The Stress Scale for Forensic Professionals (ESPF): Development and Validation

Abstract

A presente dissertação tem por objetivo desenvolver e validar a Escala de Stress para Profissionais Forenses (ESPF), um instrumento especialmente concebido para a avaliação de níveis de stress em profissionais do Sistema de Justiça, tais como advogados, procuradores do Ministério Público, juízes, entre outros. A construção deste instrumento visa preencher a lacuna existente no que concerne à existência de instrumentos de avaliação psicológica focados numa amostra tão específica como é a de profissionais forenses. No sentido de testar a validade de construto do instrumento, foi realizada uma análise de componentes principais, uma análise paralela e uma análise dos respetivos scree plot, a partir do qual se extraiu quatro fatores que denominámos de Vulnerabilidade ao Stress, Carga de Trabalho, Reconhecimento e Suporte Social e Uso de Substâncias. A validade convergente foi testada através da análise do coeficiente de correlação de Pearson entre a pontuação obtida por uma amostra de profissionais forenses na ESPF e a pontuação obtida em instrumentos de avaliação de construtos análogos (i.e., stress e burnout), nomeadamente o Oldenburg Burnout Inventory (OLBI), bem como as subescalas de Stress e Ansiedade do Inventário de Avaliação da Personalidade (Personality Assessment Inventory – PAI). A validade divergente, por seu turno, foi testada através da avaliação das correlações obtidas entre pontuações da ESPF e pontuações obtidas em escalas de avaliação de construtos independentes e não-relacionados com o stress, nomeadamente as subescalas de Traços Antissociais e Amabilidade do PAI. Os resultados obtidos em ambos processos suportam a validade convergente e divergente da escala. Adicionalmente, foi testada a fiabilidade da escala através do alfa de Cronbach, que apontou para valores de consistência interna muito bons na escala completa e aceitáveis em cada uma das subescalas. O último processo de testagem da validade da escala passou pela análise da estatística descritiva dos resultados obtidos pela nossa amostra de profissionais forenses, nomeadamente através da comparação entre grupos de diferentes profissões forenses, géneros, idades e anos de experiência. Os resultados obtidos apontam para a validade do instrumento, mas estudos futuros poderão ser úteis no sentido de continuar o processo de validação e no sentido de fortalecer o instrumento no que concerne à sua estrutura interna e consistência.

The present dissertation aims to develop and validate the Stress Scale for Forensic Professionals (ESPF), a tool specially designed to assess stress levels in professionals related to the Justice System, as is the case with lawyers, attorneys from the Portuguese Public Prosecution Office, judges, among others. The development of this assessment tool seeks to fill the existing gap in psychological assessment tools focused on such specific samples as forensic professionals. In an effort to test the construct validity of the scale, we proceeded to execute a Principal Components analysis, a Parallel Analysis and an analysis of the respective scree plot, which lead us to extract four factors which we named Vulnerability to Stress, Workload, Social Support and Recognition, and Substance Use. Convergent validity was tested through an analysis of Pearson’s correlations between ESPF scores, and scores obtained in assessment tools for similar constructs (i.e., stress and burnout), as was the case with the Oldenburg Burnout Inventory (OLBI), as well as the Stress and Anxiety subscales of the Personality Assessment Inventory (PAI). Divergent validity, on the other hand, was tested thanks to an analysis of the correlations between ESPF scores and scores obtained in tools which propose to measure independent, non-related constructs, such as the Antisocial Features and Warmth subscales of PAI. The results obtained in both processes support the convergent and divergent validity of our scale. Additionally, we analysed the reliability of our scale through an analysis of Cronbach’s alfa, which showed excellent internal consistency values in the total scale, as well as acceptable values in each of the subscales. The last stage of ESPF’s validity process regarded an analysis of the descriptive statistics of the scores obtained by our forensic professionals’ sample, particularly through an analysis of differences in scores regarding divergent forensic occupations, genders, age, and years of experience. All results point to the validity of our assessment tool, but future studies may be useful to continue this validation process and to strengthen our instrument’s internal structure and consistency.