Utilize este identificador para referenciar este registo: https://hdl.handle.net/10316/98873
Título: O registo dos foraminíferos bentónicos no pliensbaquiano terminal – toarciano inferior do perfil de Peniche (Bacia Lusitânica, Portugal): ecostratigrafia e interpretação paleoecológica
Autor: Rita, Patrícia Daniela Costa
Orientador: Duarte, Luís Vítor da Fonseca Pinto
Reolid, Matías
Palavras-chave: Foraminíferos bentónicos; Ecostratigrafia; Paleoecologia; Pliensbaquiano terminal - Toarciano inferior; Evento Oceânico Anóxico; Bacia Lusitânica; Benthic foraminifera; Ecostratigraphy; Palaeoecology; upper Pliensbachian – lower Toarcian; Oceanic Anoxic Event; Lusitanian Basin
Data: Jun-2015
Local de edição ou do evento: Coimbra
Resumo: A passagem Pliensbaquiano-Toarciano (Pli-Toa) e o Evento Oceânico Anóxico do Toarciano (EOA-T) são dois episódios conhecidos à escala global pelas mudanças paleoambientais que registam e pelos efeitos provocados nos organismos marinhos. O presente trabalho pretende ser uma contribuição para o estudo destes dois eventos no perfil de Peniche, onde está definido o Global Boundary Stratotype Section and Point do Toarciano. A análise ecostratigráfica e paleoecológica das associações de foraminíferos bentónicos, através da definição de morfogrupos, presentes em 39 níveis margosos, permite traçar a evolução da crise biótica associada à transição Pli-Toa e ao EOA-T na Bacia Lusitânica e a recuperação da fauna de foraminíferos após este último. O final do Pliensbaquiano é marcado por associações de foraminíferos reveladoras de um ambiente bentónico estável, com boa oxigenação e disponibilidade de nutrientes, como evidenciado pela elevada diversidade de formas especialistas. A transição Pli-Toa revela elevada abundância de foraminíferos uma vez que corresponde a um intervalo levemente condensado. A base da Zona Levisoni é marcada por drásticas mudanças no modo de vida dos foraminíferos (aumento da epifauna e da infauna potencialmente profunda), por um aumento de formas oportunistas e pela diminuição da diversidade-α. Estas mudanças sugerem uma diminuição da disponibilidade de nutrientes e de oxigénio e coincidem com o início da excursão negativa do δ13Ccarb. As condições paleoambientais tornaram-se mais severas na parte inferior a média da Zona Levisoni onde se observa um intervalo estéril em foraminíferos coincidente com os valores mais elevados de Carbono Orgânico Total. Após este episódio dá-se a recuperação da fauna de foraminíferos com associações típicas de ambiente bem oxigenado e com boa disponibilidade de nutrientes. As mudanças assinaláveis na fauna de foraminíferos bentónicos ao longo do Pliensbaquiano terminal – Toarciano inferior são comparáveis ao que ocorre noutros grupos micro e macrofaunísticos, tanto bentónicos (ostracodos, braquiópodes) como planctónicos (nanofósseis calcários), já estudados por outros autores no perfil de Peniche. A fauna de foraminíferos registada no perfil de Peniche é semelhante à fauna de outros setores tetisianos contemporâneos (Espanha, Norte de África e Reino Unido), com domínio da subordem Lagenina.
The Pliensbachian-Toarcian (Pli-Toa) transition and the Toarcian Oceanic Anoxic Event (T-OAE) are two global episodes known by its palaeoenvironmental perturbations and their impact on marine biota. This work aims to contribute to the study of these two episodes in the Peniche section, where is defined the Toarcian Global Boundary Stratotype Section and Point. The ecostratigraphic and palaeoecologic analysis of the benthic foraminiferal assemblages, through the definition of morphogroups in 39 marly samples, has allowed the interpretation of the Pli-Toa transition and the T-OAE biotic crisis evolution and the recovery of foraminiferal assemblages in the sea-bottom after this latter in the Lusitanian Basin. The foraminiferal assemblages of the uppermost Pliensbachian (Emaciatum Zone) reveal the presence of a stable benthic environment, with good oxygen and nutrient availability, as evidenced by the high diversity of K-strategists. The Pli-Toa transition reveals high foraminifera abundance once it’s considered a slightly condensed interval. The base of the Levisoni Zone shows dramatic changes in foraminifera’s life style (increase of the epifauna and potentially deep infauna), an increase in opportunistic forms and a diversity decrease. These changes suggest a nutrient availability and oxygenation degree diminution, which corresponds to the beginning of the δ13Ccarb negative excursion. Palaeoenvironmental conditions become severe in lower to middle Levisoni Zone where there is a record of a barren interval for foraminifera, coincident with the highest values of Total Organic Carbon. After this interval, foraminiferal fauna records a recovery with assemblages consistent with a well oxygenated environment and good nutrient availability. These changes in benthic foraminifera record through the uppermost Pliensbachian – lower Toarcian are comparable to what happens with other microfauna and macrofauna groups (ostracods, brachiopoda, calcareous nannofossils) already studied by other authors in the Peniche section. Foraminiferal fauna from Peniche section is comparable to other tethyan sections (Spain, North Africa and United Kingdom) from the same stratigraphic interval, with the suborder Lagenina dominating the assemblages.
Descrição: Dissertação de Mestrado em Geociências, Geologia do Petróleo, apresentada à Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra.
URI: https://hdl.handle.net/10316/98873
Direitos: openAccess
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