Please use this identifier to cite or link to this item: https://hdl.handle.net/10316/97660
Title: Cúpulas de Dupla Mobilidade e Constritivas na prevenção e tratamento da instabilidade de Próteses Totais da Anca
Other Titles: Dual Mobility and Constrictive cups in the prevention and treatment of Total Hip Prosthesis Instability
Authors: Alberto, André Manuel Justino
Orientador: Judas, Fernando João Monteiro
Lucas, Francisco Manuel
Keywords: Prótese Total da Anca; Luxação; Prevenção; Complicações; Instabilidade; Total Hip Prosthesis; Dislocation; Prevention; Complications; Instability
Issue Date: 17-Jul-2020
Serial title, monograph or event: Cúpulas de Dupla Mobilidade e Constritivas na prevenção e tratamento da instabilidade de Próteses Totais da Anca
Place of publication or event: Serviço de Ortopedia dos CHUC
Abstract: A implantação de uma prótese total da anca é um dos procedimentos cirúrgicos com maior sucesso em Ortopedia, e quiçá em Medicina, com uma importância crescente devido ao aumento da esperança de vida das populações, aliada a uma melhor qualidade dos anos de vida ativa. Apesar de ser assim, não é uma intervenção definitiva, podem surgir complicações de que são exemplos, a dor pós-operatória, a infeção, os défices neurológicos, o descolamento assético – a mais frequente -, a instabilidade protética pós-operatória, entre outros. A instabilidade, que inclui a luxação e a subluxação, recente, tardia ou recorrente, assume um lugar de destaque sendo, por vezes, de muito difícil tratamento, nomeadamente nos grandes idosos, nos centenários, nos doentes com alterações cognitivas/demência, com patologia neuromuscular, com atrofia muscular, na sarcopenia, entre outros. Assim, nestas situações o elevado risco de luxação protética deve ser levado em linha de conta, por forma a prevenir a ocorrência de um resultado que pode ser catastrófico. Para além de outros fatores, a via de abordagem e o tipo de artroplastia usado podem contribuir para diminuir o risco de luxação protética. Neste contexto, as duplas cúpulas e as cúpulas acetabulares tripolares constritivas, bem como outros tipos de reconstruções acetabulares, podem encontrar a melhor indicação, tanto na prevenção como no tratamento da instabilidade. O objetivo central deste trabalho consistiu em definir as indicações e avaliar os resultados da implantação deste tipo de cúpulas acetabulares na prevenção e tratamento da instabilidade protética procedendo, para isso, a um estudo crítico da literatura internacional, assim como uma análise da experiência do Serviço de Ortopedia do CHUC. Devido ao plano de contingência COVID-19 do CHUC, não foi possível apresentar este trabalho sob a forma de artigo científico de avaliação clínica, uma vez que tivemos que interromper a observação e avaliação dos doentes. Por isso, estudámos sob a forma de revisão bibliográfica, um conjunto inicial de 498 artigos científicos obtidos em pesquisa na plataforma PubMed, com os termos MeSH: “Arthroplasty, Replacement, Hip/adverse effects” e “Hip Dislocation” e o conetor “AND”, com inclusão de artigos entre 2009 e 2019 inclusive e estudos exclusivamente em humanos. Após leitura dos títulos, seguida dos abstracts e, por fim, a forma integral do artigo, selecionámos 13 artigos que com a pesquisa adicional, perfizeram o total de 36 artigos incluídos nesta revisão. Fizemos, também, uma análise de dados provenientes de uma base de dados do Serviço de Ortopedia dos CHUC sobre casos clínicos de cúpulas de dupla mobilidade e constritivas. As cúpulas de dupla mobilidade apresentam baixas taxas de luxação e resultados clínicos favoráveis. As cúpulas constritivas revelam maior risco de complicações como descolamento acetabular e femoral. Ainda assim, são uma alternativa favorável em casos de instabilidade recorrente. A literatura aponta para bons resultados no uso de cúpulas de dupla mobilidade e constritivas em situações associadas a fatores de risco para instabilidade protética pós-operatória, tanto em cirurgia de revisão/recolocação protética, quanto em próteses primárias. Contudo, são necessários mais estudos a longo-prazo. Em última análise, as cúpulas de dupla mobilidade e as cúpulas constritivas tem mostrado resultados muito satisfatórios na prevenção e tratamento da instabilidade protética, em artroplastias primárias da anca para o tratamento de fraturas traumáticas ou patológicas, e no tratamento de situações de origem degenerativa ou tumoral e, também, na recolocação protética no tratamento do descolamento assético e da infeção periprotética. A luxação de uma prótese total da anca tem uma etiologia multifatorial tornando-se necessário uma correta identificação dos doentes com risco elevado de instabilidade protética pós-operatória, por forma a definir a melhor estratégia cirúrgica e evitar complicações de difícil solução.
The implantation of a total hip prosthesis is one of the most successful surgical procedures in Orthopaedics, and perhaps in Medicine, with an increasing importance due to the growth in life expectancy, as well as with a better quality of the years of active life. However, it is not a definitive intervention, complications may occur, such as postoperative pain, infections, neurological deficits, aseptic loosening – most common; and postoperative prosthetic instability, among others. Instability, which includes recent, late or recurrent dislocation and subluxation, takes on a prominent place, being sometimes very difficult to treat, particularly in the elderly, hundred-year-old people, patients with cognitive impairments or dementia, neuromuscular pathology, muscular atrophy, in sarcopenia, among others. Thus, in these situations, the high risk of prosthetic dislocation must be considered in order to prevent the occurrence of a result that can be catastrophic. In addition to other factors, the approach and the type of arthroplasty used can contribute to reduce the risk of prosthetic dislocation. In this context, dual mobility cups and constrictive tripolar cups, as well as other types of acetabular reconstructions, may be the best option, both in the prevention and in the treatment of instability. The main target of this study was to define the indications and evaluate the results of the implantation of this type of cup in the prevention and treatment of prosthetic instability, carrying out a critical study of the international literature, as well as an analysis of the experience of Orthopaedics Service of CHUC.Due to CHUC COVID-19 contingency plan, it was not possible to present this work as a scientific article for clinical evaluation, since we had to interrupt the observation and evaluation of patients.For this reason, we studied, in the form of a bibliographic review, an initial set of 498 scientific articles obtained in a research on the PubMed platform, using the Mesh terms: “Arthroplasty, Replacement, Hip/adverse effects” and “Hip Dislocation”, with the connector “AND”, with the inclusion of articles of between 2009 and 2019, and only studies in humans. After reading the titles then the abstracts and finally the full form of the article, we have selected 13 articles which, with the additional research, made up the total of 36 articles included in this review. We also performed an analysis of data on clinical cases of dual mobility and constrictive cups from a database of the Orthopaedics Service of CHUC.Dual mobility cups have low rates of prosthetic dislocation and favourable clinical results. Constrictive cups reveal a higher risk of complications such as acetabular and femoral loosening. Still, they are a favourable alternative in cases of recurrent instability. The literature points to good results in the use of dual mobility and constrictive cups in situations associated with risk factors for postoperative prosthetic instability, both in prosthetic revision/replacement surgery and in primary arthroplasties. However, more long-term studies are needed to reach definitive conclusions.Ultimately, dual mobility and constrictive cups have shown very satisfactory results in the prevention and treatment of prosthetic instability, both in primary hip arthroplasties for treatment of traumatic or pathological fractures, and in the treatment of degenerative or tumoral origin situations and also in prosthetic replacement in the treatment of aseptic loosening and periprosthetic infection. The dislocation of a total hip prosthesis has a multifactorial etiology, making it necessary to correctly identify patients at high risk of postoperative prosthetic instability, in order to define the best surgical strategy and avoid complications of difficult solution.
Description: Trabalho Final do Mestrado Integrado em Medicina apresentado à Faculdade de Medicina
URI: https://hdl.handle.net/10316/97660
Rights: openAccess
Appears in Collections:UC - Dissertações de Mestrado

Files in This Item:
Show full item record

Page view(s)

70
checked on Apr 30, 2024

Download(s)

218
checked on Apr 30, 2024

Google ScholarTM

Check


This item is licensed under a Creative Commons License Creative Commons