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https://hdl.handle.net/10316/89929
Title: | Sinistralidade laboral: um estudo de caso em ambiente hospitalar | Other Titles: | OCCUPATIONAL ACCIDENTS: A CASE STUDY IN A HEALTHCARE FACILITY | Authors: | Pires, Lisa Maria Baptista Afonso Rodrigues | Orientador: | Ferreira, António Jorge Correia Gouveia Costa, Nélson Bruno Martins Marques da |
Keywords: | acidentes de trabalho; segurança no trabalho; ambiente hospitalar; accidents at work; safety at work; hospital environment | Issue Date: | 16-Sep-2019 | metadata.degois.publication.title: | SINISTRALIDADE LABORAL: UM ESTUDO DE CASO EM AMBIENTE HOSPITALAR | metadata.degois.publication.location: | -- | Abstract: | Introdução: Os acidentes de trabalho são fenómenos frequentes e têm um grande impacto no indivíduo, na sociedade e na economia. Pela natureza do ambiente de trabalho e do tipo de atividade, os hospitais são as instituições de saúde com maior sinistralidade laboral. Este trabalho pretende analisar a evolução e repercussão dos acidentes de trabalho num Centro Hospitalar da Região Centro do país. Métodos: Foram considerados todos os acidentes de trabalho notificados entre 1 de janeiro de 2016 e 31 dezembro de 2017, com informação disponível no Serviço de Medicina do Trabalho e Saúde Ocupacional do Centro Hospitalar. Os dados foram recolhidos através da consulta dos registos informáticos e dos documentos em arquivo. Resultados: Foram notificados 265 acidentes de trabalho. A maioria ocorreu no género feminino (82,3%), nas faixas etárias dos 45-54 anos (30,6%), em auxiliares de ação médica (38,5%) e em trabalhadores com menos de 10 anos de serviço (54,7%). O principal tipo de acidente foi a “luxação, entorse ou rotura” (29,8%) localizado “ao tronco, costas e órgãos internos” devido a “esforços excessivos ou movimentos em falso” (27,5%), relacionados com a “mobilização/ interação com o doente” (27,2%). As mãos foram a principal zona do corpo afetada (36,6%), particularmente nos acidentes por picada (segundo acidente mais comum). A maioria dos acidentes de trabalho ocorreu nos serviços de internamento, das 8h às 13h (53,6%). A segunda-feira foi o dia da semana com maior número de acidentes (21,5%) coincidindo, geralmente, com o primeiro dia de trabalho após o descanso semanal. A maioria dos acidentes não causou incapacidade (65,3%). As lesões como a “luxação, entorse ou rotura” foram as principais responsáveis pelos dias de trabalho perdidos (49,5%). O nº médio de dias de trabalho perdidos por acidente foi de 30,6. Tendo em conta a variabilidade dos índices de sinistralidade, não parece haver um mês ciclicamente crítico em termos de acidentes de trabalho. Discussão: O maior número de acidentes no género feminino e em trabalhadores com menos de 10 anos de serviço reflete as caraterísticas da população trabalhadora da instituição. Na maior parte dos estudos nacionais, a picada é o acidente de trabalho mais frequente e os enfermeiros são a categoria profissional mais afetada, ao contrário do que se verifica neste estudo. Os restantes resultados estão em conformidade com os estudos encontrados. Conclusão: Deverão ser adotadas estratégias preventivas direcionadas, envolvendo medidas formativas, organizacionais e de gestão, de forma a reduzir a frequência e a gravidade dos acidentes de trabalho. Introduction: Accidents at work are frequent phenomena and have a major impact on the individual, society and economy. Due to the nature of the work environment and the type of activity, the hospitals are the health institutions with the highest rate of accidents. This study aims to analyze the evolution and repercussion of work accidents in a Hospital Center in the Central Region of the country.Methods: All work accidents reported between January 1, 2016 and December 31, 2017 and with available information at the Hospital Occupational Health Service, were considered. The data were collected by consulting the computer records and the documents on file.Results: 265 work accidents were reported. The majority occurred in female (82.3%), in the 45-54 age groups (30.6%), in medical assistants (38.5%) and workers with less than 10 years of service (54.7%). The main type of accident was "dislocation, sprain or rupture" (29.8%) located "to the trunk, back and internal organs" due to "excessive efforts or wrong movements" (27.5%) related to "mobilization / interaction with the patient" (27.2%). The hands were the most affected (36.6%), particularly in accidents by needlestick (second most common accident). The majority of occupational accidents occurred in the hospital impatient services, from 8:00 am to 1:00 pm (53.6%). Monday was the day of the week with the highest number of accidents (21.5%), usually coinciding with the first day of work after weekly rest. The majority of accidents did not cause disability (65.3%). Lesions such as "dislocation, sprain or rupture" were the main responsible for the lost workdays (49.5%). The average number of workdays lost per accident was 30.6. Taking into account the variability of accident rates, there does not seem to be a cyclically critical month in terms of accidents at work.Discussion: The largest number of accidents in female and in workers with less than 10 years of service, reflects the characteristics of the working population at the institution. In most national studies, needlestick is the most frequent work accident and nurses are the most affected professional category, contrary to what is observed in this study. The remaining results are in accordance with the published studies. Conclusion: Specific preventive strategies involving training, organizational and management measures should be adopted in order to reduce the frequency and severity of occupational accidents. |
Description: | Dissertação de Mestrado em Saúde Ocupacional apresentada à Faculdade de Medicina | URI: | https://hdl.handle.net/10316/89929 | Rights: | openAccess |
Appears in Collections: | UC - Dissertações de Mestrado |
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