perfusion. Low dose aspirin, thanks to the intervention in the synthesis of prostaglandins, inhibits thromboxane and therefore platelet aggregation without interfering with the production of prostacyclin, favoring systemic vasodilation. Aspirin also stimulates the production of aspirin triggered lipoxins, which alleviate the inflammatory process seen in preeclampsia. The identification of pregnant women at risk of developing preeclampsia is essential for the implementation of preventive measures. Combined screening has shown to be better than the traditional approach through maternal characteristics and medical history. Hence, it is currently recommended that preeclampsia screening should be performed in the first trimester, combining maternal factors, mean arterial pressure, uterine artery pulsatility index and serum placental growth factor. Women identified as being at high risk for developing preterm preeclampsia should receive prophylaxis with aspirin, at a dose of 150 mg, at bedtime, until the end of the pregnancy. The aim of this work is to clarify the pathophysiological phenomena underlying preeclampsia, the mechanism of action of aspirin and discuss the methods of screening pregnant women at high risk of developing this condition, who benefit most from aspirin prophylaxis.
Descrição: Trabalho Final do Mestrado Integrado em Medicina apresentado à Faculdade de Medicina
URI: https://hdl.handle.net/10316/102363
Direitos: embargoedAccess
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