Estado atual da Angioembolização no contexto Urológico

Abstract

Angioembolization (AE) is a versatile endovascular procedure, performed mainly by Interventional Radiology, which due to a paradigm shift towards Minimally Invasive Therapeutics (MIST), has an increasing popularity in urological practice. In this context, in addition to being a safe and effective alternative in an aging population, it appears with the ultimate goal of achieving similar clinical results to the Gold Standard, relative to that particular disease, while simultaneously reduces the morbidity associated with more invasive techniques.Its increasing implementation with the absence of concordant Guidelines, motivated this review, providing a critical view of the most current available literature, with the purpose of simplifying urological clinical practice, through the choice of ideal candidates for the procedure.For this purpose, an extensive bibliographic search was carried out in the PubMed database and the most recent publications from AUA and EUA were also consulted.From the review carried out, is evident the inconsistency in the inclusion criteria, applied techniques and scarcity of randomized controlled trials, which prevents the incorporation of angioembolization in the Guidelines and its approval as a method of choice in generalized practice.Based on the themes discussed, it is possible to conclude that, although the AE is proven to be superior in certain pathologies, it is mandatory to carry out an individual risk assessment when considering it. In this way, its applicability is determined, whenever, in that particular situation, the highest probability of success is guaranteed, coupled with the lowest morbidity. It is thus highly unlikely that only one procedure will be the ideal method of choice for most patients, with angioembolization being an excellent alternative to consider.

A Angioembolização (AE) corresponde a um procedimento endovascular versátil, realizado principalmente pela Radiologia de Intervenção e com popularidade crescente na prática urológica, devido a uma mudança do paradigma no sentido das Terapêuticas Minimamente Invasivas (TMI). Neste contexto, além de constituir uma alternativa segura e eficaz numa população tendencialmente mais envelhecida, surge concomitantemente com o objetivo último de atingir resultados clínicos semelhantes ao Gold Standard, relativamente à patologia em particular, enquanto reduz simultaneamente a morbilidade associada a técnicas mais invasivas.A sua crescente implementação, na ausência de normas orientadoras concordantes, motivaram a realização desta revisão, providenciando uma visão crítica da literatura disponível mais atual, com o propósito de facilitar a prática clínica urológica, através da escolha dos candidatos ideais ao procedimento.Para o efeito, procedeu-se à realização de uma extensa pesquisa bibliográfica na base de dados PubMed e foram também alvo de consulta as publicações mais recentes da AUA e EAU.Da revisão efetuada, destaca-se a inconsistência nos critérios de inclusão, nas técnicas aplicadas e a escassez de ensaios controlados randomizados que, no seu conjunto, impedem a incorporação da angioembolização nas normas de orientação e aprovação como um método de eleição na prática generalizada.Com base nas temáticas discutidas, é possível concluir que, apesar de a prática da AE ser comprovadamente superior em certas patologias, é mandatória a realização de uma avaliação individual do risco, aquando da sua ponderação. Desta forma, é determinada a sua aplicabilidade sempre que, naquela situação em particular, seja garantida a melhor probabilidade de sucesso aliada à menor morbilidade. Torna-se assim altamente improvável que apenas um procedimento venha a constituir o método de escolha ideal para a generalidade dos doentes, constituindo a angioembolização uma excelente alternativa a ponderar.