Utilize este identificador para referenciar este registo: https://hdl.handle.net/10316/102345
Título: Comparison of “real life” longevity of implantable cardioverter-defibrillator from different manufacturers
Outros títulos: Comparação da longevidade real de cardioversores desfibrilhadores implantáveis de diferentes fabricantes
Autor: Preto, Leonor Guerra e Vasconcelos Manso
Orientador: António, Natália Sofia Claúdio
Palavras-chave: cardioversores disfibrilhadores implantáveis; CDI; longevidade CDI; bateria; fabricantes CDI; implantable cardioverter-defibrillator; ICD; ICD longevity; battery; ICD manufactures
Data: 13-Jun-2022
Título da revista, periódico, livro ou evento: Comparison of “real life” longevity of implantable cardioverter-defibrillator from different manufacturers
Local de edição ou do evento: Cardiologia, HUC
Resumo: ABSTRACT Background: The implantable cardioverter-defibrillator (ICD) is an indispensable tool in primary and secondary prevention of sudden cardiac death. Since these devices represent high costs for public health systems, it is crucial to assess their real word longevity. However, evidence regarding battery longevity of contemporary ICDs is scarce. Aims: To compare battery longevity and potential complications of ICDs from different manufacturers in a real-life setting. Additionally, we also attempt to determine factors that influence battery-life and contribute to earlier device replacement. Methods: This is a cross-sectional retrospective study of 373 consecutive patients undergoing ICD implantation at Coimbra Hospital and University Center, between 2010 and 2015. The study included ICDs from all manufacturers in the market: Abbott/St Jude, Biotronik, Boston/Guidant, Medtronic, Microport/Sorin. Main diagnosis, time to replacement, reason of replacement, number of device therapies (shocks and anti-tachycardia pacing) and percentage of pacing were retrieved. Survival analysis with Kaplan-Meier curves and Cox regression (with hazard ratio (HR)) was performed to compare battery longevity between the different manufacturers. Results: Mean age of the study population was 60.84 ± 11.84 years, and in the majority of patients the ICD was implanted in primary prevention (78.8%): mainly due to ischemic cardiomyopathy (55.4%). The mean ejection fraction of the overall population was 31.3 + 11.01%. The distribution of implanted ICDs according to manufacturers was as follows: 23.2% ICDs from Medtronic, 22.9% from Boston/Guidant, 19.6% from Biotronik, 18.7% from Abbott/St Jude and 15.6% from Microport/Sorin. During follow-up, there were 35 patients (9.4%) lost for follow-up. It was found that 107 patients (37.1%) died and 13 patients (3.8%) underwent heart transplantation before ICD battery end of life. Most patients did not need ICD therapies (72.2%). Of note, 14.2% of patients needed ventricular pacing, with a pacing percentage ranging from only 1 to 25% (n=41; 14.2%).Only 89 patients (26.3%) underwent device replacement during follow-up, including 69 (71.1%) due to battery exhaustion. There were significant differences in battery longevity between manufacturers, with a mean longevity was 6.47 + 1.71 years for Boston/Guidant, 7.87 + 0.76 for Microport/Sorin, 6.93 + 1.81 for Abott/St Jude, 7.66 + 2.15 for Medtronic and 7.87 + 1.71 for Biotronik. Patients with Medtronic or Biotronik ICDs had an hazard more than 5.5 times greater of being replaced earlier due to battery exhaustion (Medtronic HR 5.487, 95% CI 1.909-15.766, p 0.002; Biotronik HR 6.102, 95% CI 2.021-18.424, p 0.001) when compared to Microport/Sorin. These results remained consistent after adjustment for potential confounders (percentage of pacing, number of ICD shock, and ATP). Conclusions: Patients with Medtronic and Biotronik ICDs were more likely to have the ICD replaced earlier due to battery exhaustion, even after considering therapies and pacing needs. These data may have important implications for patients and hospital centers.
ABSTRACT Antecedentes: O cardioversor-desfibrilador implantável (CDI) é uma ferramenta indispensável na prevenção primária e secundária da morte cardíaca súbita. Uma vez que estes dispositivos representam custos elevados para os sistemas de saúde pública, é crucial avaliar a sua verdadeira longevidade. No entanto, existem poucas investigações relativas à longevidade da bateria dos CDIs contemporâneos. Objectivos: Comparar a longevidade da bateria e potenciais complicações dos CDIs de diferentes fabricantes num contexto clínico. Além disso, também tentamos determinar fatores que influenciam a vida útil da bateria e que contribuam para uma substituição mais precoce do dispositivo. Métodos: Este é um estudo retrospectivo transversal de 373 doentes submetidos a implante de CDI no Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, entre 2010 e 2015. O estudo incluiu os CDIs de todos os fabricantes disponíveis neste centro hospitalar: Abbott/St Jude, Biotronik, Boston/Guidant, Medtronic, Microport/Sorin. Foram obtidos dados como o diagnóstico principal, o tempo até substituição, o motivo da substituição, o número de terapias dos dispositivos (choques e estimulação anti-taquicardia) e a percentagem de "pacing". A análise de sobrevivência com curvas Kaplan-Meier e regressão Cox (com "hazard ratio" (HR)) foi realizada para comparar a longevidade da bateria entre os diferentes fabricantes. Resultados: A idade média da população do estudo foi de 60,84 ± 11,84 anos e, na maioria dos doentes, o CDI foi implantado em contexto de prevenção primária (78,8%): principalmente devido à presença de cardiomiopatia isquémica (55,4%). A fracção média de ejecção da população total foi de 31,3 + 11,01%. A distribuição dos CDIs implantados de acordo com os fabricantes foi a seguinte: 23,2% de CDI da Medtronic, 22,9% de Boston/Guidant, 19,6% de Biotronik, 18,7% de Abbott/St Jude e 15,6% de Microport/Sorin. Durante o seguimento, registaram-se 35 doentes (9,4%) cujo seguimento foi perdido. Verificou-se que 107 doentes (37,1%) morreram e 13 doentes (3,8%) foram submetidos a transplante cardíaco antes do fim de vida da bateria do CDI. A maioria dos doentes não precisou de terapias de CDI (72,2%). De notar que 14,2% dos doentes necessitaram de estimulação ventricular, com uma percentagem de estimulação que variava de apenas 1 a 25% (n=41; 14,2%). Apenas 89 doentes (26.3%) foram submetidos a substituição do dispositivo durante o acompanhamento, incluindo 69 (71.1%) devido à exaustão da bateria. Verificaram-se diferenças significativas na longevidade da bateria entre os fabricantes, com uma longevidade média de 6,47 + 1,71 anos para Boston/Guidant, 7,87 + 0,76 para Microport/Sorin, 6,93 + 1,81 para Abott/St Jude, 7,66 + 2,15 para Medtronic e 7,87 + 1,71 para Biotronik. Os doentes com CDI Medtronic ou Biotronik tiveram um risco mais de 5,5 vezes maior de serem substituídos mais cedo devido ao esgotamento da bateria (Medtronic HR 5.487, 95% CI 1.909-15.766, p 0.002; Biotronik HR 6.102, 95% CI 2.021-18.424, p 0.001) quando comparado com Microport/Sorin. Estes resultados mantiveram-se consistentes após ajustamento para potenciais confundidores (percentagem de pacing, número de choques de CDI, e ATP). Conclusões: Os doentes com CDI Medtronic e Biotronik apresentaram maior probabilidade de o CDI ser substituído mais cedo devido à exaustão da bateria, mesmo depois de considerar as terapias e as necessidades de estimulação. Estes dados podem ter implicações importantes para os doentes e centros hospitalares.
Descrição: Trabalho Final do Mestrado Integrado em Medicina apresentado à Faculdade de Medicina
URI: https://hdl.handle.net/10316/102345
Direitos: openAccess
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