Discovering the relationship between anxiety and quality of life among healthy and chronically ill Portuguese college students: The role of experiential avoidance and committed action

Abstract

A literatura tem destacado a associação entre níveis elevados de ansiedade e baixa qualidade de vida. Apesar do impacto direto da ansiedade no bem-estar subjetivo, vários estudos sugerem que esta relação também pode ser mediada por processos de regulação emocional, como o evitamento experiencial, e a consequente negligência do envolvimento em ações significativas, guiadas pelos valores. Vários estudos têm igualmente documentado o efeito mediador do evitamento experiencial e da ação comprometida na a qualidade de vida de doentes crónicos. Desta forma, o presente estudo procurou esclarecer o papel mediador do evitamento experiencial e da ação comprometida na relação entre a ansiedade e a qualidade de vida psicológica, numa amostra composta por um grupo de estudantes universitários saudáveis e um grupo de estudantes que sofrem de diversas doenças crónicas. Este estudo incluiu 232 estudantes universitários saudáveis e 115 estudantes portadores de doenças crónicas, entre os 18 e 35 anos de idade. Os resultados revelaram que os estudantes doentes apresentaram maiores níveis de ansiedade e evitamento experiencial e menores níveis de qualidade de vida social, física e psicológica. Em ambos os grupos, a ansiedade predizia diretamente maiores níveis de evitamento experiencial e níveis mais baixos de ação comprometida, enquanto que o evitamento experiencial se encontrava indiretamente associado a menores níveis de qualidade de vida psicológica. O modelo testado revelou um excelente ajustamento, explicando 29% do evitamento experiencial, 22% da ação comprometida e 52% da qualidade de vida psicológica. Estes resultados parecem providenciar um suporte empírico para a investigação e prática clínica, relativamente à importância da promoção de estilos de coping adaptativos e saudáveis para lidar com a ansiedade, melhorando igualmente a qualidade de vida psicológica.

Literature has highlighted the link between high levels of anxiety and poor quality of life. Despite the direct impact of anxiety on self-perceived well-being, there is evidence that this relationship may also be mediated by the emotion regulation processes, such as experiential avoidance, and the consequent neglect of engagement in meaningful values-guided actions. Moreover, several studies have documented the mediator effect of experiential avoidance and committed action on quality of life among chronically ill subjects. Therefore, this research aimed to clarify the mediator role of experiential avoidance and committed action in the relationship between anxiety and psychological quality of life in a sample composed of healthy university students and students suffering from chronic illness. This study comprised 232 healthy and 115 chronically ill college students, aged between 18 and 35 years old. Results revealed that chronically ill students presented higher levels of anxiety and experiential avoidance, and lower levels of social, physical and psychological quality of life. Furthermore, path analysis results indicated that, on both samples, anxiety directly predicted higher levels of experiential avoidance, and explained lower levels of committed action, while experiential avoidance indirectly predicted lower levels of psychological quality of life. This tested model revealed an excellent fit, explaining 29% of experiential avoidance, 22% of committed action, and 52% of psychological quality of life. These results seem to offer empirical support for research and clinical work on the importance of promoting adaptive and healthy coping styles to deal with anxiety, while improving psychological quality of life.