Please use this identifier to cite or link to this item: https://hdl.handle.net/10316/97599
DC FieldValueLanguage
dc.contributor.advisorCarreira, Carla Michelle Marques-
dc.contributor.advisorTeixeira, Helena Maria Sousa Ferreira-
dc.contributor.authorLeite, Diogo Nunes Teixeira dos Santos-
dc.date.accessioned2022-01-28T23:00:22Z-
dc.date.available2022-01-28T23:00:22Z-
dc.date.issued2020-07-06-
dc.date.submitted2022-01-28-
dc.identifier.urihttps://hdl.handle.net/10316/97599-
dc.descriptionTrabalho Final do Mestrado Integrado em Medicina apresentado à Faculdade de Medicina-
dc.description.abstractOs canabinóides são das substâncias com maior historial de consumo pelo ser humano, apresentando das maiores taxas de produção e consumo a nível mundial. Contudo, a sua vasta utilização pelo Homem não se atribui apenas às suas propriedades recreativas. São inúmeros os relatos de propriedades terapêuticas atribuídas à planta, particularmente em doentes crónicos, com múltiplas comorbilidades e/ou que já tenham esgotado todas as opções terapêuticas convencionais. Recentemente, assistimos em Portugal, a uma evolução notável, com a primeira regulamentação em Assembleia da República da canábis medicinal. Meses depois, o INFARMED pronunciou-se pela primeira vez, descrevendo 7 indicações terapêuticas para o uso daquela. Um dos problemas da legalização de canábis medicinal prende-se com a literacia da comunidade médica e futuros médicos relativamente ao assunto, que é essencial à correta prescrição e monitorização desta ferramenta terapêutica.Este trabalho tem como objetivo fazer uma revisão sobre a realidade portuguesa num contexto universitário, particularmente nos últimos anos do mestrado em medicina, assim como a nível do internato médico e médicos especialistas, de forma a reunir informação relevante para a classe médica acerca do tema e aferir o grau de conhecimento sobre o uso e a prescrição de canábis terapêutico. Foi então criado um instrumento de recolha de dados através de um questionário, realizado numa população estudantil (4º, 5º e 6º anos) a frequentar uma das escolas médicas portuguesas, assim como a médicos (especialistas e internatos), com questões para avaliação do conhecimento de canábis medicinal na comunidade médica. O questionário foi divulgado online para preenchimento anónimo. Posteriormente foi feita a análise estatística e cruzamento dos dados obtidos. A amostra consistiu em 253 participantes, 27,7% (n=70) do género masculino e 72,3% (n=183) do género feminino. A grande maioria encontrava-se entre os 20 e 25 anos (73.1%), seguida dos 26 aos 30 anos (21.3%). Cerca de metade dos inquiridos parece conhecer o funcionamento do sistema endocanabinóide, enquanto cerca de 40% admite não estar informado. A maioria da população localiza corretamente os recetores CB1 e C2 dos canabinóides, embora não tenha uma noção exata das suas funções. Demonstraram desconhecer as formas de canábis medicinal e 42% admite mesmo não existirem formas legais de canabinóides em Portugal. O Infarmed é reconhecido como a entidade regulamentadora do uso destas substâncias por 80% dos inquiridos. Quanto às vias de administração, foi evidente uma maior percentagem de respostas corretas nos estatutos médicos mais avançados. Cerca de 82% dos participantes identificaram a gravidez e amamentação como contraindicações, e as reações adversas do foro neuropsiquiátrico foram as mais elegidas pela amostra. A maioria dos inquiridos considera que a prescrição deve ser feita apenas por médicos com formação sobre canabinóides, baseada em forte evidência científica e com doses individualizadas. Nenhum médico da amostra se sente preparado para prescrever canábis medicinal.Podemos concluir do nosso estudo que existe ainda muita falta de informação na comunidade médica relativamente à canábis medicinal nomeadamente na distinção entre as formas medicinais e recreativas da planta Cannabis sativa, assim como nas formas e vias de administração de ambas. A grande a maioria dos inquiridos defende que apenas médicos com formação específica em canabinóides deve poder prescrever canábis medicinal e todos os médicos que participaram no estudo afirmam não se sentir preparados para prescrever canábis medicinal, apesar de já ser permitido. Sugere-se o início do debate na comunidade médica acerca da obrigatoriedade da formação para prescrição de canabinóides, sendo este um ponto fulcral para o uso correto destas substâncias, evitando uma crise de abuso. É essencial a criação de ações de formação acessíveis a todos os médicos do presente e futuro interessados no potencial terapêutico da canábis medicinal.por
dc.description.abstractCannabinoids are among the substances with the greatest history of human consumption, both for its recreational and medicinal properties. There are countless reports of therapeutic properties related to the plant Cannabis sativa, particularly in regards to chronic patients, with multiple morbidities, or whom would have run out of conventional treatment options. Recently, we witnessed a notable evolution in Portugal about this subject, with the first approval and regulation in Assembly of the Republic and the deliberation of therapeutic indications for the cannabinoid medication by the INFARMED. One of the issues with the legalization of Medicinal Cannabis is the knowledge of the medical community in this subject, which is essential to the right prescription and monitoring of this therapeutic tool.This study has the goal to make a succinct review of Medicinal Cannabis, in an university context as well as medical internship and specialized physicians, and evaluate the level of knowledge of the medical community in this subject.A questionnaire was created. The sample of this study was obtained by convenience. The inclusion criteria was to belong to the Medical class – As Medical student (clinic years) or doctor (intern or specialist). The authors created a test to evaluate the knowledge about medicinal cannabis, questioning about the theme’s key points. This test was published online with anonymous fulfilment. Afterwards, the statistic treatment of the answers was made.There were 253 participants, most were females (72,3%), between the age of 20 and 25 year (73,1%), and medical students (60,9%). About half of the people seems to know how the endocannabinoid system works, while 40% claims to never been taught that. Most people correctly identify the location of the CB1 and CB2 receptors but they don’t know exactly their functions. The forms of medicinal cannabis seem to not be known by the sample, with fake options in the top answers. About 42% even claims that there are no legal forms of cannabinoids in Portugal. INFARMED is acknowledge as the entity that regulates the use of these substances by 80% of the examinee. In regards to the route of administration, it was clear a larger percentage of right answers in the most advanced medical positions. Although half of the sample claims to know that there are established indications, they can’t correctly identify those, there’s a big variety of answers in this topic. About 82% of the participants correctly answered pregnancy and breastfeeding as contraindications. Side effects in the neurologic/psychiatric bracket were the most selected by the sample. Most of the examinee considers that the prescription should be done only by doctors with special formation in cannabinoids, based on strong scientific evidence and individualised dosage. None of the doctors in this study claimed to be ready to prescribe medicinal cannabis.In this study we can conclude that it’s still evident the lack of knowledge in the medical community in regards to Medicinal Cannabis, especially in the distinction between the medicinal and recreational forms of the plant Cannabis sativa. The majority of the examinee thinks that only doctors with specific formation in cannabinoids should be able to prescribe Medicinal Cannabis. The medical community’s opinion that they’re not ready to prescribe cannabinoid medication was unanimous in this study. It’s suggested to start the debate in the medical community about the possible obligatoriness of these training actions in order to prescribe cannabinoids. It’s essential to create training actions accessible to all doctors interested in the therapeutic potential of the Medicinal Cannabis.eng
dc.language.isopor-
dc.rightsopenAccess-
dc.rights.urihttp://creativecommons.org/licenses/by/4.0/-
dc.subjectCanábis Medicinalpor
dc.subjectPrescriçãopor
dc.subjectConhecimento Médicopor
dc.subjectCanabinóidespor
dc.subjectTerapêuticapor
dc.subjectMedicinal Cannabiseng
dc.subjectPrescriptioneng
dc.subjectMedical Knowledgeeng
dc.subjectCannabinoidseng
dc.subjectTherapeuticseng
dc.titleCannabis medicinal: estarão os médicos do amanhã preparados para prescrever?por
dc.title.alternativeMEDICINAL CANNABIS: ARE THE PHYSICIANS OF TOMORROW READY TO PRESCRIBE?eng
dc.typemasterThesis-
degois.publication.locationFaculdade de Medicina da Universidade de Coimbra-
degois.publication.titleCANNABIS MEDICINAL: ESTARÃO OS MÉDICOS DO AMANHÃ PREPARADOS PARA PRESCREVER?por
dc.peerreviewedyes-
dc.identifier.tid202711510-
thesis.degree.disciplineMedicina-
thesis.degree.grantorUniversidade de Coimbra-
thesis.degree.level1-
thesis.degree.nameMestrado Integrado em Medicina-
uc.degree.grantorUnitFaculdade de Medicina-
uc.degree.grantorID0500-
uc.contributor.authorLeite, Diogo Nunes Teixeira dos Santos::0000-0003-4266-1352-
uc.degree.classification16-
uc.degree.presidentejuriVieira, Duarte Nuno Pessoa-
uc.degree.elementojuriReis, Flávio Nelson Fernandes-
uc.degree.elementojuriTeixeira, Helena Maria Sousa Ferreira-
uc.contributor.advisorCarreira, Carla Michelle Marques-
uc.contributor.advisorTeixeira, Helena Maria Sousa Ferreira-
item.openairetypemasterThesis-
item.fulltextCom Texto completo-
item.languageiso639-1pt-
item.grantfulltextopen-
item.cerifentitytypePublications-
item.openairecristypehttp://purl.org/coar/resource_type/c_18cf-
Appears in Collections:UC - Dissertações de Mestrado
Files in This Item:
File Description SizeFormat
Tese_Diogo Leite_FINALISSIMA.pdf2.72 MBAdobe PDFView/Open
Show simple item record

Page view(s)

322
checked on Jul 17, 2024

Download(s)

348
checked on Jul 17, 2024

Google ScholarTM

Check


This item is licensed under a Creative Commons License Creative Commons