Ultrasound assessment of dermal thickness and skin stiffness in undifferentiated connective tissue disease at risk for systemic sclerosis

Abstract

Introdução: A ecografia de alta frequência e a elastrografia permitem uma avaliação objetiva do envolvimento da pele nos doentes com esclerose sistémica. Até agora, foram aplicadas apenas a doentes com doença estabelecida. No entanto, não existe informação sobre a sua aplicação na doença de tecido conjuntivo indiferenciada em risco de esclerose sistémica, i.e., doentes com fenómeno de Raynaud associado a marcadores autoimunes de esclerose sistémica e/ou associado a achados típicos de esclerose sistémica na capilaroscopia, que não satisfazem os critérios de classificação para esclerose sistémica definitiva. O nosso objetivo foi comparar a espessura da derme por ecografia de alta frequência e a rigidez da pele por elastografia, entre doentes com doença de tecido conjuntivo indiferenciada em risco de esclerose sistémica e controlos saudáveis. Métodos: Foram incluídos, no estudo, 40 doentes com doença de tecido conjuntivo indiferenciada em risco de esclerose sistémica e 40 controlos saudáveis com idade e género correspondentes. Usamos uma sonda ecográfica de 18MHz para medir a espessura da derme, e um programa de quantificação e imagem de toque virtual com uma sonda de 9MHz para medir a rigidez da pele, nos 17 locais cutâneos de Rodnan. O valor da escala cutânea modifica de Rodnan foi, por definição, zero em todos os locais, em todos os doentes e controlos saudáveis. Os dados estatísticos contínuos foram expressos com recurso à média, e procedemos à realização do teste de Mann-Whitney U e do teste de t-student para comparar as diferenças entre grupos, quando as variáveis não estavam distribuídas normalmente ou estavam distribuídas normalmente, respetivamente. Associações entre variáveis foram analisadas com recurso à correlação de Spearman. Resultados: Os valores de velocidade de cisalhamento da elastografia foram significativamente maiores em doentes com doença de tecido conjuntivo indiferenciada em risco de esclerose sistémica, comparativamente ao grupo de controlos, nas mãos e dedos bilateralmente. Foram encontrados valores ecográficos de espessura da derme maiores na coxa esquerda, perna esquerda, em ambos os pés, face, e nas mãos bilateralmente, sendo que, as diferenças foram significativas apenas nas mãos, quando comparado com o grupo de controlo. Não houve correlação significativa entre os valores de velocidade de cisalhamento da elastografia na pele e os valores ecográficos de espessura da derme. Conclusões: Este estudo fornece a primeira evidência sugestiva de que a espessura da derme e a rigidez da pele podem discriminar doentes com doença de tecido conjuntivo indiferenciada em risco de esclerose sistémica de controlos saudáveis. Estudos prospetivos incluindo uma maior amostra de doentes com doença de tecido conjuntivo indiferenciada em risco de esclerose sistémica serão necessários para investigar o valor de diagnóstico e prognóstico dos parâmetros ecográficos neste grupo.

Background: High-frequency ultrasound (HFUS) and shear-wave elastography (SWE) allow an objective assessment of skin involvement in systemic sclerosis (SSc) patients. Till now it has been applied to patients with established diagnosis. However, there is no data concerning its application in Undifferentiated Connective Tissue Disease at risk for SSc (UCTD-risk-SSc), i.e., patients with Raynaud’s phenomenon (RP) and either SSc marker autoantibodies or typical capillaroscopic findings or both, not satisfying classification criteria for SSc. Our aim was to compare ultrasound-dermal thickness (DT) and skin stiffness using HFUS and SWE, in UCTD-risk-SSc and healthy controls. Methods: Forty UCTD-risk-SSc patients and 40 age- and gender-matched healthy controls were included. Ultrasound-DT was measured using an 18MHz probe, and skin stiffness [i.e. shear-wave velocity (SWV) values] using the Virtual Touch Imaging and Quantification (VTIQ) software with a 9MHz probe, at the 17 Rodnan skin sites. The Modified Rodnan Skin Score (mRSS) was, by definition, zero in all sites, both in cases and controls. Continuous data were expressed as the mean (SD), and Mann-Whitney U test and t-student test was performed to compare differences between the groups, where variables were not normally distributed or normally distributed, respectively. Associations between variables were analyzed using the Spearman’s correlation. Results: SWV values were significantly higher in patients with UCTD-risk-SSc compared with controls at the hands and fingers, bilaterally. Higher values of ultrasound-DT were found in the left thigh, left leg, right and left foot, face, and hands bilaterally, although differences were only significant at the hands, compared with controls. There was no significant correlation between ultrasound-DT and stiffness at the same skin site. Conclusions: This study provides the first evidence suggesting that ultrasound-DT and skin stiffness can discriminate patients with UCTD-risk-SSc from healthy controls. Prospective studies including a larger number of patients with different subsets of UCTD-risk-SSc are needed to investigate diagnostic and prognostic value of the ultrasound parameters in this group.