Please use this identifier to cite or link to this item: https://hdl.handle.net/10316/85480
Title: The mediating role of dissociation in the relationship between trauma and non suicidal self-injury behaviors of adolescents in residential care
Other Titles: O papel mediador da dissociação na relação entre trauma e comportamentos autolesivos não suicidários de adolescentes em acolhimento residencial
Authors: Sousa, Inês Pereira de
Orientador: Lima, Luiza Isabel Gomes Freire Nobre
Keywords: dissociação; infância traumática; comportamentos de auto dano não suicidários; adolescentes a viver em acolhimento residencial; dissociation; traumatic childhood; non-suicidal self-injury; adolescents living in residential care
Issue Date: 1-Oct-2018
Serial title, monograph or event: The mediating role of dissociation in the relationship between trauma and non suicidal self-injury behaviors of adolescents in residential care
Place of publication or event: Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade de Coimbra
Abstract: A maioria dos adolescentes em acolhimento residencial teve uma infância marcada por experiências de abuso e negligência, já identificadas como fonte de trauma desenvolvimental. Este tipo de trauma é conhecido por ter consequências na autorregulação das emoções, na qualidade das relações com os outros e na auto percepção. A dissociação é um mecanismo que as vítimas de trauma usam para lidar com a adversidade e o sofrimento. Sendo a psicopatologia um resultado possível do trauma desenvolvimental e de trajetórias de vida mal adaptativas, estas crianças podem comunicar as suas dificuldades e a sua inadaptação através de comportamentos auto lesivos não suicidários. Os objetivos principais deste trabalho foram analisar: a) a manifestação de experiências traumáticas, dissociação e comportamentos de auto dano não suicidário em adolescentes que vivem em acolhimento residencial; b) o papel mediador da dissociação na relação entre as experiências de trauma e os comportamentos de auto dano não suicidários nos adolescentes que vivem em acolhimento. Participaram nesta investigação 87 adolescentes, de ambos os sexos (64.4% raparigas), com idades a variar entre os 12 e os 18 anos (M=15.71; DP=1.73). Como instrumentos foram utilizados o Questionário de Trauma de Infância – Versão breve, a Escala de Experiências Dissociativas na Adolescência e o Questionário de Impulso, Auto dano e Ideação Suicida na Adolescência. Os resultados mostraram que os adolescentes reportam ter experienciado pouco trauma na sua infância, mostram poucos sinais de dissociação, assim como praticam pouco o auto dano. A experiência de eventos traumáticos na infância apresenta correlações fracas a moderadas com os comportamentos autolesivos não suicidários, exceotp no caso da negligência emocional. O abuso físico e a negligência emocional não se correlacionam com a dissociação, sendo que esta só se correlaciona positiva e fracamente com o abuso sexual e emocional. A dissociação prediz o auto dano, mas não tem um papel mediador entre o trauma desenvolvimental e os comportamentos de auto dano não suicidários. Os resultados podem ser discutidos de duas formas. Podemos, de um lado, considerar que os adolescentes que vivem institucionalizados respondem a estes questionários baseados num self sobrevivente, que faz com que desvalorizem as experiências de natureza traumática que resultaram na retirada do seio familiar, escondendo as suas fraquezas e vulnerabilidades. Oor outro lado, a experiência da institucionalização pode estar a ser promotora da sua resiliência, contribuindo para um caminho mais adaptativo e com mais recursos. É necessária mais investigação para esclarecer como os adolescentes em acolhimento residencial avaliam as suas experiências traumáticas da infância, e como experienciam a dissociação e comportamentos autolesivos não suicidários.
Most of the adolescents living in residential care had a childhood marked by experiences of abuse and neglect that are already identified as a source of developmental trauma. This kind of trauma is known to have consequences on the ability to self-regulate the emotions, the quality of the relationships with others and on self-perception. Not rarely, dissociation is a coping mechanism that victims of trauma use to deal with adversity and suffering. One possible outcome of developmental trauma and maladaptive trajectories of life is psychopathology. These children sometimes communicate their difficulties and maladaptation through non-suicidal self-injury behaviours (NSSIB). With this study we aimed to analyse: a) the manifestation of traumatic experiences, dissociation and non-suicidal self-injury behaviours (NSSIB) in adolescents living in residential care; b) the mediating role of dissociation on the relation between trauma and NSSIB. Sample comprised 87 adolescents living in residential care, both sexes (64.4% girls), aged between 12 and 18 years old (M=15.71; SD=1.73), to whom it was applied the Childhood Trauma Questionnaire – Short Form, the Adolescent Dissociative Experiences Scale and the Impulse, Self-harm and Suicide Ideation Questionnaire for Adolescents. These adolescents report to have lived few traumatic experiences in their childhood, to rarely dissociate and rarely exhibit NSSIB. In this sample, the experience of traumatic events of child abuse correlate weak to moderately with NSSIB, except in the case of emotional neglect. Physical abuse and emotional neglect do not correlate with dissociation that only correlates, positive and weakly, with sexual and emotional abuse. Dissociation predicts NSSIB but do not mediate the relation between childhood traumatic experiences and NSSIB. The results are discussed considering two possible explanations. In one hand, adolescents in residential care may tend to report their experiences based on a survival self that makes them devalue the traumatic nature of the reasons for their removal and hide their weaknesses and vulnerabilities. On the other hand, the experience of residential care may be fostering their resilience, contributing to more adaptive and resourceful pathways. More research is needed to have a clearer view of the experiences of a traumatic childhood, dissociation and non-suicidal self-injury behaviours of adolescents in residential care.
Description: Dissertação de Mestrado Integrado em Psicologia apresentada à Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação
URI: https://hdl.handle.net/10316/85480
Rights: openAccess
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UC - Dissertações de Mestrado

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