Modelos experimentais na Diabetes Mellitus Tipo 1

Abstract

Têm vindo a ser ponderadas e investigadas, ao longo dos anos, as mais variadas estratégias para que os modelos utilizados na fase pré-clínica do desenvolvimento de um novo fármaco mimetizem o melhor possível o organismo humano, tentando sempre alcançar-se uma combinação das características fisiológicas com as características genéticas da doença em estudo. O mesmo tem vindo a ocorrer na investigação na área da Diabetes Mellitus Tipo I(DMI).No que diz respeito aos modelos animais utilizados para investigação da DMI, estes devem ser cuidadosamente selecionados, dependendo dos objectivos do trabalho experimental. Para tal, têm vindo a ser apresentados diversos modelos animais, nomeadamente roedores, que variam, quer na espécie e estirpe, quer no modo como surge a doença, podendo esta ser de origem endógena ao organismo do animal ou de origem externa, por indução química ou por vetor viral.A Diabetes Mellitus Tipo I (DMI) é uma doença autoimune causada por uma destruição seletiva das células produtoras de insulina, as células β pancreáticas dos ilhéus de Langerhans.Os modelos animais utilizados nos estudos relacionados com esta síndrome vão desde modelos de desenvolvimento espontâneo da diabetes, a modelos de indução química. O modelo de indução química mais utilizado é o modelo de indução por Streptozotocina (STZ)em ratos ou murganhos.O presente documento apresenta uma revisão sobre alguns desses modelos e os resultados obtidos no ensaio piloto de desenvolvimento de uma formulação de insulina específica, com recurso ao modelo de indução da DMI por STZ em rato Wistar.

Through the years, many strategies have been thought and researched so that the models used in pre-clinical trials about new types of medicines could have results as similar as possible to the human body, both physiological and genetic characteristics, specifically to that disease or syndrome. The same is happening with scientific research about Type 1 Diabetes.The animal models that are used in research about T1D have to be carefully selected, depending on the goals of the research they are being used to. Due to that, there are many animal models, more specifically rodents, that can be from different animal species and strains and have different syndrome's root causes; it can be a malfunction of the animal’s body (for example, in it's own production of insulin or the body's sensitivity to insulin), an environmental issue, by chemical induction (using cytotoxic substances, like Aloxane or Streptozotocine) or by viral vector.Type I Diabetes (T1D) is an autoimmune disease that is caused by a selective destruction of the insulin producing cells, the Langerhans islets’ pancreatic β-cells. The animal models that are used in scientific research about this syndrome, Type 1 Diabetes, go from spontaneously developed diabetes to chemically induced models. The mainly used animal model is the Streptozotocin(STZ)-induced model, with rats or mice. This document shows a review about some of these models and presents the results of using the STZ induced diabetes in Wistar rat model, applied while studying a new formulation of oral insulin.