Utilize este identificador para referenciar este registo: https://hdl.handle.net/10316/101648
Título: “Por ti, Portugal, eu juro!” Memórias e testemunhos dos comandos africanos da Guiné (1971-1974)
Autor: Rodrigues, Sofia da Palma
Orientador: Meneses, Maria Paula
Dhada, Mustafah
Data: 30-Mai-2022
Projeto: PD/BD/113924/2015 
Local de edição ou do evento: Lisboa
Resumo: Enquanto foi governador da Guiné (1968-1973), António de Spínola fundou o Batalhão de Comandos Africanos, a única tropa de elite das Forças Armadas Portuguesas integralmente composta por africanos negros. A estes homens, fez promessas de uma vida melhor, garantindo-lhes que seriam eles quem comandaria os destinos do território quando Portugal vencesse a guerra (1961- 1974). Que seriam eles quem, na Guiné, ficaria à frente do novo projeto de Estado que planeava implementar: um Estado pluricontinental, composto por províncias autónomas que, no seu todo, formariam o Portugal do futuro. O desfecho deste projeto político, que se opunha aos ventos da História que sopravam na metrópole, está no centro da análise desta tese. Ao perseguir as narrativas de homens que, depois da conquista das independências, deixaram de caber no sonho português e perderam a nacionalidade portuguesa, este trabalho questiona e aprofunda os dilemas da descolonização a partir do processo guineense.Tendo como base uma pesquisa multidisciplinar e multissituada (Marcus, 1995), assente nos questionamentos, reivindicações e metodologias propostas pela História Oral (Spear, 1981; Mazrui, 1985; Vansina, 1985) e pelas Epistemologias do Sul (Santos & Meneses, 2013), traz para o debate da História os testemunhos dos homens que formaram o Batalhão de Comandos Africanos da Guiné e propõe-se discutir o absolutismo da narrativa contada pelo Estado-nação (Ranger, 1971, 2004).
António de Spínola founded the African Commandos Battalion, the only elite troop of the Portuguese Armed Forces fully comprised of black Africans, during his time as Governor of Guinea (1968-1973). He promised these men a better life, and that they would be in charge of Guinea’s destiny when Portugal won the war (1961-1974). He promised them that, in Guinea, they would be at the forefront of the new State project he planned to implement: a pluricontinental State comprised of autonomous provinces that, as a whole, would form the Portugal of the future. The undoing of this political project, that challenged the prevailing winds blowing in continental Portugal, is at the heart of the analysis undertaken within this thesis. In pursuing the narratives of men who, after the wars of independence, ceased to form part of the Portuguese dream and lost their Portuguese nationality, this work questions and digs deep into the dilemmas of decolonialization in the context of the Guinean process. This research bases its questioning, assertions and methodologies on those proposed by Oral Traditions (Spear, 1981; Mazrui, 1985; Vansina, 1985) and the Epistemologies of the South (Santos & Meneses, 2013), incorporating a multidisciplinary and multi-sited approach (Marcus, 1995) to include the testimonies of the men who comprised the Battalion of African Commandos of Guinea in the historical debate and to open a discussion on the absolutist nature of the narrative presented by the Nation-State (Ranger, 1971, 2004).
Otchal i sedu ba Gubernadur na Guiné (1968-1973), António de Spínola kiria Batalion di Comandos Africanos, ku sedu ba único tropa bem purparado di Forças Armadas di Portugal kumpudo som pa pretos di tchon di África. Pa es omis ku faci parte di tropa Spínola pirmiti elis di kuma si Portugal ganha guerra (1961-1974), elis ku na bim manda na Guiné. Na se mon ki na sta nobu planu di gubernason ku na bim sedu un tchon na diferentis continentis, nundé ku kada kim na manda na disel ma djuntado i sedo som um Portugal. Fim di es planos di gubernason, ku kontado di manera diferente na tera di colono i sedu motivo di refleson di es Tese. I obidu historias di omis ku dipus di Independencia di Guiné nunca mas e ka faci parti di Portugal i e pirdi se nacionalidades, di es manera es tarbadjo procura sibi na fundo es tema i di mesmo manera i ta punta pabia di ke ku proceso di discolonizason na Guiné sedu um processo nunde ki parci ki soluson ka tem pa nim um lado. Pa es um pisquisa i buscado manga di asuntos i na manga di kaus (Marcus, 1995), na nunde ki fasidu purguntas, revendicasons i métodos ku rukumendado pa Historia contado di boca pa boca (Spear, 1981; Mazrui, 1985; Vansina, 1985) i pa Epistemologias di sul (Santos & Meneses, 2013), i ticido pa dibati historia di es omis ki tustumunhos ku faci parti di Comandos Africanos di Guiné i també i pa i discutido história ku contado som pa um lado pa Estado-nação (Ranger, 1971, 2004).
Descrição: Tese de Doutoramento em Pós-Colonialismos e Cidadania Global apresentada à Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra.
URI: https://hdl.handle.net/10316/101648
Direitos: openAccess
Aparece nas coleções:I&D CES - Teses de Doutoramento
UC - Teses de Doutoramento
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