How is a Lumbar Puncture performed in Pediatrics? – Analysis of the Portuguese reality

Abstract

Lumbar puncture (LP) is a technique that allows access to the lumbar spinal subarachnoid space using a needle to collect cerebrospinal fluid (CSF). It is a procedure that is frequently performed in pediatric emergency departments. Our aim was to analyze how LP is performed in pediatrics in Portugal.National study was conducted, by applying an anonymous online questionnaire with 20 questions about LP technique, through Pediatric Emergency Society of the Portuguese Society of Pediatrics contacts. A total of 190 questionnaires were analyzed in which 67.9% (n=129) were specialists and 32.1% (n=61) were pediatric residents. The majority (79%) routinely used analgesia and/or sedation and 53.2% (n=101) do not allow the parents to be present during the procedure.A large proportion of physicians (43.7%) prefer to place the child in lateral decubitus and 43.2% decide the position to place the child according to age. Most referred to use Quincke needles (60%). Butterfly needle was used in 25.8% (n=49) when referring to newborns. There was a more frequent use of this type of needle in the group of specialists (30.2% vs 16.4%, p=0.071). Only 24.7% of physicians orient the needle bevel parallel to the longitudinal fibers of the dura, and the group of pediatric residents performed it more frequently than the group of pediatricians (39,7% vs 17,5%, p=0.001). The majority of doctors recommend rest after the procedure. Our study was the first to describe how LP is performed in children in Portugal. It reinforces the need to create a national protocol for this procedure in children. It is also important that medical schools and training hospitals create simulation trainings and courses, to not only teach the correct technique and enhance skills, but also to improve self-confidence.

A punção lombar (PL) é uma técnica que permite o acesso ao espaço subaracnoídeo da coluna vertebral lombar utilizando uma agulha para colher líquido cefalorraquidiano (LCR). É um procedimento frequentemente realizado em serviços de emergência pediátrica. O nosso objetivo foi analisar como a PL é realizada em pediatria em Portugal.Foi feito um estudo nacional, através da aplicação de um questionário anónimo online com 20 perguntas sobre a técnica de LP, através dos contactos da Sociedade de Emergência Pediátrica da Sociedade Portuguesa de Pediatria.Foram analisados 190 questionários, sendo 67,9% (n = 129) de especialistas e 32,1% (n = 61) de internos de pediatria. A maioria (79%) utilizava rotineiramente analgesia e/ou sedação e 53,2% (n=101) não permitem a presença dos pais durante o procedimento.Uma grande percentagem de médicos (43,7%) prefere colocar a criança em decúbito lateral e 43,2% decide a posição de colocar a criança de acordo com a idade. A maioria referiu usar agulhas tipo Quincke (60%). Foi descrito que as agulhas do tipo borboleta foram utilizadas em 25,8% (n=49) quando a PL é realizada em recém-nascidos. Os especialistas utilizam esta agulha mais frequentemente (30,2% vs 16,4%, p=0,071).Apenas 24,7% dos médicos orientam o bisel da agulha paralelamente às fibras longitudinais da dura-máter, e o grupo de internos praticam esta técnica com mais frequência do que o grupo de pediatras (39,7% vs 17,5%, p=0,001).A maioria dos médicos recomenda descansar após o procedimento.O nosso estudo foi o primeiro a descrever como a PL é realizada em crianças em Portugal, o que reforça a necessidade de criar um protocolo nacional para a realização deste procedimento em crianças. Também é importante que as escolas médicas e os hospitais universitários criem treinos e cursos de simulação, não apenas para ensinar a técnica correta e aprimorar as aptidões, mas também para melhorar a autoconfiança.